Open my heart, open my life

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Notas: Finalmente temos o Zoro abrindo um pouco (muito) da vida dele pro Sanji. Espero que gostem do capítulo 💙 Ah, eu esqueci de publicar Your Blood is My Wine esse domingo, revisei e tudo mas realmente esqueci porque tô trabalhando muito orz Não sei se tem alguém aqui que lê essa história mas enfim. //

Sanji havia esperado muito por aquele dia. Durante a última semana, desde que Zoro finalmente marcou com sua amiga para que eles se conhecessem, o loirinho não parava de falar sobre isso. Era uma ocasião tão especial que o moreno até mesmo insistiu para que ele fosse com um de seus ternos, o que era ainda mais impressionante para alguém como o marimo que nunca ligava para roupas e se vestia como um mendigo.

Zoro não parava de chamá-lo de irritante por estar empolgado para algo tão normal, mas toda vez que o velho rabugento começava a encher o saco com isso, Sanji insinuava que ele só estava com ciúme porque o loirinho estava mais interessado em sua amiga do que nele. No fim, Zoro era realmente um completo idiota que ainda não compreendia a diferença do amor que Sanji sentia por todas as mulheres e por… Não que amasse aquele idiota ou algo do tipo, claro que não. De qualquer forma, era diferente. E conhecer a melhor amiga do marimo significava muito para ele.

Quando chegou na casa do mais velho, ele sorriu ao vê-lo bem arrumado, até mesmo o cabelo estava penteado de forma diferente. Odiava achá-lo tão atraente, especialmente porque só sentia vontade de derrubá-lo no chão e abusar daquele corpo gostoso, mas precisava se conter para não amassar seu terno.

- Vamos? — Sanji cantarolou e estendeu a mão na direção do moreno, com seu enorme sorriso como de costume.

— Toma o endereço. — Zoro entregou um pedaço de papel amassado e velho com uma caligrafia questionável para Sanji. — Você ainda precisa treinar essa direção.

Não era total mentira, mas também longe da verdade. Zoro sabia muito bem que já demorava para chegar em lugares que supostamente sabia o caminho e frequentava todos os dias, mesmo que obviamente não fosse sua culpa. Mas aquele endereço ele só utilizava no máximo algumas vezes por ano, geralmente no aniversário da amiga, ou quando realmente precisava conversar.

Às vezes quando nem queria dizer nada, apenas passava horas em silêncio, apenas suas espadas o acompanhando. Jamais havia levado ninguém àquele lugar, não havia ninguém próximo o suficiente. Na verdade, por muito tempo ele achava que não iria encontrar alguém como ela, alguém que fosse tão próximo dele a ponto de querer compartilhar algo assim. Seus poucos amigos eram como Nami, de vez em quando o viam, mas não estavam realmente muito imersos na sua vida. Zoro observava o moleque chupando um pirulito ao seu lado e se perguntou como que aquela criatura irritante e sorridente acabou se infiltrando sorrateiramente no seu dia-a-dia a ponto de fazê-lo querer apresentá-lo a Kuina.

Quando o GPS apontou o local de chegada, viu Sanji fazendo uma cara confusa para a tela do celular e suspirou, era natural já que estavam na frente de um cemitério, e com certeza não era o que o garoto idiota estava esperando.

— Marimo, aqui… — Sanji franziu o cenho, tentando compreender o que estava acontecendo. Nada parecia fazer sentido.

— O endereço não está errado, Cook. É aqui mesmo. — Zoro falou num tom neutro, enquanto colocava sua mão sobre a do garoto na marcha no carro e apertava de leve, seu olho bom escaneando a entrada do cemitério, tentando não lembrar da primeira vez em que esteve ali. Ele sempre tentava não se lembrar daquela vez. Hoje era o aniversário de doze anos, mas sempre parecia tão recente.

Sanji não era burro o suficiente para não compreender a situação e se existisse alguma dúvida, o olhar de Zoro explicaria com facilidade. Não estavam indo para um jantar. O enorme sorriso sumiu de seu rosto, dando lugar para uma expressão preocupada e tristonha. Ele abaixou o olhar, se sentindo envergonhado por todo o tempo estar tão irritantemente falante e feliz, sem considerar os sentimentos de Zoro. Mas, antes que pudesse ficar cabisbaixo, sentiu a mão grande bagunçando seus cabelos e ao olhar para o mais velho, o viu sorrindo de leve.

Don't Call Me Daddy - ZoSan Where stories live. Discover now