Pharmacy

182 19 17
                                    

POV Louis

Droga. Droga. Droga.

Eu não podia ter feito aquilo. Meu Deus como fomos irresponsáveis. Aperto meu celular nas mãos, tentando digerir a mensagem que tinha acabado de ler e conter a tremedeira que começava a dominar meus dedos. Não era a primeira vez que eu dormia com uma garota, mas era a primeira vez em que não usávamos camisinha e ela vem me lembrar no dia seguinte que podíamos ser pais. Pais. Como eu iria ser pai aos 23 anos?

Tinha acabado de arrumar um emprego como segurança em uma casa de shows e com certeza não ganharia o suficiente para sustentar um filho. Me levanto do banco em que eu estava sentado e vou direto para a farmácia, que ficava no fim da rua, para comprar pílula do dia seguinte. Só percebi que estava correndo quando parei de repente na porta do estabelecimento, ofegante. Eu com certeza estava fora de mim.

Entrei na farmácia procurando desesperadamente por uma cartela de pílula do dia seguinte. Como fomos burros! Passei a mão pelos cabelos, atordoado. Me apoiei no balcão e chamei o farmacêutico de cabelos compridos que organizava uma das prateleiras.

-Ei, moço! - Ele se virou, segurando algumas caixas de remédios e as organizando em gavetas.

-Bom dia senhor, em que posso ajudar?

-Primeiro: eu preciso de pílula para o dia seguinte. - Eu falava rápido demais devido ao meu nervosismo - E segundo: eu tenho apenas 23 anos e não sou senhor algum.

-Ah.... Bom, me desculpe. Então esse nervosismo todo é porque você talvez será pai?

Olhei para o rosto daquele farmacêutico intrometido. Seus olhos verdes me encaravam, e ele parecia estar segurando o riso. Que idiota!

-Olha aqui.... - olhei para seu crachá com seu nome - Harry, sabia que você está sendo muito intrometido e nada profissional? Eu to nervoso sim! Não posso ter um filho agora.

-Então você e sua namorada deveriam tomar mais cuidado.

-Ela não é minha namorada. - acrescentei rapidamente, enquanto ele se abaixava para pegar a cartela de pílulas embaixo do balcão.

-Tome - ele empurrou com os dedos a cartela em minha direção, ao passo que confirmava o valor em seu computador - É só levar ao caixa e pagar. Aproveita e pega algumas camisinhas na saída. É um presente da casa para você.

Com certeza eu fiz cara de criança emburrada naquele momento. Não consegui me controlar quando ele deu um sorriso irônico. Que cara chato! Eu estava indo em direção ao caixa quando ouvi ele dizer:

-Boa sorte, papai! - riu.

Apenas segui em frente, mas a vontade que tive foi de berrar como se eu tivesse 4 anos. Paguei a pílula e saí da farmácia. Ainda estava nervoso. O próximo passo era rezar para que uma criança não dependesse de mim como pai.

                                                                                       ****

Já tinha uma semana que minha ficante havia tomado a pílula e o seu ciclo menstrual estava atrasado. Maravilha! Ótimo! Esplêndido! Um filho era tudo o que queríamos no momento. Tínhamos acabado de conversar por telefone e eu estava a caminho da farmácia, para comprar um teste de gravidez. Tinha que dar negativo. Sinto o nervosismo começando a tomar conta do meu corpo, me deixando suado e tremendo. Eu era muito óbvio quando se tratava de emoções.

Entro na farmácia e me deparo com o farmacêutico intrometido da semana passada. Harry. Reviro os olhos e passo por ele indo direto ao balcão esperar alguém me atender.

Broken {l.s.}Where stories live. Discover now