𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄

Начните с самого начала
                                    

Harry sempre foi um amigo incrível e me apoiou em tudo o que eu fiz. Segundo ele, eu era uma artista excelente e provavelmente tocava piano muito bem, embora nunca houvesse me escutado tocando. Eu nunca soube direito o porquê, mas tinha muito medo de errar alguma nota durante uma apresentação e que isso frustrasse as pessoas à minha volta — principalmente ele. Me irritava o fato de que a opinião dele contava para mim mais do que qualquer outra coisa.

O nosso primeiro ano em Hogwarts poderia ter sido considerado perfeitamente normal se não fosse o fato de que Harry, Ron, Hermione e eu tivemos que pular para dentro de um alçapão velho no Terceiro Andar para impedir que o Professor Quirell roubasse a Pedra Filosofal — uma pedra que era capaz de transformar qualquer metal em ouro puro e produzir um elixir que tornaria quem o bebesse imortal. Aparentemente, Quirell era um impostor que fora vítima de mais um dos truques de Voldemort, um bruxo que todos pensavam estar morto.

É claro que ninguém além de nós e nossos pais ficou sabendo disso, mas o diretor da escola, Dumbledore, tinha certeza absoluta de que Voldemort não estava completamente morto. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, ele tornaria a aterrorizar o Mundo Bruxo.

No que diz respeito ao Ron e à Hermione, o meu círculo de amizades não poderia ter tomado um ramo melhor. Hermione era nascida trouxa e, assim como eu, amava tudo o que se relacionava à livros e arte. A mesma se tornou como uma irmã para mim, embora fosse difícil encontrar uma forma de fazê-la se dar bem com Ron, no início do ano. O ruivo, por sua vez, sempre esteve ali para mim e passou a ser parte da família. Com o passar dos anos, mesmo que Harry e eu passássemos parte do verão na Toca e que eu o tratasse como um amigo de infância, Ron se mostrou bastante ciumento. Ele me protegia quase da mesma forma que o fazia com Ginny, sua irmã mais nova.

No segundo ano, coisas estranhas começaram a acontecer — em todos os sentidos. Dobby, o elfo doméstico da família Malfoy, aparatou na casa de Harry e lhe disse que Hogwarts não era mais segura. Não que fosse segura antes, com um cão de três cabeças guardando a entrada de um alçapão misterioso, mas dava para perceber o tom de medo na sua voz. Eu apenas disse à Harry que não ligasse para aquilo e que continuasse a organizar o seu malão para o início das aulas.

Acontece que o elfo realmente estava certo, porque uma série de eventos desagradáveis aconteceu: nascidos trouxas (inclusive Hermione) foram petrificados e mensagens foram escritas nas paredes com sangue. Para começo de conversa, foi tudo culpa do pai do Draco — um garoto que não media esforços para fazer das nossas vidas um inferno. Lucius esqueceu "acidentalmente" um diário encantado dentro da sacola de compras de Ginny, quando fomos ao Beco Diagonal para conseguir os materiais para o início do ano letivo. O diário pertencia à ninguém menos que Tom Riddle — ou Voldemort — , e guardava dentro de si uma parte dele que fora responsável por possuir Ginny. Tom obrigou-a a abrir a Câmara Secreta da escola e libertar o monstro que lá se escondia — mais uma prova de que Hogwarts não é o lugar mais seguro do mundo — , resultando em todos os incidentes desagradáveis daquele ano.

Infelizmente, não conseguimos provar que Lucius dera o diário à Ginny; mas Harry deu um jeito de recompensar Dobby por tudo o que fizera e o libertou.

Lembro que fiquei chateada por não ter conseguido ajudar muito no resgate da garota, quando o seu corpo foi levado para a Câmara Secreta. Ron e eu acabamos ficando presos do outro lado de uma parede de pedras com o Professor Lockhart (outro professor mau sucedido de Defesa Contra as Artes das Trevas) enquanto Harry fez praticamente tudo sozinho. Ainda assim, lembro bem de como ele me abraçou e disse que eu fui fantástica à minha maneira, me fazendo olhar para longe e corar violentamente.

Depois disso, Hermione nunca mais me deixou em paz — ela já estava bem quando o fato acontecera e viu tudo com os próprios olhos. Cismou conosco e, desde então, não perdeu uma única oportunidade de ficar me perturbando e dizer que eu gostava do Harry. Besteira, na minha opinião.

Tirando a notícia da fuga de Peter Pedigrew de Azkaban, o terceiro ano foi o mais tranquilo de todos. No início, os nossos pais ficaram bem receosos em nos deixar sair de casa sem nenhum tipo acompanhamento, já que Peter era um Comensal da Morte perigosíssimo e que dedurara os Potter à Voldemort, há exatamente treze anos; mas nada grave aconteceu. Peter permaneceu desaparecido e nenhum outro assassinato em massa foi cometido, diferentemente da noite de 31 de Outubro de 1981, na qual ele matou treze trouxas sem nenhum motivo aparente.

Remus foi contratado para ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas na escola e se tornou o professor favorito da maioria dos alunos — com exceção dos sonserinos que seguiam as ordens de Draco Malfoy, é claro. Ele insistia em fazer piadas sobre como as aulas de Remus eram ridículas e como o fato de que um professor que não fosse hétero seria um grande problema. Não sei se ele se arrependeu do que falou, mas o soco que Hermione deu no seu rosto foi lindo de se ver.

Hagrid, nosso amigo e Guarda-Caça de Hogwarts, foi contratado para ser o novo professor de Trato de Criaturas Mágicas e deu aulas muito interessantes. Em uma delas, por exemplo, nos ensinou sobre Hipogrifos e permitiu que eu e Harry voássemos em suas costas sobre os terrenos da escola. Foi assustadoramente emocionante. Harry colocou as mãos na minha cintura enquanto eu agarrava o pescoço do animal com força, temendo uma queda violenta. Um estranho arrepio percorreu meu corpo e acelerou as batidas do meu coração, mas eu constatei que aquilo acontecera apenas devido ao vento que batia em nossos rostos e às ondas de adrenalina que percorriam a minha medula espinhal. Não me passou pela cabeça que as mãos dele pudessem ter esse efeito sobre mim.

É algo que eu não conseguia explicar, principalmente porque eu nunca pensara daquela maneira antes; mas era impossível negar que Harry Potter não estava mais bonito do que um ano atrás. E olha que ele sempre fora lindo. "Que raios de pensamento é esse?" lembro de ter perguntado à mim mesma. Mas era verdade: Harry estava mais alto e com as feições bem mais definidas do que no ano anterior. Por um momento, senti-me tola por ter demorado tanto tempo para notar no quão drasticamente ele mudara.

No final do ano letivo, algumas coisas saíram dos eixos. Alguns alunos começaram a desconfiar que Remus era um lobisomem e o deduraram para a diretoria, embora que Dumbledore já soubesse. Além disso, Bicuço, o Hipogrifo de Hagrid, sofreu uma denúncia e foi condenado à morte. Aparentemente, Draco Malfoy se sentira ofendido quando o animal o arranhara de leve e contara tudo ao pai, que tinha bastante influência dentro do Ministério.

Felizmente, Dumbledore conseguiu marcar uma audiência com a presença de alguns magizoologistas — incluindo Dorcas — e livrou Bicuço da sentença. Remus, por outro lado, escolheu pedir demissão antes que mais pessoas descobrissem acerca da sua "condição" e que isso gerasse um problema maior do que o necessário.

Assim, o terceiro ano chegou ao fim. Embarcamos no Expresso de Hogwarts às onze da manhã e desembarcamos às sete e meia da noite, sentindo um cansaço gratificante. Harry e eu nos despedimos de Ron e Hermione e prometemos que escreveríamos para eles. Trocamos abraços e tapinhas de despedidas e, quando o moreno me puxou pela mão para que pudéssemos entrar no carro de Dorcas (ela sempre nos buscava quando chegávamos de Hogwarts na Plataforma 9¾, apesar de que Harry era obrigado a passar grande parte das férias dormindo sob o teto dos tios), pude jurar que vi Hermione piscar para mim enquanto Ron revirava os olhos.

Sorri com a cena e me deixei ser conduzida, fechando a porta do carro com cuidado e me acomodando no banco traseiro ao lado de Harry enquanto escutava Dorcas tagarelar sobre como estava com saudades de nós.

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notas da autora:

oioi gente, tudo bem?

o que acharam desse primeiro capítulo? é apenas uma introdução sobre como os três primeiros anos foram, porque a história vai começar no quarto.

eu estou muito animada para contar essa história e prometo que vocês vão surtar de um jeito bom (mas preparem uma água ou um chá de camomila, vocês vão precisar).

sempre que vcs acharem um erro, POR FAVOR me falem. eu sou muito perfeccionista e tenho a necessidade de deixar tudo bonitinho.

votem e comentem bastante, ok? não custa nada e é muito importante pra mim.

se puderem divulgar a fanfic de alguma forma, eu também agradeço. é difícil crescer aqui no wattpad, principalmente quando se está começando uma nova história.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterМесто, где живут истории. Откройте их для себя