Alissa

Nascimento

Nasci numa noite de janeiro pouco depois das 9 horas . O parto não foi normal, minha mãe não tinha tempo para surpresas. Tudo foi agendado seis meses antes e reagendado dois meses depois, minha mãe tinha uma reunião importante para amanhã impossível de adiar.

Uma vez que a pequena Alissa nasceu, foi levada para uma cobertura no Chelsea e entregue aos cuidados de uma babá, umas das 5 que passaram por sua vida. Não que seus pais fossem monstros apáticos que não se importassem, eles amaram aquela minúscula pessoa cheia de potencial, tanto potencial que no dia após o nascimento, fizeram testamento e ficaram teria todo o potencial a ser explorado.

Eu não me lembro desse tempo, o que tem algumas gravações que meu pai fez e as palavras daqueles que lembram e contam que éramos uma bela família feliz. Minha mãe gostava de cantar para dormir, meu pai gostava de me levar ao parque pela manhã . Nos meus três primeiros anos passei por 15 países enquanto meus pais se reuniam para empresários e construíam seu império. Meu aniversário de 1 ano foi celebrado no quarto de hotel na França, e dividindo as alegrias com o fechamento de um contrato que meus pais buscavam fechar há dois anos.

Me disseram que meus primeiros passos foram dados em nossa casa de campo no final de outono com nosso dia já cobriu o chão, meu pai gravou a cena, alguns minutos depois, ele gravou minha mãe reagindo às imagens de sua pequenina nos primeiros passos. Havia orgulho em seus olhos, um sorriso de completa satisfação. Minha primeira palavra teria sido "cat" de abacate, não existe gravação para provar, mas minha tia conta que estávamos na casa dela quando soltei a palavra.

Meu primeiro dente caiu no parque, era um dente de leite fora de época, caiu do alto de um dos brinquedos e quebrou. A fada do dente nunca veio, só informação de que a magia não existe e se você quer tem que ir atrás, não deixe para os outros o que você pode fazer bem.

Eu nunca esperei pelo papai noel e pelo coelho da páscoa. Não comemoramos o Natal, mas meu pais me davam presentes quando eu pedia, nem meu aniversário, porque nasceu não era mérito meu.

Algumas pessoas acham que eles eram frios e cruéis, e que eram distantes. Eu nunca soube dizer ao certo. Eles eram, ao mínimo, peculiares, o mais barato que eu tivesse tido, eles sempre me levavam para todos os lugares um dia e garantiam que eu tivesse a melhor educação possível. Tem algumas boas lembranças com eles, lembro de certo carinho e seus olhos encontro contavam histórias de dormir mas também sei da minha  apatia deles perante o mundo, da forma como estavam dispostos a tudo para chegar onde queriam.

Escutar simples pessoas definiram como casar mais pressionado que já conheceram e, ao mesmo tempo, o que menos se importava em como suas ações atingiram as pessoas.

Eu não sei se foram boas pessoas ou más, seus cupons por não ter aprendido a celebrar meu aniversário ou se eu agradeço por nos conhecer como outras pessoas tiveram oportunidade, eles foram só meus pais e felizes enquanto eles estavam vivos. Não senti falta de soprar uma vela ou de enviar cartas ao polo norte.

Eles só foram meus pais, só isso, os únicos que tive. Algumas vezes me pergunto como teria sido a minha vida se eles não tivessem pegado aquele avião.