Capítulo 4

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Vingança.

Esse é o único motivo pelo qual este homem está diante de mim, ele quer se vingar de mim por todas as vezes que tentei prendê-lo, quer se vingar por todas as operações especiais que comandei contra ele. Tenho certeza que ele irá me matar, o que mais ele poderia querer de mim? Sou uma pedra em seu caminho, estou o perseguindo a dois anos e agora ele vai acertar as contas, irá me fazer sumir para sempre.

-É um prazer finalmente conhecê-la pessoalmente Senhorita Gabrielly!- Sua voz é rouca com uma pitada de irônia. 

Decidida a não ser consumida por todo o meu medo e raiva, me forço a parar de tremer, passo as mãos pelo rosto secando disfarçadamente minhas lágrimas e o encaro friamente tentando me manter tão forte e imponente quanto ele aparenta ser. Não me entregarei como uma presa fraca e ferida.

-Digo o mesmo Senhor Beauchamp!- Falo tentando ao máximo manter a voz firme.

O cretino a minha frente solta uma risada falsa e então da mais alguns passos em minha direção enquanto seus olhos azuis me analisam milimetricamente da cabeça aos pés. Observando sua postura e sua expressão tranquila ele parece bem confortável com a situação, percebo pelo seu olhar que ele não me vê como uma ameaça apenas como algo interessante e divertido de ser observado. 

Esperei muito pelo momento em que estaria cara a cara com ele e finalmente pudesse colocar uma algema em seus pulsos e conduzi-lo até a prisão onde passaria o restante de sua vida, mas o momento não está saindo como eu planejei, como posso ver a satisfação em seu olhar esse momento está saindo exatamente como ele planejou, e por mais que eu o odeio, por mais que eu sinta raiva,não posso reagir pois ele me têm em suas mãos, enquanto ele possuir minha filha ele me terá por completo.

-Imaginei que fosse reagir diferente ao me ver pela primeira vez.- Confessa com o semblante levemente decepcionado.- Parece calma demais para alguém que acabou de ser sequestrada pelo criminoso que persegue a dois anos.- Ele zomba e então olhando diretamente em meus olhos enquanto se afasta deixando-me completamente envolvida pela fragrância de seu perfume, ele caminha até a mesa no centro do escritório e se encosta nela e me observa de braços cruzados.

-Eu sonhei com o momento em me encontraria com você, lhe daria uma boa surra e depois te algemaria e levaria direto para a prisão onde passaria o restante de sua vida medíocre mas no momento tenho coisa mais importantes para me preocupar.- Ele parece ficar bem mais interessado quando o respondo de modo mais rude.- EU QUERO MINHA FILHA!- Exclamo em voz alta e em passos rápidos me coloco em sua frente, ele parece não se incomodar com meu tom de voz alto, permanece de braços cruzados enquanto me analisa minuciosamente.

-Você a terá de volta no momento certo.- Ele responde com um sorriso cínico no rosto.

-Resposta errada Beauchamp!- Meus olhos caem sobre um abridor de cartas que está sobre a mesa e em um ato impulsivo o pego e levo até o pescoço de Beauchamp o pressionando contra sua pele.

(Abridor de cartas)

(Abridor de cartas)

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