XVI. A Escolha de Palavras

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– Ohh... eu acho que você está mesmo passando tempo demais comigo, majestade. – ele se rendeu a uma risada derrotada. – Não acredito que logo eu, o grande Mago da Noite, deixei isso passar.

Ainda preso entre os braços do regente, Kieran ajustou a postura sentando na beira da mesa e passou os braços sobre os ombros de Idris, levando junto aos dedos os longos fios dourados soltos na frente do rosto dele, dando espaço entre as pernas para que ele se aproximasse mais também.

– Então...? Qual a resposta, no fim das contas? – a pergunta surgiu tão naturalmente guiada pela curiosidade que a demora na resposta de Idris fez com que o ladrão percebesse que já estava insistindo demais naquele assunto, a confirmação veio do sorriso discreto no canto dos lábios de Idris. O rei não respondeu de imediato, mas Kieran conseguia quase prever a resposta com aquele sorriso discreto.

– Essa não é uma das respostas que dei ao Wafula.

Kieran teve que se render à resposta do regente daquela vez, afinal, não fazia parte do acordo inicial deles. Com os braços em volta dos ombros de Idris, ele deslizou os dedos entre os fios dourados até agarrá-los com firmeza, aproximando os rostos.

– Acho que está ficando muito bom em manipular informações, alteza. – Kieran beijou o canto dos lábios de Idris, puxando os cabelos dele mais para trás para expor mais do pescoço enquanto descia os lábios por aquele caminho até a gola da roupa.

Você não disse que o melhor jeito de conseguir informações é com sexo? – Idris ergueu um dos braços apoiados na mesa e passou em volta do corpo de Kieran, buscando a abertura na faixa da cintura dele. – Vamos colocar suas habilidades à prova então.

Gosto do seu jeito de pensar, majestade.

Kieran cessou os beijos na pouca pele exposta do regente acima da gola da roupa e voltou os lábios até os dele, finalmente unindo-os num beijo profundo. Deixou que o gesto se prolongasse enquanto Idris se livrava da faixa da sua cintura e buscava o espaço debaixo da parte de cima da roupa para prescrutar a sua pele diretamente com a ponta dos dedos quentes.

O ladrão até imaginou que eventualmente o avanço seria negado, já que os dois estavam no meio da biblioteca e qualquer servo – especialmente Borya – podia aparecer. Mas não pareceu o caso quando Idris buscou os fechos da sua roupa na parte da frente, abrindo o casaco e pressionando a mão contra o tronco de Kieran, subindo do abdômen até o peito e o pescoço. O ladrão só ajustou melhor a postura na mesa e ergueu as pernas para fechá-las em volta dos quadris do regente, a ponto de sentir o contato entre os volumes debaixo das várias camadas de roupa.

Um tremor perpassou o corpo de Kieran quando ele sentiu os dedos do regente passando pelo seu peito e pressionando o mamilo. Foi a vez dele descer uma das mãos do ombro de Idris na direção do peito, buscando a abertura da roupa que era bem mais intrincada e em inúmeras camadas. Ele cessou o beijo depois de falhar em encontrar os fechos da e encarou Idris de perto.

– Essas roupas se materializam em você por mágica? – Kieran reclamou, notando outro sorriso breve no regente antes dele desviar a atenção dos seus lábios para o rosto e o queixo, as duas mãos passando pelo peito do ladrão e levando a peça de roupa no gesto, enquanto ele descia os beijos pelo pescoço e o peito. – Não que eu esteja reclamando, mas... você lembra onde estamos, não é?

Hm-hm... – a concordância de Idris veio quase num gemido quando ele passou as mãos com firmeza pelo tronco do ladrão, beijando o caminho até a trilha de pelos no baixo-ventre, os dedos passando por dentro do cós da calça.

Kieran sentiu os músculos todos contraírem à medida que Idris descia a trilha de beijos pelo seu corpo. Ele foi obrigado a se apoiar na mesa com os cotovelos e erguer os quadris quando Idris puxou a peça de roupa para baixo, expondo o membro rijo antes de se apoiar com um dos joelhos no chão e deslizar a língua pela ponta do membro. Mais uma vez, Kieran sentiu um tremor pontual perpassar todo o corpo, não só pelos estímulos diretos, mas pela visão inusitada do regente ajoelhado entre suas pernas, lhe satisfazendo com sexo oral, que pareceu muito mais intenso e prazeroso quando ele engoliu a ereção, os longos fios dourados de cabelo deslizando sobre o rosto levemente avermelhado de Idris.

Agora essa... hmm... é uma visão e tanto... majest-hahhh. – Kieran contraiu os pés por sobre os ombros do rei, os cotovelos cedendo na mesa enquanto Idris intensificava os estímulos na sua ereção, deixando que o excesso de saliva escorresse pelo membro e pela virilha do ladrão.

A única resposta de Kieran naquele momento foi ajustar a postura, apoiando uma das mãos no tampo da mesa atrás de si e levando a outra até o rosto de Idris, passando os dedos pelos longos cabelos e tirando-os do caminho para ter uma visão melhor da expressão dele enquanto engolia o seu membro. O breve relance do par de olhos dourados lhe encarando daquele ângulo fez com que outra onda de prazer lhe percorresse o corpo e ele quase se rendeu ao clímax, a ponto do membro latejar na boca quente e gotejar as primeiras gotas de sêmen.

Hahh... desse jeito... estou- hmmm... quase... ahnn...

Kieran fechou uma das mãos com um pouco mais de firmeza em volta dos cabelos de Idris, mas antes que recebesse estímulo suficiente para alcançar o orgasmo, ele gemeu em protesto quando o regente tirou o membro da boca. Apoiou o cotovelo na mesa para encarar Idris de novo e antes de questionar qualquer coisa, sentiu ambas as mãos dele por baixo das suas coxas, erguendo-as até expor melhor o espaço entre as nádegas, e no instante seguinte, a sensação úmida da língua do regente estava bem contra a entrada do seu ânus.

Ahhh! Merd-! – o gemido foi mais alto do que Kieran tinha calculado e ele levou uma das mãos aos lábios, contendo o som por um instante, enquanto o outro braço cedeu o apoio totalmente para se deitar na mesa em cima de alguns papeis que não deviam ser nada importantes. – Hmmm... iss- hahhh... Idris...!

Idris seguiu com o estímulo direto no ânus com a língua percorrendo a vala e penetrando o espaço apertado. Podia sentir o corpo de Kieran se rendendo facilmente aos toques e o calor aumentando, especialmente a excitação. Kieran tentou conter a intensidade dos gemidos no começo, mas deitado na mesa, entregue à sensação, ele levou uma das mãos até a própria ereção, estimulando-a diretamente para acompanhar o ritmo da língua alheia em seu canal. Ele sentiu a ereção latejando por alívio, mas antes que conseguisse alcançar o clímax, os gestos de Idris cessaram e ele segurou o seu pulso também, impedindo que continuasse com a masturbação.

Outro gemido de protesto deixou os lábios do ladrão, quando Idris entrou em seu campo de visão ao se erguer e se debruçar sobre o seu corpo, o rosto perigosamente próximo do seu enquanto uma das mãos descia entre as pernas de Kieran, o dedo pressionando a entrada apertada antes de penetrá-la apenas com a ponta do dedo. Kieran voltou a envolver o regente com as pernas e buscou pelos lábios dele, mas antes de conseguir completar o beijo, ouviu as palavras que não fizeram muito sentido.

Quer responder?

Hmm... responder o quê?

Idris não precisou explicar, no instante seguinte, o som de batidas ritmadas na porta invadiu a biblioteca e Kieran sentiu o corpo todo reagir.

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O Ladrão dos 13 Corações [Parte II]Where stories live. Discover now