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Andando pelas ruas com uma "muralha" ambulante atrás, eu sentia o olhar questionador das pessoas por eu estar agindo como uma criança e por Josh estar com uma expressão assustadora.

Se eu ligo? Nem um pouco.

-É tão lindo!- exclamei admirada com as flores em um dos vasos de uma bancada de flores na feira ao ar livre. -Amor, olha!- apontei para uma barraquinha de jogos. -Vem, Josh! Vem!- o chamei eufórica e corri até a barraquinha.

-Solzinho, cuidado!- Josh pediu quando eu atravessei a rua correndo.

Parei de uma vez, já na calçada, e arregalei os olhos.

-Desculpa.- ele fechou a cara.

-Para de pedir desculpas.- eu ri.

Me virei e fiquei encantada com o jeito simples, porém, lindo e convidativo do local.

-Ai meu Deus! Josh, olha.- o puxei até uma tenda onde tinha uma placa escrito "Do Sol a Lua".

Entramos e tinha várias pinturas por todos os lados.

No fundo tinha um homem pintando algo em uma tela.

-Que bonito, moço. Amei suas pinturas. Que talento!- comentei sorrindo e ele me olhou largando o pincel.

-Obrigada, minha jovem. É gratificante ouvir coisas assim.

-Qual o nome dessa?- peguei uma que tinha uma mulher com cabelos dourados enquanto flutuava.

-"A Sol". Me inspirei em minha mulher que faleceu a um tempo.- ele deu um sorriso nostálgico.

-Sinto muito.- meu sorriso se desfez. -Deve ser difícil perder alguém que ama.- ele assentiu.

-Ela era como você, uma alegria que contagiava onde quer que ela passasse. Eu a chamava de solzinho.

-Josh também me chama assim.- olhei para Josh que olhava algumas outras pinturas, estava distraído. -Eu o chamo de minha...

-Lua.- ele completou comigo e sorrimos.

-Essa é sua esposa, certo?- ele assentiu. -Ela era linda.

-Concordo. A mais linda das lindas.

-Sem querer ser intrometida, mas qual o nome dela?

-Alisa. Ela morreu a alguns meses. Éramos casados a seis anos, e ela ilumina minha vida desde que a conheci. Mesmo que ela já não esteja mais aqui, ela ainda é meu motivo para acordar todo dia.- nesse momento eu já chorava.

-Isso é tão lindo.- funguei e ele riu.

-Any? Amor, está tudo bem?- Josh segurou meus ombros preocupado.

-A mulher dele morreu, mas ela ainda é o motivo dele acordar todo dia. Josh, isso é muito lindo.- ele riu e me abraçou.

-Seu jeitinho sentimental me encanta, sabia?- sorri e passei a manga da blusa no nariz assim que ele me soltou. -Está melhor?

-Sim.

-Eu vou ver algumas pinturas ali porque estou pensando em comprar, já volto, ok?- assenti.

-Qual seu nome, moço?

-Andrew.

-Bonito nome.

-Obrigado...?

-Any, Any Gabrielly.

-Lindo nome, Any Gabrielly.

-Obrigada.- cheguei mais perto dele e vi que pintava uma paisagem de uma casa solitária.

sᴛᴜᴄᴋ ᴡɪᴛʜ ʏᴏᴜ (✓)Kde žijí příběhy. Začni objevovat