Capítulo 30

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- Aonde vai ? - Patrick para na minha porta entreaberta, se apoiando no batente. Eu queria apreciar a vista, pois ele usava o jeans preto que caia super bem em suas coxas, mas eu tinha trabalho a fazer. 

- Levando as blusas velhas que quase não uso para minha mãe doar para igreja do bairro. Ela me pede isso a um mês , se eu não levar hoje é capaz dela vir até aqui.  -  Acordei com sua ameaça passiva- agressiva e foi o suficiente para me mobilizar. 

- Eu tenho umas roupas que não uso mais, quer levar ? - Estalo a língua sem muita vontade de responde-lo. 

- Por que você não leva ? - Eu estava aborrecido porque minha mãe me acordou cedo demais,   ela era uma mulher sem remorsos. Meu corpo sentia que ainda estava cedo demais para juntar roupas e pegar ônibus e mais o metro para ir até nossa casa. 

- Ok! Me espera. 

Aceno como resposta, distraído com as roupas ao mesmo tempo em que lutava contra meu sono. 

- Vai finalmente se mudar ? - A voz de Olivia era a última coisa que queria escutar de manhã. Quando me viro para olha-la me assusto com sua face coberta por uma camada amarelada. 

- Passou catarro no seu rosto ? - Por que não irrita-la ? 

- Claro e joguei um pouco na sua escova de dente também. - Ela me mostra a língua e me restrinjo a revirar os olhos. 

- Para sua informação eu não vou me mudar, mas se está incomodada você pode fazer isso. Eu não vou me importar. - Fecho minha mochila com um sorriso no rosto. 

- A sua sorte é que hoje estou benevolente. - Solto uma risada. Olivia era engraçada às vezes. - Seja como for, Patrick vai com você ? 

- Sim. Não sinta saudades demais, ele vai ficar bem. 

- Você vai leva-lo para conhecer sua mãe ? Já estão nesse nível ? - Paro em meus movimentos de por a meia e olho para Olivia. - O que ? Você não pensou nisso ? Ele está indo para sua casa, certo ?

Ainda surpreso pelo fato de que Patrick vai até a minha casa, pego meu celular para mandar mensagem para minha mãe. Ela odiava receber visitas, se não fossem seus filhos, sem notifica-la primeiro. Paro em meio a minha digitação refletindo: não seria justo impedir que ele fosse agora que já dei o aval, certo ? 

Minha mãe era uma mulher tranquila ou ela tentava ser. Ela já sabia de Patrick, mas seria uma boa levar ele até minha casa ? E se não gostar dele pessoalmente como não gostou de Katy ? E se ele a achasse arrogante ? O que não seria muito difícil, já que ela tinha um jeito bem peculiar de tratar as pessoas que não gostava. Não era uma arrogância explicita, entrava numa categoria mista entre um sorriso simpático e um olhar violento e agressivo. Um tom suave com palavras ríspidas; era sempre uma alternância dolosa de se experimentar, ainda mais se fosse em direção a alguém que eu gostasse. 

- Se divirta pateta! - Olivia me deixa a sós comigo mesmo, liberando meu quarto de sua energia. 

- Droga Patrick! - Murmuro. 

//////

Não esperava o grande sorriso que minha mãe recebeu Patrick, a mulher abriu tanto a boca que acho que consegui ver todos os seus dentes. Ela me dispensou com um tapa no braço e puxou o visitante para dentro de nossa casa em seu espírito solidário e simpático. Eu fiquei chocado para dizer o mínimo. Ela nunca me recebeu nessa animosidade! E eu sou o filho dela! 

- Se Lucca tivesse me dito que você viria antes eu teria preparado algo mais, um almoço melhor. - Encaro a minha mãe sendo extremamente receptiva. - Mas tenho torta de limão ? Você gosta ?

Beije-me da forma como quer ser amado (EM BREVE NA AMAZON)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon