Minha sobrinha ✨EM BREVÊ✨

Capítulo 1 | "Tudo que tenho é você."

Vou postar esse capítulo para deixar vocês com um gostinho de quero mais.

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Miguel

Como assim tio? Essa garota está louca ou o que? Eu só tenho a droga de um irmão e até onde sei ele não tem filhos... ou será que o infeliz tem e nunca me contou? Impossível, eu teria descoberto de alguma maneira. Olho para a garota a minha frente totalmente confuso, já ela continua ali, sorrindo como se nada a atingisse.

- Então... eu posso entrar tio? - ela diz e pela falta de reflexos eu acabo saindo da frente abrindo espaço para ela. - Prazer, sou Eleanor.

- Qual o seu sobrenome menina? - falo ainda surpreso e desacreditado.

- Jonestown.

- Eu acho que já ouvi esse seu sobrenome em algum lugar. - sussurro olhando para o chão. - Você sabe o meu nome, certo?

- Seria Miguel Fernandes? - fala com o sorriso doce de minutos atrás.

- De quem você é filha? - pergunto sabendo que o Ivan jamais teria uma filha e ainda mais dessa idade, as coisas não batem.

- Rosa, sua irmã por parte de mãe.

- Não conheço nenhuma Rosa, muito menos que seja minha irmã. - digo sério e ela faz uma cara de surpresa, acho que só agora percebeu que eu não acredito em uma só palavra que sai de sua boca.

- Eu juro Miguel, eu tenho a certidão da minha mãe aqui comigo. - ela abre a pequena bolsa que carrega e tira um papel bem dobrado de dentro logo o abrindo e virando para mim, olho para o mesmo e reconheço o nome da minha mãe mas o mesmo está com o seu nome de solteira Jonestown, no mesmo papel diz que o pai não a reconheceu. - Viu só.

- Imagino que você saiba que isso não prova absolutamente nada menina. - digo mais rude do que antes. - Onde está a sua mãe?

- Minha mãe... ela... ela... bom... - ela puxa um grande quantidade de ar em um curto período de tempo e então me olha soltando todo o ar antes preso em seus pulmões. - Ela morreu.

- Como assim morreu? - pergunto agora de olhos arregalados, essa garota está sozinha mo mundo?. - Como chegou aqui? Veio sozinha?

- Sim... eu já não tinha um pai e agora também não tenho mãe. - fala e consigo notar a tristeza em sua voz, ela parece estar a beira das lágrimas mas se controla puxando o ar como fez a segundos atrás. - Tudo que tenho é você.

- Eu? - balanço a cabeça me negando a acreditar em tudo aquilo, saio andando de lado para o outro pela sala. - Tem certeza que não tem mais ninguém no mundo?

- Absoluta, quando encontrei a certidão da minha mãe eu procurei pela minha vó mas ela... ela... o senhor sabe.

- Está morta. - falo irritado com sua dificuldade para dizer algo tão simples, porque não consegue dizer a palavra morta?

- Sim... eu então procurei um outro filho dela e bom... eu encontrei o senhor. - fala tímida.

- Vamos fazer o seguinte, você fica aqui enquanto eu vou até o trabalho pegar alguns documentos e avisar que tirarei o dia de folga ok? - a pequena garota concorda com a cabeça ainda constrangida. - Está com fome?