Capítulo XV - Recomeços

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- Vai que é no começo de um sonho, carinho. - Virou e pegou a escova de dentes, colocando um pingo de pasta e estendendo a escova para a garota na sua frente. - Ou sei lá, pode ser simplesmente uma vida chata e sem sentido nenhum que ninguém iria gostar de acompanhar caso estivesse em um reality show.

- Por qual razão você está tentando desenterrar Big Brother, De Férias com o Ex, A Fazenda ou sei lá? - Questionou com uma expressão nada feliz ao aceitar a escova e enfiá-la na boca para começar a escovação.

- O que? - Ergueu as mãos em defesa. - Eu realmente gosto de ficar alienada enquanto a minha melhor amiga estava na puta que pariu enfurnada em roupas e só respondia a Gizelly e a Manu!

- Hiaha... Uh eh hem hahim. - A boca estava com muita espuma e Bianca não entendeu absolutamente nada, a mais velha cuspiu novamente e virou para ela estendendo a escova de dentes para a melhor amiga de forma ameaçadora. - Bianca... Não é bem assim. Sabe que eu estava assustada já que a gente transou naquela noite!

- Claro, coloca de novo a culpa no fato que eu fiquei assustada com o número de orgasmos que eu tive na boca da minha melhor amiga que tá fácil! - A expressão de choque tomou o lugar para a de riso na expressão das duas, a verdade era tão fácil entre elas novamente. - Oh! Então, fazer o que não é? Eu realmente fugi quando acordei e fui direto para a cerimônia, mas...

- Quem casou fui eu. Já sei, já sei, Rafaella má. - Revirou os olhos e levantou para enxaguar a boca, parando bem na frente de Bianca e fazendo isso sobre a garota. - Bem, na minha carteira já consta uma palavrinha que vai pesar pra toda a minha vida, sabe? A palavra é "divorciada".

- Espero que por muito pouco tempo. - Bianca retrucou com toda tranquilidade, brindando-a com um sorriso só para ficar na ponta dos pés para recostar os lábios nos de Rafaella. - Gostinho de menta.

- Seu favorito... Ah não... Errei. É o de cereja. - As duas puxaram o corpo uma da outra para um segundo beijo e riram nos lábios de sua companhia. Desde que haviam conversado, falado com todas as garotas e realmente colocado algumas cartas na mesa, aquele era o clima... Felicidade e tranquilidade.

Claro que, enquanto elas estavam com os sentimentos à flor da pele, o mundo continuava sendo regido por todos os citados e aqueles que controlavam as cordinhas mantinham-se com todo o controle.

O Tempo é uma pessoa engraçada, mesmo que aquele velho rabugento não pareça assim no momento que você bate o olho pela primeira vez, mas na verdade ele é igual um avô rabugento. Aquele homem que sempre vai te olhar feio, ainda assim é o primeiro a te ajudar em algo novo, o primeiro a te oferecer um dinheiro para comprar bala, para te contar uma história de algo antigo em sua vida, o primeiro a oferecer um colo e abraço... As vezes ele pode ser o maior amor que vai sentir em sua existência.

Já, em contrapartida, o Destino é uma criança mimada daquelas que no primeiro momento onde cai no chão aos gritos faz você pensar que poderia enganá-la por seus caprichos... Ao mesmo tempo é a criança que te trás sorrisos por suas gracinhas, que te faz feliz simplesmente por sua existência, que acaba fazendo você sentir coisas que nunca imaginou que poderia... E também vai ser o maior amor que vai sentir em sua existência.

A junção deles trás uma gama nova de sentimentos já tão explorados durante o percurso... E quando cada um deles larga a sua mão e decidem que já consegue dar seus passos? Isso realmente acontece? Em algum momento nós assumimos nossas vidas sem a interferência de algo maior do que nós mesmos? As perguntas podem realmente ser complicadas em sua mente.

- Alexa? Qual o sentido da vida? - Rafaella questiona de forma bem aleatória, assim que ambas estão passando pela sala do apartamento onde Bianca vive, em direção da cozinha para que possam tomar um desjejum.

Teoria dos Três Amores | RabiaWhere stories live. Discover now