No que eu me meti?

1.3K 93 50
                                    


Juliana estava parada em frente a uma grande porta de madeira se perguntando onde diabos estava a campainha. Era uma daquelas casas ultramodernas onde ficavam escondidos todos os itens essenciais, como interruptores de luz e puxadores de descarga. Ela tinha estado em uma casa assim em Nova York, em alguma festa desnecessária onde ela e o elenco da novela foram convidados. Desnecessário dizer que aquele banheiro específico foi deixado sem descarga.

De qualquer maneira, por que ela tinha que encontrar uma campainha?

Valentina já a havia deixado entrar pela porta de segurança. Ela provavelmente estava a observando pelas câmeras de segurança em um dos monitores dentro da casa. Juliana bateu na porta. Ela pensou em mostrar o dedo do meio para a câmera, com a mão livre. Mas pensou melhor e não o fez.

Valentina abriu a porta com um grande sorriso.

—Olá.

Juliana enfiou as mãos nos bolsos. Sentindo-se desconfortável e um pouco irritada, ela se forçou a sorrir de volta.

—Olá.

Valentina abriu mais a porta.

—Entre.

Juliana olhou rapidamente em volta, mas não viu mais convidados.

—Ou cheguei muito cedo ou isso não é uma festa.

—Uma festa para três. _disse Valentina.
—Você, eu e se as coisas correrem bem, eventualmente meu publicitário.

Juliana se virou.

—Então eu estava certa, quando nos encontramos esta manhã. Não é?

—Em qual parte? _Valentina conduziu Juliana para uma sala meticulosamente decorada.

Um longo sofá branco em frente a janelas que ia do chão ao teto que dava para uma piscina. Juliana tinha quase certeza de que menstruaria só de olhar a brancura do sofá.

Quanto a sala, era um lugar que claramente exibia riqueza. Juliana não se impressionou. E mesmo se estivesse, ela nunca iria admitir. Ela conheceu vários Atores de elite em sua vida, e raramente conseguia acreditar que eles eram nada mais do que egocêntricos, egoístas, e tudo bem, a maioria deles era agradável aos olhos, mas por Deus não passavam de idiotas superficiais.

Valentina perguntou novamente.

—Onde você diz que está certa Juliana? A vibe gay ou minha aparição não tão coincidente na sua mesa?

Sentindo que brincavam com ela, Juliana não se importou com as formalidades enquanto seu olhar se dirigia aos seios de Valentina. Aquele vestido a estava abraçando de verdade em todos os lugares certos e claramente o momento a chamava para mostrar uma mistura de brincalhona e tímida.

—Jogue bem as suas cartas e talvez eu lhe diga.

Valentina não prestou atenção ao seu comentário. Ela se sentou em uma cadeira e fez um gesto para que Juliana se sentasse no sofá. Uma garrafa e dois copos estavam perfeitamente localizados na mesa de centro.

—Vinho?

Juliana se sentou e se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

—Tentando me embebedar?

Valentina reprimiu um sorriso.

—Você não é uma pessoa fácil de lidar, eu gosto disso.

—Estou um pouco exausta com isso. _Juliana olhou para Valentina com atenção, tentando ler sua expressão. Em outras palavras, tentando descobrir por que ela estava aqui.

The ScriptWhere stories live. Discover now