Costumeing to be a hero- Pensamentos diários

Cap.1

Seja sincero, você nunca criou uma historia em sua cabeça, uma realidade "alternativa" em que você pode voltar no tempo e consertar os seus erros ou simplesmente ser alguém que você ?sempre quis ser? Eu faço isso todos os dias e sempre quis que alguém soubesse e compreendesse minha mente e meus pensamentos, conjecturo que isso não vai acontecer, mas pelo menos alguém vai saber como seria a minha melhor versão e o que eu faria caso tivesse a oportunidade de ser a pessoa mais desejável e amável que meus amigos e familiares já conheceram.

Eu sempre gostei de me expressar de diversas formas, com musica, textos, cartas, presentes(minha linguagem do amor), mas nunca consegui me expressar intensamente por meio do toque, do abraço por exemplo, sempre foi uma dificuldade. Acredito que seja por isso que eu crie tantas "fics" na minha cabeça.

Toda vez que eu vejo alguém chateado, chorando e angustiado, o meu querer maior é chegar na pessoa e abraça-la, trazer palavras de conforto e conseguir faze-la importante, e sinceramente, eu falho de forma miserável.

A semana inteira

Estamos em quarentena e eu não estou saindo de casa, então todo o contato que eu tenho com meus amigos é pela internet, o mais difícil não manter o contato e sustentar a amizade, mas sim ter vontade de faze-la permanecer intacta, perder toda a familiaridade com todos seus amigos dói, e foi insano conseguir reconectar esses vínculos, entrei na quarentena com 80 amigos e sai com 20, vivendo o famoso "os de verdade eu sei quem são".

Tenho 5 amigas na escola, que honestamente, sustentam meu animo para assistir as aulas e me fazem ter muita vontade de sair e ir para escola. Uma delas sempre foi muito importante para mim, eu sempre considerei de forma carinha se ela estava bem ou se estava passando por alguma coisa que eu poderia ajudar. Numa tarde de quarta- feira em ligação, eu descobri que ela ficou em prantos na escola e ninguém ficou sabendo o que aconteceu, e naquele momento eu fiquei "engatilhada", digo, em estado de preocupação extrema com ela, na minha cabeça passou-se mil e umas ideias e historias do que eu poderia ter feito para acudi-la. A semana inteira eu permaneci me sentindo culpada não estar lá por ela. 

Essa é a primeira historia que eu tenho para contar para vocês.

Durante a tarde inteira eu ficava formando a solução perfeita para aquela situação, e esse foi o resultado; Apenas mais uma quarta-feira normal, eu levantava, pega a van e ia para a escola, chegando lá eu encontrava meus amigos e professores. Na volta do intervalo as 10:15, eu olho pra trás e vejo que afastada da gente,  ela estava muito quieta e mais no seu canto, espero o resto dos alunos passarem para frente e fico ao seu lado, quando só tem nos duas no corredor eu pergunto o porque dela estar tão quieta a chateada, ela para de andar e começa a chorar, fazendo com que ela não consiga se explicar, eu dou um abraço forte nela e ela me abraça de volta fortemente. Depois de se acalmar, a gente vai para um lugar mais reservado e assim conseguiremos conversar, e fica tudo bem.

Me sinto boba de publicar isso, guarde suas pedras por favor, não me julgue.