23 - Descontração

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— Devem estar na sala... acho que não queriam atrapalhar nosso momento. -Brinca acostumado com isso, enquanto eu estou morrendo de vergonha.

— Pelo menos já havíamos acabado de comer. -Digo ofegante ao sentir sua mão subindo pela minha cintura, deslizando nas minhas costas até chegar no fecho do sutiã.

Seus lábios encontram os meus novamente, e um beijo que começa com um toque suave, se incendeia em questão de segundos na medida que nossos batimentos cardíacos se aceleram.

Minutos depois, nos separamos e puxo lufadas de ar em um esforço para respirar.

Ele encosta sua testa na minha e seus braços circulam meu corpo me apertando contra ele.

— Mais tarde gostaria de dar uma volta pela cidade para que você conheça o lugar onde cresci, o que acha? -Pergunta atencioso e expectante ao mesmo tempo.

— Eu adoraria, anjinho. -Acaricio sua bochecha. — Acho melhor entrarmos, sua família deve querer passar tempo com você.

— Você tem razão, vamos. -Segura minha mão, me levando para dentro junto com ele.

Catarina faz um café e todos nos sentamos nos sofás, aproveitando a companhia.

Sua família é muito unida e ver como eles conversam entre si com tanto amor e carinho, já não me causa nenhum tipo de inveja, o único que consigo sentir é meu coração quentinho.

Eles emanam esse calor e é praticamente impossível não se contagiar com essa aura.

Violet se senta ao meu lado e engatamos uma conversa animada sobre sua ida ao colégio no próximo ano.

A garotinha é bem inteligente e às vezes sinto que estou conversando com uma adulta e não uma criança de cinco, quase seis anos.

— O Benjamin já estuda na escolinha, tia Kenny. Ele é meu melhor amigo e disse que é muito legal lá. -Suas mãos descansam nas pernas cruzadas como uma pequena dama da alta sociedade.

— É mesmo? Então vocês poderão brincar enquanto estudam. -Observo e ela me lança um sorriso sapeca.

— A gente não vai ficar na mesma sala, mamãe disse que é porque ele é mais velho que eu. -Explica chateada e me seguro para não sorrir.

— Mas ainda assim vocês poderão se ver no recreio. -Conforto-a afagando seus cabelos suaves e seus lábios se curvam em um sorriso.

— É verdade. Você é muito inteligente, tia Kenny, bem que o tio Angel me disse. -Confessa e pego-o nos observando atento.

Levanto uma sobrancelha e ele dá de ombros.

— E o que mais o seu tio disse sobre mim, heim? -Indago curiosa.

A garotinha faz uma expressão levada esfregando uma mão na outra e sei nesse momento que eu acabei de abrir uma pequena e ruiva caixinha de Pandora.

— Ele disse que gostava muito de você e que era para eu te chamar de tia, de todas formas eu já ia chamar mesmo, também gostei muito de você. -Afirma sorridente.

— Okay, pequena fofoqueira, já chega de contar os nossos segredos. -Angel interfere levantando a sobrinha e balançando-a no ar.

Violet cai na risada e de repente todos estamos rindo junto com ela.

O resto do dia passa como um borrão e quando chega a hora de Ayden, Lily e Violet irem embora, sinto um aperto no peito.

Me diverti mais em um só dia com eles, do que durante toda a minha vida com minha própria família.

Santo Pecado Where stories live. Discover now