Capítulo VII

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Não se lembrava como Apolo aparecera ontem à noite para dormir com ela. Sentia-se cansada, seu abraço a envolvia por trás com possessividade e desejo. Podia sentir sua ereção. Rebolou discretamente, moendo seu membro rijo. Deviam estar cansados ontem à noite, pois ainda estavam vestidos. Abriu sua calça e, rebolando de forma provocativa, retirou-a junto com a calcinha. Sentiu um movimento rápido atrás de si e logo pôde sentir o tecido da cueca encostando em sua bunda e sua perna tocando sua carne exposta.

Ainda vestia sua blusa. Pensou em tirar, mas provavelmente esquecera a janela aberta, sentia frio. Colou seu corpo no de Apolo e os cobriu com a manta. A prova de seu desejo encostado em sua bunda fez com que ela comprimisse suas pernas e pôde sentir a umidade entre elas.

Rolando preguiçosamente, virou-se para Apolo e sem abrir os olhos entrou com a cabeça debaixo da manta. Desabotoou a camisa, trilhando beijos em seus ombros, descendo até o abdômen. Ficou inebriada pelo cheiro que ele exalava.

Passou a língua pelo do cós da cueca. Sua boca encheu d'agua e rapidamente deslizou a cueca por suas pernas torneadas. Sentia uma ousadia e coragem surgindo dentro de si. Contornou a glande com uma leve pressão nos lábios. Começou a acariciar toda a extensão com a língua. Não aguentava mais, precisava senti-lo por completo. Num único movimento, colocou tudo na boca e começou um movimento contínuo.

- Aaaahhh! Iza, que delícia!

Ouvir aquela voz deu-lhe incentivo para continuar.

Puta que pariu! Em fração de segundo passou um filme em sua cabeça revelando a noite anterior. Não sabia como contornar aquela situação. Ainda com Eduardo em sua boca se deu conta que estava atacando-o sem o menor pudor. Podia jurar que estava sonhando.

Sentiu uma mão tocando seu rosto, puxando-o para superfície no emaranhado das cobertas. Um olhar pesado de desejo, surpresa e admiração a esperava. Sentiu-se profundamente envergonhada. Eduardo beijou-a com fervor, demonstrando todas as sensações que o ocupavam no momento.

Iza pensou em resistir, mas estava desejosa demais. Passou uma das melhores noites de sua vida com aquele homem. Seu corpo já era dele e sua mente já não tinha quase nenhuma razão. Abaixou todos os seus escudos, retribuindo o beijo. Ele parou por um instante, encarou-a e acariciou seu rosto delicadamente.

- Uau!

Iza não tinha forças para continuar, estava completamente sem graça. Desejava desesperadamente que aquilo não terminasse ali. Desculpar-se estava fora de questão.

Percebeu que ela estava desconfortável e resolveu que era a sua vez de passear por dentro das cobertas. Deslizou a mão sobre a sua blusa e foi descendo de maneira torturante. Tocou os lábios em seus seios ainda com sutiã. Afastou-o com o polegar, lambeu o bico exposto. Roçou o dedo, deixando os mamilos duros e soltaram juntos um gemido.

- Acho que eles estão na piscina. – ouviram a voz de Nina.

Descobrindo o rosto submerso e com o coração acelerado, ele a olhou e disse:

- Acho que fomos descobertos. – riu com divertimento colocando as roupas espalhadas por baixo da manta e abotoou a camisa.

- O que vamos fazer? – perguntou desesperada.

- Aja naturalmente.

As crianças se aproximaram e logo perguntaram:

- Vocês dormiram aqui? – perguntou Léo.

- Bom dia, meu amor! Bom dia, Nina! Ficamos conversando até tarde e acabamos pegando no sono. – se desculpou com o filho envergonhada.

- Pai, a fada do aniversário organizou todos os meus presentes.

Iza e Eduardo se olharam e sorriram cúmplices.

- Bom dia, princesa. Acho que essa fada e eu ainda não tínhamos sido apresentados. – riu com a imaginação da filha – Por que não vão pedindo para Marlene para colocar uma mesa de café da manhã bem gostosa para todo mundo? Vamos recolher essa bagunça e já estamos indo. – disse apontando para mesa com resto de frutas e frios.

As crianças gostaram da ideia e saíram correndo em direção a casa. Iza e Eduardo começaram a se vestir rapidamente. Enquanto abotoava sua calça, ele pegou sua mão conduziu até os lábios dando um beijo e a fitou.

- Bom dia, fada do aniversário!

Os dois riram e seguiram em direção a casa. Caminhando na frente, se virou de repente quase se chocando com Iza que andava distraída dentro do seu constrangimento duplo.

- A noite de ontem foi... – disse com os lábios colados nos dela - surpreendente. - finalizando a frase com um beijo breve.

Voltou a caminhar em direção a casa. Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha e respirou fundo.

O café da manhã transcorreu de maneira tranquila e as crianças dominaram a conversa quase o tempo todo.

- Léo, precisamos ir. Vamos despedir da Nina e do Eduardo.

As crianças se abraçaram brevemente e Eduardo os acompanhou até o carro. Léo entrou no carro e, quando Iza estava se sentando, Eduardo a puxou pelo braço.

- Obrigada pela companhia. Há muito tempo não tinha uma noite tão agradável.

- Obrigada pela estadia. – disse rindo.

- Posso te buscar para almoçarmos?

Iza olhou confusa, sem entender o que ele dizia.

- A apresentação do projeto. – completou.

Pensou por alguns instantes, sua cabeça girava. Precisava fugir daquele compromisso, estava constrangida demais.

- Se não for inconveniente, gostaria de me preparar melhor para apresentação do projeto. Não tenho nenhum material para divulgação em casa. E uma visita ao projeto seria mais apropriada. – mentiu.

- Você tem um cartão? Podemos marcar amanhã!?

Revirando a bolsa, ela entregou o cartão e suas mãos se tocaram.

- Eu te ligo para marcarmos. Minha mãe deve estar ansiosa e temos um pouco de pressa.

- Tudo bem. – disse ela olhando- o intensamente. – Mais uma vez, obrigada pela força. Espero por vocês amanhã. Realmente hoje ficou em cima da hora.

Eduardo percebeu que algo a incomodava, não quis pressioná-la e tentou fazer com que ela se sentisse à vontade.

- Não se preocupe. Vejo você amanhã. – falou e beijou o canto de sua boca.


Não Pare de Sonhar + Acordei! E Agora?! (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora