𝐑𝐨𝐲𝐚𝐥𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐑𝐞𝐛𝐞𝐥𝐬

Capítulo 148

Eu: E quanto ao que aquele filhote de peixe desgraçado ficou falando na reunião, não liga pra aquilo, ninguém contribuiu em nada para oque aconteceu
Josh: Mas a gente brigou porque eu...
Eu: "Porque você" nada, você não teve culpa, eu já disse isso na época e digo de novo agora, você não teve culpa
Josh: Desculpa
Eu: Não estou brigando com você, não precisa pedir desculpas - digo e ele assente de leve em concordância, bocejando em seguida

Uso meus poderes para apagar as luzes do quarto, e para fechar as cortinas, afim de dormir.

Josh: Bom noite amor
Eu: Boa noite baby

Me ajeito melhor nele, e logo fecho meus olhos deixando o cansaço do dia me carregar para um sono profundo.

Abro meus olhos e me deparo com uma floresta escura, meu cenho se franze imediatamente enquanto a confusão me invade. Não consigo ver quase nada, a única iluminação que eu tenho é a luz da lua.

Me recordo então dá última vez em que dormi e fui parar em um lugar distinto. Estou sonhando. Mas que porra que estou sonhando dessa vez em?

Belisco a mim mesma afim de acordar, mas não resolve nada. Estou presa aqui até que o motivo dessa sonho seja revelado. E falho na minha tentativa de soltar algum palavrão, percebendo que não posso falar. Que merda.

Giro os calcanhares olhando em volta, e só então me vejo em um penhasco. Uma espécie de saída da floresta, e na beira do penhasco, há uma pessoa.

Consigo ver somente a silhueta da pessoa, aparentemente uma mulher, já que está muito escuro. Tento me aproximar, impulsivamente, mas sou impedida também.

Xxx: Sinto sua falta - a voz da pessoa sai baixa e eu arregalo os olhos

Eu conheço essa voz, essa maldita voz. A voz da pessoa que me fez passar por alguns dos piores momentos da minha voz. Eu reconheceria em qualquer lugar. Miranda Cook está bem na minha frente.

Antes que eu pudesse tentar fazer mais qualquer coisa, uma luz surge em meio as árvores. Uma lanterna passa a iluminar e passos são ouvidos apressados, se aproximando.

E assim que a luz recai na silhueta da pessoa, minha teorias são confirmadas, e eu vejo Miranda aparecer através da luz. Mas ela está... Diferente.

Os cabelos trançados junto a raiz, em uma trança solta mas bem armada, deixam uma enorme tatuagem evidente em seu rosto. Na corrida, essa parte de seu rosto estava queimada, mas agora, é uma tatuagem enorme. A tatuagem desce pelo seu pescoço, e aparentemente vai até deus dedos do braço esquerdo.

Ela usa uma armadura de couro e carrega uma espada embainhada ao lado do corpo.

Mais uma onda de surpresa me invade quando eu reconheço o portador da lanterna. É o garoto que tentou me matar. Puta que pariu, é o garoto que tentou me matar. E ele continua do mesmo jeito, só que agora com um sorriso de felicidade no rosto.

Que porra é essa?

Yyy: Mandy! Passei meia hora te procurando pra você estar aqui?! Que porra em!
Miranda: Já falei pra não me chamar assim, Pirralho
Yyy: Por que você me chama assim? Eu sou tão legal cara e só sou 6 anos mais novo que você!
Miranda: Aonde que você é legal? Eu só te vejo sendo chato
Yyy: Sua sinceridade é comovente
Miranda: Anda logo Pirralho, desembucha, tá atrás de mim por que?
Yyy: Estão chamando a gente de volta! Vamos voltar pro Furo!

Meu queixo caí quando eu vejo um sorriso sincero brotar no rosto de Miranda, enquanto ela de levanta prontamente, de um jeito animado.

Miranda: Quando?
Yyy: Agora
Miranda: E porque só me chamou agora? Porra Ascian, não serve pra nada você também - ela diz em um tom quase que de brincadeira

Certo, então Ascian é o nome do meu quase-assassino.

Ascian: Diz a capitã que até agora só posou pra rainha, quem mais trabalhou aqui fui eu
Miranda: Claro, porque mentir da muito trabalho
Ascian: Vamos logo, sua chata
Miranda: Você que está com a lanterna Pirralho, vai na frente

Miranda e Ascian passam por mim rápido, adentrando na floresta e correndo por dentre as árvores.

Acordo me levantando de uma vez, a respiração ofegante e estando um pouco suada. Olho em volta, me vendo de volta no meu quarto e levo um susto ao sentir uma mão no meu ombro.

Josh: Ei, tá tudo bem? O que aconteceu, amor?

Suspiro de alívio reconhecendo Josh e só então me recordo que ele havia dormido abraçado comigo, então eu praticamente atirei ele pra longe me levantando de uma vez.

Abraço seu pescoço ainda tentando regular minha respiração, e ele retribui o abraço provavelmente sem entender.

Josh: O que aconteceu, meu amor? Você acordou assustada do nada
Eu: Miranda está viva, eu a vi