Party

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Guarujá, São Paulo.
| 10:28 AM.

Acordo com o barulho da porta fechando e passo a mão ao lado da cama sentindo a mesma vazia, o quarto estava completamente escuro oque me fez agradecer a Deus pela claridade não ter me acordado

Me levanto da cama indo direto até a bolsa e pegando uma troca de roupa e tudo que eu precisaria para minha higiene básica matinal. Em poucos minutos eu estava devidamente "apresentável", só calcei o chinelo do Barbosa que estava num canto do quarto e desci para a sala

— bom dia, tia. Bom dia tio -digo assim que encontro com eles na cozinha

— bom dia, filha -os dois respondem em unissono

— ih, achei que vocês tinham parado com essa história de chamar a bia de filha -Gabriel brota do além falando e dona Lindalva faz uma careta para ele

— nossa filha mais velha -tio Valdemir vem até mim me dando um beijo na testa e eu dou um sorriso convencido

— ela é a nora de vocês, não filha -retruca e eu reviro os olhos

— nossa bia, que linda suas mãos. Nenhuma aliança, né? -Lindalva fala com deboche e eu gargalho

— não e nem vai ter -respondo indo até a bancada me servir uma xícara de café

— já falei pra vocês, ela não gosta de mim não -Gabriel fala com drama e eu só o encaro

— vocês dois se amam, larguem de cena -Valdemir falou rindo e saiu para a área externa deixando a porta aberta

— não vai comer nada, bia? -Tia Lindalva pergunta e eu nego

— sem fome, tia

— precisa comer, mocinha

— concordo -Gabriel se ajunta a Lindalva

— é sério, eu tô de boa. Vou ir no Falls fazer o checkout e pegar o resto das minhas coisas -digo e vejo Lindalva abrir um sorriso satisfeito

— vou contigo -Gabriel fala e eu assinto

— bora -dou ombros

— não demorem, já basta a Dhiovanna enrolada.

— tranquilo, mãe

[...]

13:37 PM

— fazia um tempão que eu não vinha para Santos -falei subindo as escadas

— lembranças boas daqui? -Gabriel me encara com um sorriso malicioso e eu reviro os olhos

— você para, Barbosa

— vai negar?

— que as lembranças são boas? -pergunto e ele assente- não, elas realmente são.

— qual a melhor lembrança que você tem daquele lugar? -apontou para a sala de estar que havia no andar de cima e eu revirei os olhos

— me ajuda logo a levar a mala para o quarto -digo desviando do assunto e ele ri

— achei que falaríamos de lembranças

— não, não vamos falar de lembranças. Dhio ainda não surtou com esse tempo? -pergunto encarando a janela, o céu totalmente fechado era desesperador já que as coisas ficavam bem ruins quando chovia em Santos

— não vejo ela desde o almoço, acho que foi no Nicolas

— Nicolas?

— o lance dela -respondeu óbvio

Real Love- 𝑁𝑒𝑦𝑚𝑎𝑟 𝐽𝑟; 𝐺𝑎𝑏𝑖𝑔𝑜𝑙Where stories live. Discover now