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Algum momento. Em algum lugar. Ji Changmin, Choi Chanhee, Kim Sunwoo.

Um viagem de Busan para Seul leva em média três horas e alguns minutos, mas os três garotos nem sentiram as horas passarem por eles de forma quase subjetiva, se não fosse pela ansiedade que corria a veia de todos eles ao mesmo tempo. Naquele momento, abaixo das estrelas cintilantes, Changmin podia jurar que os três corações batiam em uníssono.

— Uau – Sunwoo sussurrou para si próprio, mesmo que os outros dois tenham ouvido – Eu não sabia que Seul era tão grande.

— Você nunca veio pra' cá? – Chanhee riu e Changmin o cutucou com o cotovelo, sussurrando um "deixa ele" baixinho em sua direção.

Olhando através da janela fechada do carro roubado, Sunwoo parecia quase como uma criança; feliz e ingênua. As diversas luzes do centro da cidade refletiam em seus olhos grandes, o sorriso dele finalmente parecia verdadeiro – longe da ironia e deboche que antes sempre estava presente – e suas mãos se apertavam contra o banco velho numa ansiedade quase bonita de se ver. Changmin se pegou olhando encantado por aquela versão de Sunwoo.

Chanhee percebeu, e com os olhos apertados ele olhou para a mesma direção – O que foi?

— Ele parece uma criança – sorriu – É fofo.

Chanhee olhou para Sunwoo que nem se dava conta da atenção que recebia, muito encantado com o que Seul lhe mostrava. O mais velho engoliu um sorriso – É, mais ou menos.

Quando ele finalmente estacionou em frente a um prédio enorme, o Ji arregalou os olhos — O que é isso?

— Um dos melhores hotéis de Seul.

Ele arregalou os olhos – Você já esteve aqui?

— É claro que já, ele é ladrão, esqueceu? – Sunwoo riu e sem dar tempo de haver uma resposta, abriu a porta do carro – Vamos?

Changmin acabou rindo e saiu do carro também. Chanhee demorou um pouco, sorrindo desacreditado por causa daquele moleque inconsequente. Ele saiu depois de alguns minutos, levando a única mala dentro do carro junto consigo.

— Caralho! – Sunwoo gritou (é claro que gritou) quando Changmin abriu a porta do quarto de hotel. Era gigante, com uma cama de casal coberta por lençóis vermelhos e um lustre de cristal pendurado no teto. Tinha um frigobar, espelhos gigantes e uma janela que dava vista para toda a grande Seul. Os olhos do mais novo dos três brilhava como nunca – Isso é sensacional.

O Kim subiu na cama e assim como uma criança começou a pular como se não pudesse guardar toda a animação dentro de seu peito. Ele sorria com os lábios ressecados e os olhos castanhos pareciam ainda maiores abaixo das luzes bonitas do quatro. Chanhee acabou rindo do garoto, largando a mala num canto do quarto.

— Você vai acabar se machucando, Sunwoo – o mais velho disse, cruzando os braços acima do peito – Você tem cinco ou anos ou o que?

— Eu só estou feliz! Sabe quanto tempo faz que não me sinto feliz?

Chanhee quase sentiu dó do jeito que aquelas palavras saíram tão naturalmente da boca de Sunwoo. Mas antes que pudesse se sentir realmente tocado, Changmin exclamou do outro lado do quarto enquanto abria uma latinha de refrigerante — Deixa ele curtir, Chanhee hyung!

Ele deu de ombros e Sunwoo parou finalmente de pular na cama, se sentando nela com as pernas cruzadas. Changmin também se sentou ao seu lado, lhe oferendo a latinha que segurava.

— O que vamos fazer agora? – Sunwoo tomou um breve gole do refrigerante, logo voltando a falar animado – A gente podia comprar algumas roupas, ou ir comer algo por aí!

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