Cap. 13 - Lago do Amor e Cobra Sucuri

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- Você estava demorando, e eu também precisava de um banho. E antes de qualquer coisa, não, eu não estava espionando você.

- Hahá. Acredito. - Ela fala revirando os olhos. - Sabe, eu não acho prudente estarmos juntos aqui e... Ai meu Deus, quê diabos é isso? - Ela pula em cima do rapaz que a segura nos braços.

- O quê foi? - Ele questiona confuso.

- Alguma coisa encostou no meu pé. Tem algum bicho na água. Será que é uma cobra?

- Não. Não tem cobra dentro d'água. Só se for uma sucuri.

- Uma o quê?

- Sucuri. Uma cobra sem veneno que te mata sufocada com um abraço mortal. Ela pode atingir mais de 5 metros de comprimento.

- Ah, que ótimo. Estragou meu banho. Eu não quero ser comida por uma cobra gigante. - Ela diz deslizando a mão no peitoral dele. - Porque você está tão quente? É febre?

- Não. É que nós somos quentes por natureza. - Ele arqueia uma das sombrancelhas. - E se continuar me passando a mão assim, não vai ser só com uma cobra que vai ter que se preocupar. - Karlayo aproxima seu rosto do dela, sentindo seu coração e respiração acelerados.

- O que você quer dizer com... - Passado alguns milésimos de segundos a ficha da ruiva cai. - Seu pervertido. Tira essas mãos cheias de dedos de mim.

- Ora... Mas é você quem está agarrada no meu pescoço. - Ele fala com uma cara maliciosa enquanto ela se solta de seus braços e lhe estapeia levemente.

Rowenna sai apressadamente da água, veste seu vestido e torce os cabelos para tirar o excesso de água. Chegando no local onde estavam acampados, ela nota que apenas o lampião estava aceso.

- E ele deixou a fogueira se apagar. - Ela fala indignada enquanto pendura seu outro aparelho de roupa nos galhos de uma árvore para secar, e nota que Eclipse dormia profundamente próximo a mesma.

Após alguns minutos, o vento soprava gelado e Rowenna tentava se agasalhar em sua capa, porém ainda tremia de frio, já que seus longos cabelos ainda estavam úmidos e as roupas de baixo também. Karlayo aparece com mais alguns galhos secos.

- Você demorou. - Ela diz enquanto esfrega suas mãos em seus braços e bate queixo. - Bruuuuhhh... Que frio.

- Estava pegando lenha e olhando as redondezas. Creio que estamos seguros por enquanto. O certo seria não deixar a luminosidade revelar nossa posição, mas como vejo que está com frio, é melhor aumentarmos esse fogo. - Ele joga a lenha no chão.  - O fogo da fogueira. Não me entenda mal.

- Tudo bem. Eu entendi. - Ela fala sorrindo enquanto o rapaz deposita alguns dos galhos no fogo. - Ah, bem melhor assim. - Rowenna estende suas mãos para esquentar melhor, esfregando uma na outra de vez em quando.

- Aqui. Se cubra com a minha capa também. - Ele lhe oferece a vestimenta.

- Mas e você?

- Lupis não sentem muita friagem. Pode ficar tranquila.

- Obrigada então.

Após um breve momento de silêncio, onde se ouviam apenas o cri cri dos grilos e o coaxar de alguns sapos ao longe, um grupo de vagalumes fazia companhia ao jovem casal. Karlayo se aproxima da ruiva para lhe entregar algo.

- Creio que isto lhe pertence. - Ele fala mostrando seu colar. - Posso? - O rapaz faz menção de colocá-lo no pescoço dela.

- Ah, claro. Obrigada. Achei que tinha o perdido na correria da delegacia. - Ela segura os cabelos de lado e o rapaz coloca delicadamente a peça no pescoço da jovem.

- Foi sua avó quem lhe deu mesmo ou aquilo foi só distração pro guarda?

- Foi distração. Na verdade quem me deu esse colar foram as crianças do orfanato. Elas que fizeram e colocaram essa florzinha que encontraram na porta do orfanato. Disseram que haviam várias flores juntas, como se fossem um buquê, estavam estragadas por causa do barro da chuva do dia anterior. Mas as crianças conseguiram encontrar essa aqui que estava intacta em meio as outras. - Ela observa a pequena flor alaranjada do miolo azul escuro e dá um breve sorriso. - Linda, né? Nunca tinha visto essa espécie de flor.

- É... É linda sim. - Karlayo diz enquanto seus olhares se encontram e a moça volta a corar como um tomate maduro.

Ele relembra do buquê que havia levado até o orfanato pra entregar a ela. Seria muita coincidência a ruiva ter um pingente com uma flor que era justamente pra ela.

- Ahh, que frio. Estou congelando.

- Olha, se você quiser, posso, éh... - Ele coça a cabeça e hesita em dizer.

- Fala, homem de Deus!

- Como eu disse, nossos corpos são quentes por natureza, então se quiser pode se aconchegar nos meus braços. - Ela arregala os olhos incrédula. - Desculpe, não estou dizendo isso pra me aproveitar de você, não é nada disso. É que com o frio que está sentindo pode acabar ficando doente, e eu não quero que você adoeça.

- Longe de mim pensar isso de você, Karlayo. Eu aceito o abraço quentinho sim. - A garota fala quase pulando nos braços do jovem.

Enquanto os dois se agasalham no calor um do outro, o silêncio volta a reinar e nenhum dos dois ousam dizer algo mais. Só queriam aproveitar o momento, descansar e dormir, já que o único som que se ouvia no momento era o estalar da lenha na fogueira e suas respirações, que pouco a pouco desaceleravam.



🐺🐺🐺
Oiê, Pessoal!
Tatu do Bem com Vocês?
Gentes, me desculpem pela demora nas Postagens, desculpem algum errinho q estiver no capítulo também, Espero q Vocês Gostem e Deixem um Comentário e um Votinho pra eu Saber! (✿^‿^)

Agradeço pela Paciência, Um Abração à Todos e Até o Próximo Capítulo... 🧡

ROWENNAحيث تعيش القصص. اكتشف الآن