Quando saio Nathan se materializa na minha frente. Misericórdia que agora o garoto tá parecendo minha sombra.

— Oi, tá bem? — Ele me puxa para sair da frente da porta do banheiro.

— Sim, o que você tá fazendo aqui?

— Vim com uns amigos, precisava espairecer um pouco. — Concordo. — E você?

— Aniversário da Felipa.

— Ah, só não vou lá falar com ela pois não quero ser xingado.

— Faz bem, agora vou indo.

— Espera... — Ele segura minha mão para eu não sair.

— O que foi Nathan? O que eu falei hoje mais cedo ainda está valendo. — Digo e ele se aproxima de mim por causa da música e com certeza porque ele também quer.

— E o que eu falei também, me desculpe por tentar algo eu vou respeitar seu tempo. — Diz e passa a mão no meu rosto e cabelo fazendo um carinho e chega bem perto de mim enquanto me olha, eu o olho de volta por uns segundos também tentando focar minha visão.

— Não tem o que respeitar, não tem o que esperar.

— Estão não se afaste de mim novamente, eu sou um fodido por te afastar de novo. Estávamos voltando nossa amizade, eu quero isso de volta quero ter a quem recorrer quando eu precisar. — Ai não é bom ter essa conversa bêbada ainda mais que eu fico mais amorosa quando estou com álcool no sangue, sou aquela bêbada que diz “Eu te amo" para todo mundo até para inimigos.

— Ta Nathan, agora para de fazer essa cara de choro. — Ele limpa os olhos e me abraça enfiando o rosto em meu pescoço e respirando fundo. Eu o abraço de volta e aí eu vejo Graham com uma cara de poucos amigos nos olhando, ele está com os braços cruzados sem questão nenhuma de se esconder.

Ele balança a cabeça rapidamente e entra no meio da multidão, eu o vejo subir as escadas de volta para o bar.

— Preciso ir Nathan. — Nem o deixo responder e já saio atrás do Graham.
Droga, isso não vai prestar. Subo correndo, rapidinho fico sóbria de tanto nervoso. Se fosse eu no lugar dele estaria no mínimo puta da vida e ele não está menos que isso.

— Viu o Graham? — Pergunto para Fábio e Larissa que ficaram na mesa.

— Saiu agora, pensei que você tivesse com ele.

— E estou, beijos. — Saio pra fora do bar e olho para onde ele havia deixado o carro e parece que ele já saiu.
Pego um táxi na frente do bar e o motorista me leva até o apartamento dele rapidinho, pois não é muito longe dali.

— Oi, Jairo. Sabe me dizer se o Graham passou por aqui?

— Sim, subiu não tem nem cinco minutos. Mas não estava com uma cara muito boa.

— Obrigada. — Digo e corro pro elevador.

Me apoio no espelho e respiro fundo preparada pra merda. Uso minha chave pra entrar no apartamento e o procuro, ele está lá puto da vida tomando uma cerveja.

— O que você estava fazendo com aquele cara? — Ele pergunta sem olhar para mim.

— O pai dele está com câncer.

— E você é médica por um acaso? — Nossa que insensível.

— Não, mas ele queria um amigo e eu era a mais próxima disso. Estava dando apoio.

— Apoio? Eu vi tudo, ele passando a mão pelo seu cabelo e rosto  se aproximando de você, te abraçando. Porra vocês trocaram um olhar apaixonado, eu fiquei lá vendo esperando você beija-lo e se beijasse eu não teria ficado surpreso pela cara que você fez. Caralho, se você quer voltar com ele é só me dizer mas não me faça de idiota nunca. — Eu me sento no colo dele e seguro seu rosto para ele poder me olhar.

— Eu não quero ninguém além de você, Nathan pra mim é passado Graham você sabe. Eu te amo. — Digo e nem deixo ele responder antes de beijá-lo e é óbvio que ele corresponde rapidamente.

Eu tiro meu short e ele faz o mesmo, e me pega no colo me pegando contra a parede ele me penetra sem nenhuma preliminar e eu me agarro em seu pescoço.

— Eu ainda estou puto... muito. — Eu o beijo e mordo seu queixo e mandíbula.

— Eu só quero você idiota. — Minha respiração fica cada vez mais pesada e ele entra em mim rapidamente e sinto suas costas úmida de suor e contra a parede nós gozamos juntos. Ele encosta a testa no meu ombro e eu o abraço.

— Eu também te amo Amanda. — Abro um sorriso pois eu achei que ele não iria me retribuir, porém não levaria para o coração acho que as pessoas só devem dizer isso quando realmente sentirem que estão prontas para dizer e não da boca pra fora.

— Vamos tomar banho? Saímos no meio do aniversário da Felipa, eu sou uma péssima irmã.

— Ela vai entender, amanhã estaremos presentes no churrasco de aniversário dela então estaremos perdoados. — Concordo e me agarro nele para ser carregada até o banheiro como sempre fazemos.

— Eu te amo. — Ele diz assim que me bota de pé no box.

— Também te amo.

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Hoje estou boazinha então vamos de mais um capítulo? Aproveitem, pois o fim está próximo hahaha. ❤

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