— Hum… Acho que hoje meu namorado nem me olhou direito… —  falo, tentando parecer zangada.

Ele joga sua cabeça para trás dando um sorriso mais lindo que todos os outros que já dera. Seus cabelos voando com o vento batendo no nosso rosto mostra como isso que estamos vivendo parece ser um sonho muito bom, um sonho que não quero acordar nunca.

—  Nossa, que rapaz mal educado...

Sua língua entra em contato com a minha me levando ao delírio, como todas as outras vezes.

Epaaa, temos crianças aqui gente. —  escuto a voz do irmão dele dizer, se aproximando de nós dois.

Me afasto com vergonha, me virando na direção dele.

—  Você sempre sendo inconveniente né Davis? —  Axel diz, o empurrando, obviamente uma brincadeira entre eles.

Vejo o senhor Coleman nos observando da porta de casa, parecendo realmente feliz por nós, e acho que pelo Axel também, que finalmente está feliz e comigo. Ele acena, nos chamando para entrar e nós vamos rapidamente.

O resto da tarde se passa deliciosamente bem, com sorrisos, brincadeiras e joguinhos entre todos e eu nunca pensei que agora, posso dizer que gosto dos domingos.

(...)

Assim que termino de passar o batom rosa clarinho em meus lábios, me olho pelo espelho e amo a imagem que vejo. Estou com um vestido preto, de alças finas, que vão até o fim dos meus joelhos, mas que detalha bem meu corpo, e com certeza, essa mulher de agora não estaria assim, se não fosse pela confiança que meu namorado veio me passando nos últimos dias.

Saio do banheiro colocando o salto e passando meu perfume quando escuto meu celular avisar que tenho uma nova mensagem. Assim que olho, vejo que é Axel avisando que já chegou.

Pego minha bolsa e desligo as luzes do apartamento, e antes de sair, uma sensação estranha me atinge. Mas ignoro, como venho fazendo com tudo que vem acontecendo, porque eu tenho medo.

Assim que chego perto do carro, vejo ele encostado, com a mão no bolso da sua calça jeans incrivelmente apertada, que tem a sorte de tocar nas suas coxas. Sua camisa social azul escura, deixa amostra uma parte de seus braços tatuados. Sem perceber passo a língua pelo meus lábios um pouco embebedada pela imagem na minha frente, porque eu nunca vou estar preparada para essa visão que tenho dele. Axel é o homem mais lindo e sexy que já vi na vida.

— Será que seria cansativo demais eu dizer mais uma vez hoje que você está gostosa amor? — pergunta, se aproximando e me puxando até ele.

Uma risada nasalar escapa do fundo da minha garganta.

—  Acho que não, até porque, eu também ia dizer isso para você… Provavelmente terei vontade de arrancar os olhos de todas as mulheres que ousarem te olhar hoje hein…

— Nossa, como a minha namorada é agressiva… — sussurra, mordendo meus lábios e invertendo nossas posições me deixando presa entre ele e o carro. —  Me dá um único motivo para não subir com você lá para cima e arrancar esse vestido do seu corpo agora…

Sua voz está carregada de desejo, e desde que transamos pela primeira vez, ele nunca tinha falado dessa forma, tão explicitamente não. E foda-se, mas eu gostei, e muito.  

— Eu estar morrendo de fome seria um bom motivo?

Minhas unhas raspam em sua nuca, o fazendo se arrepiar, e eu gosto disso, saber que tenho o mesmo controle sobre ele, que ele tem sobre mim, porque sim, Axel tem o total controle sobre essa nova Phoebe.

IM(PERCEPTÍVEL) | ✓Where stories live. Discover now