Kally - A filha de Snape e Lily

Capítulo 64 - Dolores Umbridge

- Ah, a filha do professor de Poções. Muito bem, Srta. Snape, acho que os objetivos do curso são perfeitamente claros se lidos com atenção.

- Bem, eu não acho que estejam. Não há nada escrito no quadro sobre o uso de feitiços defensivos.

Vários alunos releram os objetivos do curso.

- O uso de feitiços defensivos? Ora, não consigo imaginar nenhuma situação que possa surgir nesta sala de aula que exija o uso de um feitiço defensivo, Srta. Snape. Com certeza não está esperando ser atacada durante a aula, está?

- Não vamos usar magia? - Gina perguntou.

- Os alunos levantam a mão quando querem falar na minha aula, Srta...?

- Weasley. - Gina respondeu, levantando a mão.

Kally voltou a levantar a mão.

- Sim, Srta. Snape? Quer me perguntar mais alguma coisa?

- Quero. Certamente a questão central na Defesa Contra as Artes das Trevas é a prática de feitiços defensivos.

- A senhorita é uma especialista educacional do Ministério da Magia, Srta. Snape?

- Não, mas...

- Bem, então receio que não esteja qualificada para decidir qual é a "questão central" em nenhuma disciplina. Bruxos mais velhos e mais inteligentes que a senhorita prepararam o nosso novo programa de estudos. A senhorita irá aprender a respeito dos feitiços defensivos de um modo seguro e livre de riscos...

- Para que servirá isso? Se formoso atacados, não será em um... - Gina disse.

- Mão, Srta. Weasley!

Mas ela ignorou Gina, porém dessa vez vários alunos estavam com as mãos levantadas.

- E o seu nome é? - Umbridge perguntou a outro aluno com a mão levantada.

- Roger Bones. - o aluno da Lufa-Lufa disse.

- Diga, Sr. Bones.

- Bem, é como disse Gina, não é? Se vamos ser atacados, então não será livre de riscos.

- Repito, o senhor espera ser atacado durante as minhas aulas?

- Não, mas...

- Não quero criticar o modo como as coisas têm sido conduzidas nesta escola, mas os senhores foram expostos a alguns bruxos muito irresponsáveis nesta disciplina, isto para não falar em mestiços extremamente perigosos. - Ela disse, dando uma risadinha na última parte.

- Se a senhora está se referindo ao Prof. Lupin, ele foi o melhor que já... - Alisson disse.

- Mão, Srta!

Alisson levantou a mão, mas foi ignorada.

Como eu ia dizendo: os senhores foram apresentados a feitiços muito complexos, impróprios para sua faixa etária e potencialmente letais. Alguém os amedrontou, fazendo-os acreditar na probabilidade de depararem com ataques das trevas com frequência...

- Não, isto não aconteceu, só que... - Kally começou a dizer.

- Sua mão está erguida, Srta. Snape?

Kally levantou a mão, mas também foi ignorada.

- Pelo que entendi, meu antecessor não somente realizou maldições ilegais na presença de alunos do quarto ano, como chegou a aplicá-los em estudantes.

- Ora, no fim foi provado que ele era um maníaco, não foi? - Roger perguntou. - E veja bem, ainda assim aprendemos um bocado.

- Sua mão não está erguida, Sr. Bones! Agora o Ministério acredita que um estudo teórico será mais do que suficiente para prepará-los.

Finalmente a aula havia acabado. Os alunos saíram da sala. Kally esperou por Roger.

- Olá, é Roger Bones, não é? - Kally perguntou.

- Sim.

- Muito obrigada por ter ajudado Gina e eu com a professora.

- Não há de que. Nunca gostei dela desde que minha tia me avisou nas férias que ela seria lecionaria em Hogwarts. - Roger disse.

- Sua tia?

- É, Amelia Bones, ela trabalha no Ministério.

- Ah, sim. - Kally disse. - Espere. Bones? Você tem algum parentesco com Susan?

- Somos primos. Meu pai era irmão do pai de Susan. - Roger disse.

- Perfeito! Quer dizer, se você não se importa, aceitaria sua ajuda, já que além de estar na mesma Casa de Susan, também é primo dela.

- É claro.

- Eu tenho uma amiga que gostaria muito de se aproximar de Susan, mas tem medo da reação dela, já que minha amiga é da Sonserina. Mas a verdade é que nem todos nós sonserinos somos o que as pessoas acham que somos. Poderia falar dessa minha amiga com sua prima? Pedir para, ao menos, tentar fazer as duas se aproximarem.

- Tudo bem, falarei com Susan. Que amiga sua?

- Melia Rosier. - Kally disse.

Roger fez uma careta.

- Confie em mim, ela pode até ser uma Rosier, mas não é como todos pensam. - Kally disse.