Enola e Tewkesbury seguiram suas vidas, mas nunca perderam o vínculo afetivo. Continuaram a se encontrar sempre que possível, até o ponto que o romance tornou-se oficial, mesmo que apenas para eles e seus familiares mais próximos.
Recentemente por...
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ANTES QUE VOCÊ VÁ
Londres — Inglaterra, 1887.
— Acho que esse é o meu som favorito no mundo. — Comentou Enola apreciando profundamente com as pálpebras fechadas, o som causado pelo vento entre os galhos das árvores, em contraste com o ameno e doce soar melódico dos pássaros. Para Tewkesbury, a garota exalava graciosidade assim, acompanhou-a com um sorriso. Com certeza seria uma de suas melhores memórias com a amada, pensava.
Optaram por saírem do habitual, desejavam um momento só para eles, sem os familiares aos seus ouvidos ou deixando-os constrangidos.
Um piquenique a sós pareceu ser a melhor opção.
Eles com a tranquilidade da natureza, apreciando uma adorável tarde amena, sentados sobre uma toalha no gramado e somente o carinho de ambos para aquecerem seus corações.
A propriedade privada da família Basilwether era realmente encantadora para aquela tarde especial que decorrera do melhor jeito que pudera.
— Pensei que minha voz fosse seu som favorito no mundo. — Tewkesbury contestou em uma aparente chateação, achava divertido provocá-la. Enola sempre demonstrou ser temperamental, gênio que aos poucos ela foi aprendendo controlar.
Desviando a atenção daquilo que tanto a atraia, abriu os olhos ainda mais claros pelo dia ensolarado e buscou o olhar do moreno, e ela o conhecendo bem viu a face do rapaz moldada em diversão, mas que em segundos transformou-se pela jovem o admirar nostálgica.
— Bom... — Com cautela, Enola abdicou o confortável abraço dele, podendo observar de frente a feição que lhe arrancava suspiros, olhares e sorrisos apaixonados. Suas emoções o contagiavam da mesma forma. — Com certeza será, durante os próximos meses.
Os olhares entristeceram em instantes, Enola tentou um sorriso mínimo como conforto para eles, porém sabia o quão era difícil controlar o sentimento tristonho que apossava seu coração e o de Tewkesbury, tanto que o garoto a puxou novamente, levantaram-se juntando seus corpos, parecia aliviar o desconforto que os abordou.
Ele respira fundo, deitando a garota sobre seu peito, envolta de seu abraço.
— Nunca pensei te perder por segundos, quem dirá tanto tempo assim. — Dizia apreensivo, firmando ainda mais o contato que mantinham, o coração palpitava com suposições que sua mente voltava a pensar. Enola sempre atenta depositou sua mão direita no rosto admirável. Ela o olha convicta de suas seguintes palavras.
— Jamais me perderá. Voltarei para seus braços quando menos espera. — Os olhos dele brilharam ocasionando um sorriso genuíno, pois recordou da constante evolução de Enola em demonstrar seus sentimentos. Afastou alguns fios castanhos que cobriam a face corada pela doce e sincera promessa, segurando com brandura o rosto meigo da moça.
