A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]

Capítulo 21 - Me rebelei contra ela (20 dias antes)

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Aqui estamos nós com mais um capítulo quentinho hihi preparados?

No capítulo de hoje - O despertar de Gilbert o.o

Tenham uma boa leitura o/

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20 DIAS ANTES

NATÁLIA

Eu estava terminando de arrumar a cozinha quando ouço Henrique Adams me chamar lá da sala. Deixando o restante das louças dentro da pia para depois, sigo apressada para tal, querendo saber o que havia acontecido. Logo dou de cara com um Gilberto desperto, embora claramente ainda confuso graças ao ocorrido consigo. Um alívio tomou conta do meu peito vendo ele vivo. No momento em que o encontramos, tinha tido o receio de que ele não fosse mais acordar.

— Quer ajuda para se sentar? — questionei.

— Por favor — sua voz saiu rouca e um tanto dolorida, como se estivesse sentindo bastante dor no restante do corpo.

Henrique e eu nos aproximamos do nosso antigo professor e o ajudamos a se sentar devagar no sofá a qual estava descansando até então. Gilbert não era exatamente idoso, porém já ultrapassara a faixa dos cinquenta anos, contendo fios prateados mesclando-se com os fios pretos. Seu corpo era magro e seu rosto já ostentava várias marcas de idade.

— Você consegue se lembrar do que aconteceu? — perguntei atônita. Henrique ficou ao meu lado, observando Gilbert atentamente como eu.

— Não foi nada, eu...

— Não foi nada? — o rapaz o interrompeu. — Seu apartamento estava revirado, Gilbert.

— A gente deu uma ajeitada — completei as palavras do moreno. — Mas estava bem pior. Pareceu que alguém tinha invadido seu apartamento em busca de alguma coisa. Você não se lembra de nada?

Ele cobriu o rosto com as mãos e suspirou longamente. Continuamos aguardando alguma resposta à medida que o tempo se arrastava. Será que há algo que não pode nos contar?, questionei a mim mesma internamente. Provavelmente sim, considerando a demora.

— Nós estamos preocupados com você — declarei. — Podemos ir juntos às autoridades denunciar quem quer que tenha vindo atrás de você. Não vão ficar impune. Não vou deixar.

— Não podemos denunciar nada, Natália — declarou o professor após deixar de tocar o próprio rosto para me encarar. — Me prometam que não vão fazer isso.

— Por quê?

— Porque é perigoso e nenhuma polícia pode fazer nada para me ajudar.

Meu olhar instintivamente recaiu sobre o garoto ao meu lado. Nós trocamos olhares, nos perguntando silenciosamente qual deveria ser o próximo passo a seguir. Tendo uma ideia, decidi sair daquele ponto a qual parecia incomodá-lo e tentar ir para um que poderia de fato me ajudar:

— Tudo bem, não vamos contar nada a ninguém se você responder a algumas perguntas — fiz a proposta e, por mais hesitante que pudesse estar, acabou concordando com as condições. — As deusas do jogo são reais?

Seus olhos se arregalaram com a minha pergunta direta, porém mesmo assim ele decidiu se fazer de desentendido:

— Que jogo?