|𝚝𝚠𝚘|

En başından başla
                                    

Cumprimentei brevemente Charlie Swan, que parecia desconfortável com todas aquelas bugigangas da polícia. Ele era um bom homem, eu gostava de conversar com ele às vezes, era uma figura paternal que eu apreciava.

Bennedict acenou para o mesmo enquanto vinha até mim, todos adoravam Charlie Swan, ele mantinha a cidade estávelmente pacata.

Comemos em meio aos comentários ácidos de Benny sobre as adoráveis personalidades do segundo ano de Forks High School, aquela série trazia consigo as pessoas mais exóticas e absurdamente fofoqueiras, era engraçado vê-los tão desesperados por um status inexistente numa escola tão pequena.

Conforme meu amigo ia me informando nomes e características de suas personalidades, me peguei imaginando-os como personagens de meu livro, trocando seus nomes para que não houvessem problemas depois.

Depois do almoço, entramos no carro nos perguntando quanto tempo levaria até Jéssica Stanley convidar Mike Newton para o baile no final do ano.

— Três meses. — Decretei — E quem convidará será ele.

— Dê algum crédito para a garota, Sephy. — Eu e Bennedict nos encaramos por um momento, gargalhando em seguida.

Parecia tão simples, éramos apenas dois adolescentes passeando juntos, melhores amigos que se divertiam às custas dos mais novos. Tudo seria tão melhor daquela forma.

Port Angeles não era tão longe, e nosso caminho foi composto por ideias de personagens.

— Você deveria fazer alguém inspirado nos esquisitos do 2° ano. — O olhei, sem entender — Os Cullen, Sephy.

Dei uma risada alta.

— Eu não seria louca de observá-los para criar personagens, Rosalie Hale me esfolaria antes que eu pensasse em dizer Cullen. — Bennedict riu.

— Não sei como vocês conversam, ela é assustadora. — Dei de ombros.

— Não acho. — Ele revirou os olhos.

— Claro que não, ela te dá bom-dia.

Continuamos o restante do caminho em silêncio e, ao chegarmos na academia, logo pegamos nossas mochilas, que tinham a roupa de treino dentro. A academia tinha uma fachada vermelha e preta, a parte interna em preto e branco, e era bem iluminada.

Nos trocamos rapidamente, antes de irmos para uma sala com outros boxeadores. As luvas de Benny eram vermelhas; as minhas, pretas.

— Pronta? — Questionou ele, se posicionando.

— Para ganhar de você? Sempre. — Brinquei.

Por não ter tantos músculos, eu era muito melhor em desviar dos ataques de Benny, do que no ataque em si. O braço de meu melhor amigo era do tamanho de minhas coxas, afinal, levar um soco dele poderia causar sérios problemas ao cérebro.

Não demorou muito até que um lutador — que também estava treinando para ser profissional — chamasse Bennedict para treinar consigo, e eu voltei para o vestiário, atrás de mais Oxi.

Eu não estava com dores no corpo, mas eu ficaria, em breve, então era melhor previnir, certo?  Era essa a desculpa que meu cérebro dava, todas as vezes.

Não que eu fosse tão ignorante a ponto de realmente acreditar nisso, mas parecia reconfortante ter uma desculpa a fornecer para minha própria mente.

Já estava escuro quando voltamos para Forks, e, quando meu amigo me deixou em casa, não hesitei em tomar mais alguns comprimidos. Eu precisava do máximo de remédios possíveis para enfrentar as noites de segunda-feira.

Persephone - 𝒆𝒎. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏 Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin