Capítulo 17. Despedida

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— Nunca iremos esquecer. Foi por pouco que eu não conseguir segurá-la, tão pouco. — Suellen disse.

— Verdade Suh. — Eu falei. — Estou sofrendo muito. Meu coração dói tanto. 

— Meninas bonitas. — Nicolas falou. — A gente sofre, a dor parece que nunca vai embora, mas, em algum momento vai sim. Então a gente aprende com a dor, a gente tenta esquecer e seguir em frente. Não é fácil, mas, a gente tem que tentar. 

— Você tem razão, Nico. — Suellen falou com os olhos de lágrimas. — Realmente a dor vai embora. Afinal eu sofri muito com a morte do meu melhor amigo e agora estou bem melhor. Jamais irei esquecê-lo, ainda choro às vezes, mas, aquela dor horrível passou. Agora só sinto saudades e me lembro dos momentos bons. 

— É o que temos que fazer com Luana. — Nicolas falou. — Jamais esquecê-la e tentar seguir em frente, sempre a deixando nos nossos corações.

— Verdade, eu vou tentar. — Eu falei com os olhos de lágrimas.

— Vocês duas podem fazer algo por mim? — Nicolas falou.

— O quê? — Suellen perguntou.

— Não desistam dessa vida. — Nicolas respondeu. — Eu sei que vocês não têm essa maldita doença, mas, você Suellen já sofreu muito por causa da morte do seu melhor amigo e você Anna sofreu por causa do estupro, foi complicado, mas, vocês não ficaram doentes, mas, podem ficar doentes se continuarem permitindo o sofrimento na vida de vocês, sobre qualquer assunto. Eu preciso de vocês. — Nicolas com os olhos de lágrimas diz: — Talvez síndrome do pânico é uma doença, mas, por favor, Anna, não desista. Não está sendo fácil perder a Luana, não posso perder vocês também. Por favor, não desistam de viver caso continuem sofrendo. Façam de conta que estão em uma guerra e que vocês precisam vencer e ficar vivas. Vocês precisam vencer o sofrimento por mim e por vocês mesmas. Desistir dessa vida não é a opção. Não sabemos o que vem depois da morte, mas, sabemos que nessa vida podemos fazer o que quisermos. Podemos tentar ficar perto do que nos faz sorrir e se não ter nada que nos faça sorrir, podemos procurar algo. Só, por favor, não desistam. Coisas boas podem acontecer se a gente tentar, se a gente pensar positivo e não desistir. 

— Desistir nunca! — Eu falei com lágrimas caindo nos meus olhos. — O caminho é longo e cheio de dor, de várias pessoas que não se importam, de às vezes nem eu me importar. Mas, eu sei que se eu não desistir a vitória chega. Demora, mas, vai chegar. Eu só preciso lutar todos os dias e me agradar sempre em primeiro lugar. Se não tiver alguém que se importe, pelo menos eu tenho que me importar comigo mesma. E meus pais crê que vai ter um mundo incrível ainda, de paz, com Jesus Cristo. Eu quero acreditar nisso também. Só precisamos esperar, ter fé.

— Sim, eu e meu pai acreditamos nisso também. — Suellen disse. — Jesus virá e nos dará felicidade eterna.

— Eu espero acreditar nisso um dia. Mas, acredito em Deus. — Nicolas disse com lágrimas caindo nos olhos me olhando. — Obrigado por não quererem desistir, minhas meninas. E eu me importo muito com vocês. — Nicolas olha para Suellen e diz: — Eu amo vocês e estarei sempre do lado de vocês. E sim, principalmente vocês precisam se importar com vocês mesmas. Desistir não é a opção. 

— Desistir não é a opção. — Suellen falou chorando. 

— Desistir não é a opção. — Eu falei sorrindo emocionada. 

Depois ficamos tomando banho no rio. Eu digo:

— Precisamos ir. Eu quero ficar por perto se o Pedro acordar.

— Ele vai acordar, Anna. — Nicolas disse.

— Obrigada pelo pensamento positivo, Nico. — Eu disse.

Afetadas pela dor Where stories live. Discover now