Capítulo 2. Fogo na biblioteca

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A noite chega rápido.
Eu tomo banho e fico com calça jeans, camiseta preta que tem a foto personalizada de um skate.
Aprendi a andar de skate graças ao Felix, ele amava andar.

Saio do banheiro e vou à cozinha.
Eu pego manga na geladeira, um prato no armário e também a vasilha com sal no armário. Fico chupando manga com sal sentada no sofá da sala e assistindo desenho na televisão da sala.

Alguém toca a campainha da minha casa.
Eu deixo em cima da estante perto da televisão o prato que tem a manga com sal. Então me aproximo da porta de madeira e olho no olho mágico. Percebo que é o Nicolas Alvim. Ele é meu amigo e do Felix. Não mora perto de mim, mas já veio muitas vezes aqui em casa e foi assim que ele conheceu o Felix.
Nicolas também estuda na minha escola e na minha sala. Mas pelo visto ele não foi hoje, pois não o vi na escola. A pessoa que mais conheço na minha sala.

Eu abro a porta e digo:

- Olá, Nicolas.

- Ei Suellen, posso entrar? - Nicolas falou.

- Claro.

Ele entra em minha casa e eu fecho a porta.

Nicolas diz:

- Estava morrendo de dor de barriga e não conseguir ir ao colégio. Vim saber se teve algo importante?

Ele senta no sofá grande e eu sento ao lado dele e digo:

- Um trabalho. Vou anotar tudo pra você no caderno e você ler.

- Muito obrigado. - Nicolas disse. - Soube que Fátima vai viajar?

- A notícia do dia! - Falei irritada cruzando os braços. - Não aguento mais ouvir isso.

- Sinto muito que ela vai embora sem te perdoar. Na verdade não tem nada pra perdoar, mas eu queria que vocês fossem amigas como antes.

- Eu também, mas infelizmente não será possível. - Eu paro de cruzar os braços e digo: - Eu tentei você sabe ser amiga dela de novo, mas cansei de insistir.

- Tenho certeza que ela ainda vai te pedir desculpas por tudo que te disse.

- Eu não ligo mais.

Eu levanto do sofá e pego o controle em cima da estante e abaixo a televisão que está muito alta e Nicolas diz:

- O sobrinho de Fátima vai morar do seu lado agora, na casa dela, ela disse que quer que eu o conheça. Ela passou lá em casa essa manhã, por isso eu soube de tudo.

- Não sabia que você e Fátima eram tão próximos. - Eu falei deixando o controle de volta em cima da estante.

- É depois que minha mãe foi presa nos aproximamos por acaso. Ela se identificou afinal o marido dela também está preso.

- Você vai ficar bem não é? Com sua mãe na cadeia? - Eu sento no sofá ao lado dele e digo: - Tenho certeza que o caso dela é diferente do pai do Felix. Ela não matou aquele cara, aposto que foi engano, alguém armou pra ela. E o pai do Felix realmente batia em Fátima e por isso ela o denunciou.

- Verdade, eu também tenho certeza que minha mãe é inocente. Espero que o advogado dela consiga resolver.

- Eu também espero.

Nicolas com a mão direita coça a cabeça, tem o cabelo castanho claro curto liso com franja de lado. Ele coça a cabeça quando está nervoso.
Ele para de coçar e me olhando com seus olhos castanhos claros, ele diz:

- Vamos jogar basquete?

- Ainda não aprendi. - Eu falei.

- Eu te ensino.

Afetadas pela dor Where stories live. Discover now