Capítulo 18

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Camila Pov

Imagino que meu subconsciente tenha agido como um despertador para o meu corpo.

Somente isso poderia ter me feito acordar às cinco da manhã a tempo de ver KJ se arrumar para sair.

Isso era raro ultimamente. Tinha sono demais e muitas vezes eu só acordava quando KJ estava de volta.

Não me lembro a que horas fui dormir. Mas estava tão cansada que apaguei enquanto KJ acariciava meus cabelos.

Ultimamente vínhamos conversando muito à noite e isso me agradava bastante. A cada novo dia, mais encantada eu ficava por KJ.

E agora vendo-o se vestir eu finalmente admitia que tinha tirado a sorte grande. KJ tinha muitos defeitos, eu sei. Mas as qualidades que descobria nele superavam esses defeitos, então eu podia dizer de boca cheia: KJ era um homem perfeito.

E seria meu em poucas horas. Hoje...dia do nosso casamento. Eu nem fazia idéia de como seria realmente. A decoração de festa, igreja...nada. Tessa e Lili não me deixaram ver.

Mas algumas mudanças eram perceptíveis, como por exemplo, a segurança da casa. KJ parecia ter triplicado os seus homens. E entre eles, havia mulheres como "guarda-costas". Uma delas, Mila, ficava na minha cola.

Revirei os olhos ao lembrar- me das palavras dela sempre que eu dava um passo: "O senhor Apa mandou ficar de olho para que não fizesse
nenhuma estripulia."

Eu até entendia a preocupação de KJ. Somente por isso não reclamei. Ele andava bem mais preocupado desde que descobrimos que vamos ter gêmeos.

Fechei meus olhos novamente, lembrando-me com prazer daquele dia. KJ mais uma vez chorou em meus braços. Beijou-me com ardor, com amor. No final, com a voz naturalmente rouca e ainda um pouco mais pelo choro, KJ falou em meu ouvido. "Odeio quando você faz isso comigo."

Eu apenas o abracei mais forte. Não iria fazer piadinhas do momento lindo que ele me permitiu presenciar.

Eram momentos raros e pra mim, intensos. Abri os olhos novamente ao ouvir sua voz.

- Não deveria estar dormindo?

- Bom dia. Acordei assim, de repente.

Ele veio até mim, sentou-se na beirada da cama.

- Bom dia. Está sentindo alguma coisa pra
acordar assim? Tem dormido tanto.

- Não. Talvez seja ansiedade.

- Ansiedade em se unir a um rabugento- Perguntou enquanto me aceitava em seus braços.

- Você não é rabugento. É mandão, autoritário e meio cavalo às vezes. Mas...tem qualidades que superam isso.

- E você tem todas as qualidades que uma mulher deseja possuir.- KJ falava e roçava a barba por fazer em meu pescoço, causando ondas de arrepio em meu corpo.

Meus mamilos ficaram rígidos imediatamente.

- KJ...

- Hey...não era para atiçar você.- Ele riu, mas deslizou a mão pelo meu rosto.- É a única mulher que conheço que consegue acordar linda, fantástica...ainda mais depois de uma noite mal dormida.

KJ conseguia elevar meu ego ao grau máximo. Isso nem era muito bom. Eu poderia ficar mal acostumada e não era todo dia que ele estava um doce de pessoa.

- Não tive uma noite mal dormida. Apenas dormi pouco.

- Pois deveria dormir mais um pouco. Pelo que conheço da minha mãe e da Lili...terá um dia atribulado pela frente.

O Poderoso Apa - KjmilaWhere stories live. Discover now