08 | Sonhos e Mapa

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- Não duvide de minha capacidade, Weasley. Tenho lido sobre Legilimência, e acredite posso descobrir coisas muita íntimas da sua pequena e ruiva cabeça. - Rosnou ele encostando a ponta da varinha em seu pescoço fino.

Ela tomou aquilo como um desafio. Estalou o pescoço e avançou.

- Legilimens. - A ruiva praguejou alto e em bom tom.

Ambêr viu tudo ao seu redor virar fumaça e logo seu estômago revirou, a sua frente uma pequena criança loira brincava alegremente no jardim de uma grande mansão, era bem óbvio para a ruiva de quem se tratava, o cabelo loiro bagunçado e os olhos azuis, já entregava quem é, tudo começou a passar como se fosse em um disco, lembranças de brigas que teve com o trio de ouro passaram a sua frente, risadas altas soaram nos ouvidos da ruiva, como se realmente aquilo fosse suas lembranças. E logo tudo parou, agora o loiro estava sentado sentado em sua cama, com as mãos no rosto, a menina de olhos azuis intensos e cabelo ruivo passou na memória dele, fazendo o mesmo jogar uma das almofadas no chão, Ambêr fechou os olhos fortemente e puxou o ar dos pulmões quando viu que Draco havia resistido a seu feitiço. Seu corpo amoleceu pela grande carga de poder, caindo de bunda no chão.

- Você perdeu os miolos ? Sua sangue-ruim, imunda. - Malfoy levantou-se com os olhos quase em um tom negro, Ambêr podia sentir a raiva vinda dele.

- E.e...eu. - Gaguegou ela ainda atordoada com as informações que retirou da cabeça do loiro, Draco sacudiu a menina pelo ombros com brutalidade.

- Quem você acha que é pra invadir a minha privacidade ? Não ache que as informações que conseguiu são de total verdade, não leve tão a sério sua Weasley estranha. - Ele resmungou sentindo as gotas de suor descerem pela sua testa.

Para Ambêr era visível a raiva do rapaz, ele estava ofegante e com uma carranca assustadora, suas vestes sujas de terra e seus cabelos por incrível que pareça, bagunçados.

- Você sonha comigo todas as noites, então não ouse me chamar de estranha. - Ambêr respondeu na mesma entoação. - Você mesmo me desafiou, então não haja com um garoto mimado e arque com as consequências.

- Eu não sonho com você. - Respondeu Malfoy em uma tentativa desesperada de reverter o que a ruiva fez.

- Não foi isso que que vi. - Falou ela dando um sorriso sincero.

O loiro parou alguns segundo para analisar o sorriso da ruiva que embora já tivesse visto, sempre achará lindo, ele pegou o lampião e a cesta, logo saiu batendo os pés na areia molhada, resmungando alto.

" Meu pai vai saber disso..."

✔︎

Na manhã de sábado em que os colegas iriam a Hogsmeade, Harry se despediu de Ron e Hermione, embrulhados em capas e cachecóis, tornou a subir a escadaria de mármore, sozinho, e tomou o caminho da Torre da Grifinória. A neve começara a cair do lado de fora das janelas e o castelo estava muito parado e silencioso.

- Psiu... Harry!

Ele se virou, a meio caminho do corredor do terceiro andar, e viu Fred, Jorge e Ambêr espiando-o atrás da estátua de uma bruxa corcunda, de um olho só.

- Que é que vocês estão fazendo? - Perguntou Harry, curioso. - Vocês não vão a Hogwmead?

- Antes de ir viemos fazer uma festinha para animar você - Disse Ambêr, com uma piscadela misteriosa. - Venha até aqui... - A garota indicou com a cabeça uma sala de aula vazia, à esquerda da estátua de um olho só. Harry acompanhou os irmãos. Jorge fechou a porta sem fazer barulho e se virou, sorrindo, para Harry.

- Presente de Natal antecipado para você, Harry - anunciou Ambêr mechendo as mãos. Fred tirou alguma coisa de dentro da capa com um gesto largo e colocou-a em cima de uma
carteira. Era um pedaço de pergaminho, grande, quadrado e muito gasto, sem nada escrito na superfície. Harry, desconfiando que fosse uma daquelas brincadeiras dos irmãos Weasley ficou parado olhando para o presente.

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