E desde quando Harry pode dizer não à ele?

- Claro, vamos fazer. - Ele sorri e dá de ombros. Louis ri maquiavélico, Harry quer beijar seu ar para fora.

Eles são posicionados e negam uma olhada no roteiro, lembram das falas, ficam em suas posições, e começam.

Na primeira troca de falas, eles já não são eles mesmos, todo amor que ele tem por Louis vira o medo e desprezo que seu personagem sente, e o quer que Louis sinta por ele, vira vingança e inveja.

Louis levanta o braço, é agora.

Harry já levou socos antes. Ele relaxa o maxilar e fica em sua devida posição, como numa dança.

O punho de Louis vêm e se bate contra seu rosto.

A dor não vem, no entanto.

Agora, ele é Harry novamente.

E ele espera.

E espera.

E nada.

Ele leva a mão ao rosto, como se quisesse tocar o contato, esperando por seu queixo e dente latejarem.

- Meu deus Haz, foi muito forte? Me desculpa. - Louis vem ao seu encontro, pedindo gelo para a produção, Ramahan e Mendonza saem de seus lugares.

Harry só consegue olhar espantado para Louis com sua expressão preocupada.

- Não, eu... - Ele tenta, e ao falar, seu maxilar não lhe incomoda. Só pode ser a adrenalina. - Está tudo bem, vamos de novo.

Louis o analisa. - Tudo bem.

Segunda vez. Personagem. Posição. Soco.

Não dói.

Harry não sai da atuação desta vez, nem Louis, ele apenas engole o que quer que isso seja, e continua fazendo a porra do seu trabalho.

Quando a cena acaba, e a produção bate palmas, ele corre para o camarim. Sua bochecha e mandíbula contra o espelho parecem completamente normais, ele tira a maquiagem e sua pele está intacta.

Louis bate na porta.

- Ei, você está bem? - Louis põe a cabeça para dentro.

Ele vai dizer, certo? Há uma parte dele que também sentiu isso.

- Está sim. - Harry sorri. Meio encantado, meio desesperado. - Lou-

- Sam vai me buscar para irmos beber algo, acho que alguns dos nossos vão vir. - Louis sorri, como se não tivesse o coração de Styles em punhos. - Quer vir?

Esse mesmo punho que segura seu coração, aperta-o e o esmaga.

- Não Lou, obrigado. Vou direto para casa.

- Okay. - Louis sorri, menos desta vez, ainda não entrou totalmente no camarim. - Te mando mensagem quando chegar, então.

- Boa noite.

- Boa noite.

Harry, afinal, acaba bebendo naquela noite.

Niall e Taylor estão com ele, no entanto.

Atirado contra seu sofá, duas garrafas de vinho branco na mesa e uma comédia romântica na televisão.

— Uma pessoa pode escolher não ficar com seu Compatível?

Ele pergunta, de repente, nem mesmo assistindo ao filme, percebe, apesar, seus amigos trocando um olhar.

Niall suspira. — Bom, sempre existe a possibilidade de ficarmos com outras pessoas-

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