Just Pretend - (aokaga story)

One.

Espero que gostem.

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-Hey! Olha o que comprei, assim que vi na loja pensei que deveria te mostrar... O que achou? Gastei todas as minhas economias como babá, mas valeu a pena. - A imagem familiar da garota pálida com cabelos curtos tingidos de roxo fora substituída pelo instrumento de quatro cordas agora exposto na frente da câmera para que pudesse vislumbrar com maior facilidade. Ele era simplesmente perfeito., não havia escolha melhor para a garota. -É seminovo, mas está em bom estado. Queria que você estivesse aqui para me ajudar a afiná-lo, quem sabe me ensinar um arranjo novo... - Não foi difícil perceber o tom melancólico, estava em débito com ela, precisava visitá-la.

-Ele combina com você, é muito bonito. Sobre nosso dueto, irei assim que possível, você sabe como as coisas são... - Notou-a assentir em compreensão. Por mais que desejasse, teria de organizar tudo antes de embarcar no primeiro avião para a terra da liberdade. -Você procurou aquela banda que te indiquei? As cifras são mais compassadas acho que dá pra pegá-las sem muito problema.

-Sim, gostei bastante apesar de ter tido dificuldade nos dois primeiros compassos durante o solo, mas acho que estou pegando o jeito, depois vou te enviar um vídeo que gravei tentando acertar o ritmo. - Sorriu com a empolgação da menor.

Akemi era realmente preciosa, se orgulhava da mulher que ela estava se tornando. Lamentava não ser tão presente na vida dela quanto gostaria, mas a distância e a separação de seus pais contribuíram para tal realidade.

Sua vinda para o Japão com seu pai levou em consideração a oportunidade ofertada pela empresa da qual ele trabalhava, que se dispôs a arcar com todas as despesas estudantis até a faculdade, caso desejasse prosseguir. Como sua irmã ainda era uma criança, nada mais natural do que permanecer com sua mãe na América. Foi doloroso no início, sentia-se sozinho e deslocado, mas com o tempo focou-se no esporte e conquistou alguns amigos e rivais também. Seu pai passava mais tempo no complexo da empresa do que na cidade em que o filho residia, apesar disso não o culpava, sabia que não havia sido o único afetado com a nova estrutura familiar.

O som do metal se chocando despertou sua atenção fazendo-o levantar o olhar da tela, estava descansando no chão de cimento no canto da quadra atrás do Maiji burguer, apoiava o braço em que segurava o celular na esfera alaranjada. Estava ali há um bom tempo, já havia praticado todos os passes do qual se recordara com os jogadores invisíveis que apareceram em seu treino para interceptar seus movimentos. Observou o grupo de crianças que causara o barulho na cerca que rodeava o espaço, passarem em direção a lanchonete. Voltou-se para Akemi.

-Eu te disse que era boa, com o tempo você consegue pegar com facilidade. - Observou-a sorrir apresentando os caninos semelhante aos seus. -E a mamãe, como está?