Capítulo 2

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- América, desça I-M-E-D-I-A-T-A-M-E-N-T-E. – ela gritava, ate entrar no quarto- Oh céus América você ainda está dormindo, vamos levante estamos atrasados.

Levantei em um pulo, quando olhei para meu celular já eram 8:00 duas horas a mais da qual eu deveria acordar, pelo que minha mãe havia me falado todos os alunos deveriam estar lá ás 9:00. Meu cabelo estava péssimo , estava todo amassado e úmido escovei ele o mais rápido que consegui, vesti a saia e a camisa da escola e corri para pegar o terno , vesti tudo e desci.

- To pronta , podemos ir- disse pegando minhas malas.

- América você não vai comer?- meu pai pergunta levantando da mesa, e ajeitando a gravata.

- Não, como alguma coisa quando chegar lá, sempre tem comida nessas palestras de apresentação né? – disse entregando uma das malas para meu pai.

- Com certeza deve ter, mais você me avisa assim que chegar lá que se alimentou corretamente América. Shalom vamos antes que nos atrasemos mais - minha mãe disse, enquanto rejeitava uma ligação no celular.

- Pera , mamãe vai junto?- perguntei olhando para meu pai. Já estava com a maior pressão, minha mãe ainda ia junto.

- Vou América, algum problema?- ela perguntou. Ficou um silêncio constrangedor na sala.

- Clar... Claro que não mãe – eu disse gaguejando.

- Pois bem vamos então.- ela disse indo a caminho da garagem.

- Não deixa ela fazer o papel de mãe preocupada por favor – eu disse cochichando para meu pai.

- Eu não deixaria sua mãe fazer uma coisa dessas- ele disse piscando.

A escola ficava um pouco afastada da cidade, era praticamente um internato eu só voltaria para casa nos finais de semana, o que era estranho eu nunca fiquei longe de casa, era como se eu perdesse acontecimentos na vida dos meus pais, eu era filha única então sempre fui muito grudada com os meus pais. Mais com meu pai , ele se parecia mais comigo ele assim como eu não queria fazer parte da elite , ele foi empurrado para ela.

Não dissemos nada durante todo o percurso , meu pai não me disse mais nada sobre aquele papo de ' se você não se adaptar em um mês a gente conversa', o que me deixava ainda mais ansiosa, sinceramente meu plano era sair de lá antes mesmo desse um mês.

Quando estávamos quase chegando minha mãe começou a mexer na bolsa, ela tirou o que parecia ser um broche dourado com o símbolo de Foxcroft.

- Eu usei isso durante todos os meus anos em Foxcroft, ganhei da sua avó quando entrei na escola, bom agora passo para você, traz sorte- ela disse, estendendo o braço para entregar o broche. Era lindo tinha a inicial S de Singer no cantinho do broche.

- Obrigada mãe é lindo.- eu disse tomando o broche em minhas mãos.

- América minha filha , não quero que você me veja como um monstro por querer que você estude em Foxcroft , eu só quero o seu bem certo?

- Certo – eu disse sorrindo , não via ela como um monstro só como alguém que não conseguia me compreender.

- Bom , chega desse melodrama . Bem vinda a Academia de Foxcroft América – meu pai disse.

Bom a escola era enorme, era uma construção antiga mais era magnífica, vinha aqui quando era pequena nas reuniões do conselho em que meu avô participava, mais havia me esquecido do quanto esse lugar era lindo. O campo era de um verde inexplicável , e a construção era muito bonita.

- Bom América chegamos- meu pai disse desligando o carro – Agora é com você nem eu nem sua mãe vamos entrar com você, como você mesma pediu. Meu amor estude , mais apesar de tudo se divirta.

- Amo vocês- foi a única coisa que eu disse , antes de descer do carro.

Peguei minhas malas e entrei pela secretaria, estava atrasada demais pra participar das palestras de início, e achei maravilhoso não ter que ficar escutando os professores e ex-alunos falarem sobre a magnífica Academia Foxcroft . Resolvi então já pegar a chave do quarto e me trancar lá ate as aulas começarem.

- Oi, e aqui que pego a chave do quarto?- perguntei para uma mulher , com cabelos escuros de pele clara, os óculos dela me chamavam atenção eram minúsculos.

- Ah sim, mais você já deveria ter pego . Deixe – me adivinhar atrasada no primeiro dia ? Deplorável, bom qual seu nome? – A mulher perguntou, fiquei de cara com tamanha arrogância.

- América Singer- disse com a voz baixa, já sabia o que viria a seguir.

- Oh senhorita Singer, seu avô nos avisou que a senhorita viria mais achei que ele viria lhe acompanhar, mil desculpas deveria ter mandado alguém ligar para o senhor Benedit.

- Ah realmente não é necessário meu avô não gostaria de ser incomodado com isso, por favor só me dê as chaves- eu disse estendendo os braços, meu avô não havia contado a ninguém sobre seu estado de saúde o que era terrível porque eu teria de mentir o tempo todo.

- Não eu faço questão ,melhor vou pedir especialmente para o monitor lhe acompanhar- a mulher disse pegando o telefone para ligar para o monitor.

- Olha realmente não é necessá...- fui interrompida, por um menino alto que parou bem ao meu lado e me deu uma piscadela, era Aspen, com seus cabelos castanhos e seus olhos de um verde penetrante.

- Olha Susan libera a garota, o senhor Benedit não iria gostar de saber que você está barrando a neta dele de ir para o quarto.- Aspen disse, colocando os cotovelos na bancada da tal Susan.

Different Kind Of LoveWhere stories live. Discover now