— Eu estou brincando, Tae. Estou contente que você está ganhando peso porque consegue comer propriamente agora — disse e só recebeu um grunhido em resposta. Taehyung não parecia completamente convencido. Enquanto desciam as escadas, o fisioterapeuta sentia um clima desconfortável se abater sobre os dois. Não podia deixar que isso acontecesse por estupidez sua. — Acho que eu quem estou fraco demais. Preciso me exercitar mais.

O comentário pareceu aliviar a tensão de Taehyung, que riu contra a blusa de Jeongguk, fazendo cócegas no local.

— Você pode treinar me carregando para lá e para cá. Eu não me incomodaria — seu tom era uma mistura de diversão com insinuação, o que arrancou um riso gostoso do mais novo.

— Nada disso, mocinho. Não vou precisar te carregar porque logo, logo você estará andando sozinho — depositou-o com grande alívio sobre uma cadeira próxima à bancada da cozinha. Ajudou-lhe a apoiar as pernas em uma banqueta um pouco mais baixa que o assento onde estava para que ficasse confortável.

— Eu espero que sim — suspirou desesperançoso. O Jeon acariciou suas bochechas de forma reconfortante.

— Você vai ver. Pela manhã podemos começar a treinar esse tipo de movimento. O mais difícil, ficar em pé, você já consegue.

— Jura? — Taehyung perguntou surpreso.

— Sim, sim, mas isso é assunto para outro momento. Agora precisamos focar em cozinhar algo que não seja tóxico — brincou.

— Posso te dar um beijo de boa sorte? — questionou inocente.

Jeongguk ficou sem reação por um momento. Ainda não sabia como agir nessa situação. Muitas mudanças em poucas horas. Seu lado racional gritava para se afastar enquanto sua libido era tomada pelo desejo de atender ao pedido. Observou por um momento o contexto em que estava inserido. O rapaz à sua frente tinha formado um beiço, a fim de convencê-lo com maior facilidade. Era plena madrugada e ele estava na cozinha da casa de Taehyung para preparar algo que ambos pudessem comer antes de dormir. Sentia-se risonho e envolto por uma aura de contentamento.

Se parasse para analisar, a cena era tão clichê e convidativa. Parecia saída direto de um filme de romance. Não queria negar. Resolveu, por fim, aproveitar sua satisfação e o momento um tanto romântico. Depois lidaria com sua consciência e seu insistente lado racional. Precisava pensar sobre isso com cuidado e agora, certamente, não era o momento ideal. Aqueles olhos fixados em si seriam capazes de convencê-lo de qualquer coisa.

Inclinou-se e deixou que o Kim eliminasse a distância entre ambos os lábios. Seu corpo borbulhou novamente em familiaridade e instigação. Sentia a maciez do lábio alheio, apenas aproveitando a simplicidade e ingenuidade do momento. O beijo foi calmo e desajeitado devido à inexperiência do mais velho, mas ele era incapaz de reclamar. Poderia repetir várias e várias vezes, no entanto precisava fazer o outro comer e dormir logo. Jeongguk finalizou o contato com um leve sugar no lábio inferior alheio.

— Você é muito manhoso — comentou assim que as bocas se separaram, os olhares ainda conectados. Um ar de vergonha cruzou a expressão de Taehyung e Jeongguk queria guardar a visão à sua frente para sempre. O lábio entreaberto, as bochechas ruborizadas, o olhar atento a si, a respiração levemente desregulada.

Afastou-se relutante em direção à geladeira. Queria prolongar o momento, contudo o cansaço do outro era nítido, principalmente depois de tantos estímulos físicos ao longo do dia. Procurou por ingredientes que pudessem proporcionar alguma comida decente e encontrou ovos, vegetais, queijo e presunto. Seria o suficiente

— Então, o que iremos comer? — Taehyung questionou quando o observou depositar os alimentos em cima da bancada.

— Faremos uma omelete, que tal?

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