.entre provocações, beijos e encontros

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Sakusa voltava para a sala de aula rapidamente, teria aula de inglês naquele momento e já estava mais do que atrasado, usou quase todo o seu intervalo para ajudar Komori em algumas atividades em que estava enrolado, não sabia de onde tirara tanta paciência para aquilo, visto que o menor não conseguia entender certas questões mais de uma vez, fazendo-lhe explicar novamente.

Estava prestes a chegar em seu destino se não fosse por uma mão lhe puxando para perto dos banheiros, onde quase não passava ninguém por ali. Uma veia saltou em sua testa antes mesmo de perceber de quem se tratava e, após ver Miya Atsumu ali na sua frente, sentiu a irritação tomar conta do seu ser.

— Olha, Atsumu-senpai, eu 'tô atrasado para a aula, então me dá licença... – falara sem prestar muita atenção, voltando a andar e novamente sendo puxado pelas mãos do mais baixo, as quais ele questionou internamente se estavam devidamente limpas para então ousar lhe tocar. Respirou fundo, ignorando todo o ódio e vontade de bater nele, por mais difícil que fosse.

— Eu ouvi direito? Você me chamou de senpai, Omi-kun? – e lá estava aquele sorrisinho debochado adornando os seus lábios, muito atraentes por sinal, mas Sakusa se proibia de comentar esse detalhe em voz alta.

— Huh? Eu te chamei de senpai? Você 'tá precisando de um aparelho auditivo, não acha, Atsumu? – fixou seu olhar em outro ponto do local, talvez nas paredes do corredor em que estava, qualquer outra coisa que não fossem as orbes do Miya em questão, aquilo seria demais para seu coração.

Ele se aproximou lentamente de seu corpo, Kiyoomi sentiu suas costas encostarem na parede atrás de si, agora estava sendo prensado na mesma pelo outro.

— Olhe para mim, Omi-Omi. – sua mão pousou no queixo do moreno, fazendo-o lhe encarar a contragosto. Os olhos acastanhados pareciam que iriam pegar fogo a qualquer momento. — Meus ouvidos estão em perfeito estado, mas por que você não me chama de senpai novamente? – Atsumu quase sussurrava devido à pouca distância que mantinha da face do outro, distância esta que era capaz até mesmo de apreciarem suas respirações se misturando.

— Vai se foder, Atsumu. – respondeu, poderia tê-lo empurrado para longe de si, portanto, não tivera coragem e nem mesmo era aquilo que realmente desejava.

— Hmm, talvez eu esteja esperando que você faça isso para mim... – assim que terminou sua fala, o mesmo enfim tomou a iniciativa que Sakusa tanto queria: lhe beijar.

Os lábios se uniram num beijo um tanto necessitado, suas mãos passavam por ali e aqui no corpo do Miya, fazendo-o parar o contato e soltar breves arfadas, enquanto sentia seu pescoço ser levemente arranhado pelas unhas curtas do loiro. A situação estava ficando perigosa, visto que os dois estavam no corredor da instituição em que estudam e, também, devido aos beijos nem um pouco inocentes e as carícias ousadas que ambos trocavam, com risco de serem pegos por qualquer pessoa que passasse por ali.

Ao passo que os corpos estavam colados um no outro e certamente se esfregavam em busca de mais contato, Atsumu pôde sentir o membro duro do moreno lhe pressionar e pensou que seria melhor parar com o que estavam fazendo antes que acabassem realmente transando naquele local. Cessou o contato, se afastando um pouco do moreno para então o observar, percebendo que a expressão confusa tomou conta da face alheia.

— Não acha melhor pararmos por aqui? Porquê eu aposto que você não vai topar transar comigo ali naquele banheiro, certo? – apontou para o banheiro no fim do corredor e, conhecendo-o como conhecia, Sakusa nunca faria algo daquele tipo. Antes mesmo dele se pronunciar, Miya voltou a falar. — Então, que tal você vir para a minha casa hoje à noite? Pra gente resolver, bem... isso aqui. – ao mesmo tempo em que a última parte da frase fora dita, a mão de Atsumu parou no membro ereto do outro, o masturbando levemente por cima da calça do uniforme, vendo-o apertar seus olhos escuros e gemer baixo.


O loiro sorriu provocante, parando o que fazia e sussurrando um "Vejo você lá, Omi-Omi" antes de tomar rumo à sua sala, deixando um Sakusa confuso, envergonhado, com uma ereção para resolver e um "encontro" marcado para aquela noite.

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