Assim que adentraram no carro, logo Mark deu partida, mas não iria agora para a casa de Haechan, pois antes teria que deixar Jisung na casa de um conhecido de sua confiança para que cuidasse do menor.

-- Mark! - falou Yukhei, com um sorriso em seu rosto, assim que abriu a porta e viu junto a seu afilhado - Pensei que não vinha mais.

  Mesmo que talvez Lucas não fosse uma das melhores opções de babá, sabia que o alfa tinha experiência em cuidar de crianças, pois sempre estava cuidando de seu irmão mais novo “Se Lucas consegue cuidar do pequeno YangYang e ainda sair inteiro, cuidar do Jisung não seria nada".

  Não era exagero ter esse tipo de pensamento, o pequeno ômega havia nascido com um grau de energia e disposição além do esperado. Seu histórico de babás era grande, mas nenhuma voltava para querer cuidar de YangYang, Lucas era a última e única opção de seus pais.

-- Não, só estou um pouquinho atrasado...

-- Renda-se marujo, ou te jogo no mar cheio de crocodilos famintos - um pequeno ômega aparece atrás do corpo enorme de Yukhei, tendo em suas mãos duas espadas de plástico e um tapa-olho preto em seu olho direito.

-- Oi YangYang - falou Jisung entre risos.

-- YangYang, quem é esse? - o menor fazia uma atuação como se fosse um pirata - Meu nome é Capitão... - o garoto parou por alguns segundos para pensar em um nome criativo - Capitão Ovelha Yang Caolho Estrela - falou o nome com um tom de orgulho. Já não era mais apenas Jisung que ria do pequena omega, Mark e Lucas também haviam se rendido a graça de YangYang - Vem marujo Jisung, pegue uma espada e vamos desvendar os mistérios do quarto do Yukhei.

-- Perai... Mistérios do quarto de quem? - YangYang apenas pega o braço de Jisung e ambos entram para dentro de casa rindo, deixando Lucas sem respostas.

-- Muito obrigado, Lucas. Não sei nem como te agradecer por estar olhando o Jisung - falou Mark, começando a recuar seus passos para ir embora.

-- Na verdade eu sei, pergunte para o seu ômega se ele tem algum amigo para me apresentar - falou Yukhei com um sorriso malicioso em seus lábios.

-- Você acha mesmo que eu vou perguntar isso no primeiro encontro? - Mark já estava a adentrar no carro.

-- Bom encontro! - falou Yukhei, dando um "tchauzinho" com a mão para o veículo que saiu em movimento.

-- Aí!

  O alfa leva um susto com o grito que ouve, então logo entra para dentro de casa para saber o que ouve. Assim que chegou na sala, vê Jisung encima do sofá com um olhar espantado e YangYang jogado no chão.

-- Ele caiu sozinho - falou Jisung, apontando sua espada de plástico para o garoto caído no chão, afim de se livrar da culpa. Lucas até se preocuparia e iria ajudar-lo, mas em questões de segundos o seu irmãozinho se levanta em um pulo, como se não tivesse caído de mau jeito no chão.

-- Lucas, brinca com a gente de piratas dos seres mares, onde você é o tubarão que quer pegar a gente, enquanto eu e o Jisung tentamos chegar na cozinha sem sermos pegos - pediu o mais novo pulando nas costas de Lucas, mas logo é jogado no sofá pelo mais velho - Por favor gege - pediu YangYang.

-- Nem pensar, vocês vão ficar bem quietinhos aqui enquanto eu fico no meu quarto vendo série, capitch? - encarou sério as duas crianças.

  Lucas já estava prestes a entrar em seu quarto, quando o som alto de choro percorreu até seu ouvido. Assim que voltou três passos, viu o pequeno filhote ômega em prantos no chão, como se alguém tivesse o ferido.

-- Para com isso YangYang, depois nos brincamos - falou na intenção de acalma-lo, ainda mantendo seus pés bem a postos para ir a seu quarto.

-- V-você nunca mais brincou comigo - pronunciou em lágrimas, enquanto fazia biquinho para tentar amolecer o coração do mais velho - Você não gosta mais de mim, gege? - talvez aquele tivesse sido o checkmate de YangYang para tentar comove-lo.

  Como Yukhei não era de ferro, mesmo indo contra suas vontades, preferiu brincar com as duas crianças.

-- É melhor se preparem, porque eu estou morrendo de fome! - falou Lucas logo se curvando no chão, já que seu papel seria de tubarão.

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  Haechan pairava seus olhos pelos catálogos de filmes que tinham acima da porta do cinema, Mark não ligava tanto para filme, pois já sabia qualquer sua visão principal durante o longa-metragem.

-- O que acha de... In The Heights? Eu ouvi falar bem do filme, sem dizer que é uma adaptação de um musical da Broadway - falou o ômega, com brilho nos olhos por conta da luz do letreiro escrito "cinema".

-- Se você quer In The Heights, então vamos ver esse - falou Mark com um sorriso oferecido a Dong. O alfa caminhou até a bilheteria, pronto para pagar pelos ingressos, Haechan havia levado seu dinheiro para pagar sua parte, mas Lee recusou e insistiu para pagar pelos ingressos.

-- Eu posso pagar pelo menos pela pipoca? - perguntou Haechan, enquanto ambos iam para a fila do snack bar.

-- Por que não quer me deixar pagar? - perguntou Mark.

-- Por que você não quer me deixar pagar? - retrucou Haechan com outra pergunta, assim colocando a mão em seu bolso para pegar a carteira.

-- Porque fui eu que te chamei, então eu que devo pagar tudo.

-- Para de graça, alfa - falou Dong. Assim que chegou sua vez de fazer seu pedido, se aproximou da atendente - Oi, eu vou querer um balde de pipoca grande, dois refris grandes, uma barra de chocolate branco, um saquinho de amendoim torrado sem pele e... Coloca manteiga na pipoca, por favor? - pediu gentilmente. Por alguns segundos, Mark se sentiu sortudo por ser Haechan que estava pagando - Obrigado - falou enquanto pegava as coisas - Vai me ajudar, não?

-- C-claro - Mark acorda de seu transe e o ajuda a pegar as coisas - Onde gosta de sentar? - Haechan o encara com um olhar malicioso, o que deixou as bochechas do Lee mais velho levemente coradas.

-- No meio, se ficarmos muito na frente a tela é grande demais, e se ficarmos muito no fundo não vai dar para ver nada - falou o ômega, caminhando em direção da sala oito, onde assistiram o filme.

  Ambos sobem as escadas com uma luz vermelha para que pudessem ver os degraus, até que finalmente avistam o lugar perfeito. O silêncio era constante, a sala não estava tão cheia para a sorte de Mark, pois odiava pegar salas cheias, diferente de Haechan, que nem ligava para a quantidade de gente por tanto que conseguisse ver o filme em paz.

-- Vai começar - falou Haechan em um tom de animação, baixo como um sopro.

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10 Days With The Godfather | MARKHYUCKOnde histórias criam vida. Descubra agora