Sugar Daddy - Capítulo 05

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                    M O N I Q U E

                    M O N I Q U E

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Odiei ter ido sozinha até o escritório dele, estava tão nervosa e sem jeito, afinal o cara prometeu me ajudar. Bruna me garantiu que era seguro ir mais não posso esquecer que na noite em que ficamos no seu apartamento ele fez questão de deixar claro o que queria comigo.
Talvez não valesse tanto apena assim o trabalho, talvez a grana nem fosse boa assim e eu tenha que ir apenas na lotérica mais próxima e fazer um joguinho para ficar milionária. Cada dia que se passava os boletos não paravam de chegar. Oh Deus.
Passo pelas portas duplas da sala e caminho até a mesa da secretária confiante, era agora ou nunca.
— Oi. — comprimento.
— Olá em que posso ajudar? — responde simpática.
Gostei dela.
— Tenho uma entrevista agendada para este horário — lhe mostro a mensagem — Desculpa não me apresentar, sou a Monique.
Ela sorri sem jeito quando pega um bloco de papel e anota algo.
— Bem na hora, Monique eu lembro do seu nome — sorri levemente — Vou avisa-lo que chegou — aponta para os bancos da luxuosa recepção — sente-se por favor, aceita uma água? Um café?
— Não obrigada não precisa se incomodar, vou aguardar. — vou até uma delas e me sento.
Seguro firme nas alças da bolsa torcendo para que não tenha machucado o currículo no caminho pra cá. Mal me dei conta da presença da secretária quando parou ao meu lado e me estendeu um copo d'água.
Sorri em agradecimento pela gentileza e tomei até a última gota de água afim de amenizar o nervoso que me dava, devolvi o copo para ela que anunciou que eu poderia entrar. Levantei em um pulo quase esbarrando em um rapaz que estava ao lado dela.
Me desculpei as pressas quando praticamente corri até a sala, fiquei completamente sem jeito quando consegui chegar até a porta. Ele estava sentado em sua mesa tão bonito quanto na noite que nos conhecemos, tive que obrigar minhas pernas a saírem do lugar quando me convidou para sentar a sua frente.
Praticamente agarrei ele quando me deu a notícia da contratação, estava a dias esperando pela oportunidade apesar de não ter colocado tanta fé quando deveria nele mais, mas convenhamos o cara tentou me agarrar.
Senti meu corpo inteiro aquecer quando me agarrei firme naquele homem que apenas me suspendia com um único braço, fiquei grata por nos despedimos o mais rápido possível e corri para fora do escritório.
Eu precisava de ar.
Corri imediatamente até em casa, tive a impressão de tê-lo visto enfrente ao prédio, mas também podia ser coisa da minha cabeça mesmo.
— Bruuuuuna, atende!!! — caminho de um lado a outro já dentro do meu apartamento, havia avisado a ela que ligaria assim que chegasse em casa e agora a bonita está com o celular desligado.
Me jogo no sofá com tudo, logo hoje que eu precisava dessa mocreia, ela some e o pior, eu não faço ideia do que usar hoje a noite. Abro o celular novamente em busca de algum bazar legal com algo realmente interessante pelo Google.
Eu não fazia ideia de como me comportar em algo assim, essas festas chiques não faziam parte da minha vida mas se esse for o preço a pagar por um bom salário, aqui vou eu disposta a me jogar de cabeça.
Depois de finalmente escolher uma peça e garantir que seria entregue a mim em alguns instante, corro na direção do banheiro para me preparar o mais rápido possível já que o tal “Samuel" seja lá quem for venha me buscar.
Depois me passar meia hora alisando o cabelo com a chapinha fazendo um penteado liso, me visto as pressas. Já pronta para matar me apresso usando meu batom vermelho fatal apenas, além da base e rímel.
Me assusto quando entro na sala e encontro minha amiga jogada no sofá aos prantos, antes que eu me desse conta da situação e pudesse ajudá-la o cara que esbarrei hoje cedo no escritório aparece no meu campo de visão a pegando nos braços e colocando ela sentada em seu colo. Provavelmente esse seja o tal Samuel.
Corro sentando ao lado deles focada em minha amiga que está com fortes hematomas no rosto.
— Shiiiii vai ficar tudo bem, eu tô aqui. — ele diz apoiando a cabeça dela em seu ombro.
Minha amiga soluça devido ao choro, seguro sua mão as pressas enquanto ela me olhava com carinho.
— O que aconteceu? Quem fez isso com você?
— Ninguém amiga, não foi nada. — fala em meio ao choro e meu coração se aperta.
Alguém fez isso com ela, mais quem faria uma coisa assim com minha amiga?
— Como ninguém? Me fala o nome do desgraçado que eu vou atrás dele. — olho surpresa pela atitude do Samuel.
Mais ele está certo, quem fez isso merece pagar.
— Não por favor. — se agarra ainda mais ao pescoço dele que ao invés de se afastar, ele apenas puxa ela ainda mais sobre seu corpo.
— Não aconteceu nada, por favor. — implora.
Samuel me da um olhar de compreensão antes de responder.
— Eu adoraria ver quem fez isso com seu rostinho lindo pagar pelo que fez — ele passa o dedo sobre os hematomas — Mas vou respeitar o fato de você está assustada no momento, tudo bem? — ela afirma com a cabeça — Mais quero que saiba que quando estiver pronta para falar ou se vingar, não hesite em chamar por mim, combinado?
Ela apenas olha para o Samuel com ternura antes de enterrar de vez no pescoço dele.
— Obrigada, você está sendo tão gentil.
— Só estou fazendo o meu papel, aparando donzelas em perigo quando estou atrasado tempo suficiente para que meu irmão me mate caso eu não chegue nos próximos trinta minutos.
Me levanto em um sobressalto, eu já estava esquecendo da festa.
— Podem ir, eu vou pra casa. — ela tenta sair dos braços do Samuel, mais ele não deixa.
— Não amiga, fica no meu quarto descansando, a gente tem que ir agora mais daqui a pouco eu volto para a gente conversar, beleza? — ofereço.
— Não amiga, não quero dá trabalho. — diz toda sem jeito e eu sei que a safada está amando fica onde está.
— Trabalho nenhum, você já é de casa — me viro para o Samuel — Pode colocá-la na minha cama? Ela te mostra o caminho, quando eu chegar eu mesma cuido dela.
Ela tenta protestar mas ele é mais rápido.
Ele confirma sacudindo a cabeça quando se levanta e sai com ela em seus braços, chega a ser fofo o jeito como ele todo grandão segura ela tão pequena firme nos braços como se não pesasse nada.
Pego minha bolsa e minhas chaves esperando por ele no vale da porta, ele reaparece todo sem jeito, meio aéreo.
Noto sua gravata em desordem e a bagunça na lateral do cabelo, mais decido fica na minha afinal eu mal conheço o cara mas tenho certeza de que ele não estava assim antes não, eu teria notado.
— Pronta? — pergunta abrindo a porta do carro pra mim.
— Prontíssima. — dou meu melhor sorriso quando entro no carro e ele dá partida.
Estava finalizando meu batom quando o carro para de repente, olho para Samuel atordoada sem entender nada.
— Por que parou? —ele desfivela o cinto colocando as mãos pro alto.
Escondo o espelho quando olho para o para-brisa do carro, dois rapaz estão parados a nossa frente, um deles com uma arma apontando diretamente na direção do Samuel.
— Droga. — sussurro.
Eles vem pela lateral do carro, retiro minha bolsa do ombro a colocando sobre o colo facilitando o acesso.
— Os dois — aponta a arma para nós – Saiam do carro, agora!!!
Não precisou falar duas vezes.
Saiu do carro indo na direção a calçada onde Samuel já está, enquanto o outro revista ele. Entrego minha bolsa para o segundo e eles correm para dentro do corro arrastando pneu.
Foi tudo muito rápido, depois de levar a carteiro o celular do Samuel juntos com minha bolsa e o carro eles nos deixaram.
Samuel chutava o próprio paletó que não sei em que momento ele mesmo o jogou no chão enquanto esbravejar.
— Que ódio! — me aproximo dele hesitante.
— Precisamos ter calma — peço — o que faremos agora? Não faço ideia de onde a gente esteja.
— Eu sei onde a gente está — vira-se para mim apontando para a estrada a nossa frente — Estamos a meia hora do local do baile beneficente, tá afim de dar uma caminhada?
Olho pra estrada imaginando que meia hora de caminhada não seria tão ruim se eu não estivesse usando salto alto, agacho sobre passeio já retirando as pressas os saltos e me posicionando ao seu lado.
— É o que nos resta. — enfatiza.
— Sugiro que a gente começasse então o quanto antes já que temos a noite inteira de trabalho pela frente.
Isso fez ele me olha sorrindo.
— Gostei de você. — retribuo o sorriso e corro disparada o deixando para trás.
— Quem chega por último é mulher do Padre. — grito disparada.
Ouço apenas sua risada e o barulho dos seus sapatos enquanto corria atrás de mim.
— Se o padre for o Padre Fábio de Melo...
— Hahaha você não presta Samuel. — digo rindo ainda me concentrando na corrida.
Ele corre ao meu lado, diminuímos a velocidade apenas para que chegássemos inteiros na festa.
— Sabe... — ele começa — talvez seja bom ter uma ajudante, sempre trabalhei sozinho cuidando das coisas da família, estou vendo sua contratação como alguém com quem realmente possa contar.
Sorrio com sua sinceridade.
— Vai ser muito bom trabalhar com o senhor, seu Samuel. — ele arqueia uma das sobrancelhas.
— A um minuto atrás estava me chamando de Samuel, de onde tirou esse “senhor"? Olhe bem para mim, eu sou gostoso.
Mordo os lábios segurando o riso, esse cara é louco.
— A um minuto atrás eu tinha esquecido que era meu novo chefe que estava correndo igual um louco do meu lado apostando corrida. — paro.
— Cansou? — ele para ao meu lado.
Apoio as mãos no joelho tomando fôlego, tendo a percepção de onde a gente estava, na rua de trás do salão de festa.
—QUE MERDA É ESSA? — grita.
Olho a tempo de vê-lo se afastar as pressas de mim e ir em direção a um casal que estava próximo a um beco.
Samuel joga o homem longe quando segura o braço a moça com força, corro até eles pronta para tira-lo de lá.
— Me solta, seu babaca! — ela lhe acerta o rosto. — Eu já falei que você não é meu dono.
Puxo o braço dele sobre o olhar de ódio dela lançado em minha direção e lhe ignoro.
— Vem Samuel. — ele solta a mulher e vem até mim segurando firme em minha mão, nos tirando daquele lugar.
Fiquei surpresa pelo auto controle dele mas não questionei quando ele nos tirou daquilo.  Demos a volta e passamos pela segurança, nos separamos apenas para que cada um pudesse se ajeitar dentro do banheiro após combinarmos de nos encontrar no bar e encher a cara.
Samuel não quis conversar sobre o assunto,  apenas falou que a mulher que estava no fundo do salão era sua namorada.
Fiquei de mãos atadas sem saber como ajudar meu mais novo chefe, sentamos nos bancos vazios no bar e quando nossas bebidas chegaram minha coluna enrijeceu quando ouvi a voz dele.
— Atrapalho?
 

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