𓏲ꪆ café e lençóis

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disclaimer: todos os personagens presentes são maiores de idade na história; uma obra de ficção, logo, não condiz com a realidade.

boa leitura!!

Era cedo quando Haruto sentiu Junkyu tentando levantar de fininho da cama para que pudesse se arrumar para a faculdade

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Era cedo quando Haruto sentiu Junkyu tentando levantar de fininho da cama para que pudesse se arrumar para a faculdade. Com o sol ainda nascendo, a pouca iluminação trouxe conforto aos olhos sonolentos do Watanabe, que passou a sorrir quando recebeu a cara frustrada do namorado.

– Eu nunca consigo sair sem você ver! – ele quase bateu o pé, mas, com os braços cruzados, resolveu voltar à cama.

– Quando você sai, fica frio.

Junkyu arrastou-se o suficiente para que estivesse totalmente sobre o menino ainda despertando. Era de costume ficarem naquela posição: Junkyu entre as pernas de Haruto, dentro do seu abraço, seja um encarando o outro, ou não. Apesar de não assumirem, eram, sim, muito grudentos.

– A aula hoje começa bem cedo, então preciso ir. – fez biquinho, arrancando mais uma risada do namorado, que o apertou fraquinho num abraço.

– Aula com o Ji?

Já em pé, apenas com roupas de baixo e uma larga camisa rosa antiga de alguma banda que sua mãe gostava na adolescência, o Kim passou a guardar os livros que precisava devolver, assim como seu notebook, em sua mochila, desde que acabou dormindo neles à noite por cansaço. Virando-se com a maior e mais genuína cara de indignação que conseguiu fazer para o namorado, ele voltou a falar.

– Exatamente. Aula com essa alma amaldiçoada. A primeira aula do dia. Com ele. – suas frases foram pausadas, expressando sua falta de afeição ao homem.

– Veja pelo lado bom, meu bem, o Jihoon conseguiu mudar 'pro seu turno, não foi? – Haruto disse mais baixo, já que havia, enfim, saído das cobertas e ido abraçar o Kim por trás, assim como sempre fazia.

– Sim, tem razão. Inclusive, preciso perguntar se ele já saiu de casa. – procurou o celular em meio à bagunça de sua escrivaninha, parando repentinamente e empurrando Haruto para que pudesse olhá-lo corretamente. – V-você... me chamou de...?

– Meu bem?

O menino tapou o rosto com as duas mãos, sorrindo feito bobo. Logo pôde sentir as mãos de Haruto nas suas, tirando-as do caminho e selando seus lábios.

– Mal deu seis da manhã e já está me dando borboletas!

– Você que aceitou morar comigo. – o mais alto sorriu largo antes de caminhar para fora do quarto, deixando um Junkyu com bochechas quentes e se sentindo um adolescente mais uma vez.

Enquanto o Kim tomava banho, o Watanabe fazia café para os dois. Não eram comuns as manhãs em que esse encontro acontecia, com as grades de horários sendo diferentes, suas rotinas se tornavam diferentes da mesma forma e, muitas vezes, só estavam disponíveis à noite – isso quando Junkyu não decidia estudar um pouco mais e, como todas as vezes, acabar dormindo com os livros.

No ensino médio, quando se conheceram, todos diziam serem um casal improvável, contudo, já no fim da faculdade, os dois seguiam juntos, e sob o mesmo teto. Haruto foi aluno transferido na época, centro das atenções naquela escola pequena e, logo, bem popular entre os alunos. Já Junkyu, estudante assíduo, com o único objetivo de entrar na faculdade dos sonhos e tirar as despesas que uma universidade particular lhe trariam, passava quase invisível pelos corredores.

Talvez por coincidência, destino ou até mesmo um clichê da vida, Haruto precisou de aulas a mais e quem lhe ensinou foi o próprio Junkyu. Daí em diante nunca mais se separaram.

– Psps, que gatinho é esse aqui? – o japonês arrumou os óculos ao que levava a xícara à boca, sorrindo quando o namorado revirou os olhos envergonhado e sentou-se para comer.

– Que horas suas aulas acabam hoje?

– Hm, acho que 14h. Depois tenho trabalho até às 19h. – dessa vez, sorriu sem graça.

– Tudo bem, então hoje fico na casa do Jihoon um pouco à tarde. – pegou o celular na mesa para mandar mensagem ao amigo novamente, mas ao ver o horário, seus olhos arregalaram. – Vou me atrasar!

– Pega o carro. – o homem foi até a sala em busca da chave, sendo seguido por Junkyu, que tinha um pãozinho em mãos.

– Mas e você?

– Vou de ônibus. Agora anda, vai logo, é dia de Changmin! – foi empurrando o moreno pela bunda até a porta, ouvindo as risadinhas que ele soltava.

E com um selinho corrido, Junkyu bateu a porta.

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– Cheguei! – Haruto gritou após trancar a porta atrás de si, logo abaixando-se para desamarrar os tênis.

Confuso pelo silêncio, caminhou pela casa olhando para os lados em busca do namorado.

– Junkyu?

– Tô aqui. – uma bolinha de lençóis sussurrou; somente a mão que acenava sendo vista quando a luz foi ligada, deixando Haruto preocupado.

– O que aconteceu?

– Eu meio que fiquei gripado? – o menino espiou por fora das cobertas um pouquinho, apenas para encontrar com o olhar temeroso do namorado. – Ei, tá tudo bem, é só um resfriado.

– Você ficou a tarde toda no ar-condicionado, não foi? – semicerrou os olhos.

Como um gatinho, Junkyu tentou desviar o olhar e desconversar, mas balançou a cabeça, mansinho, confirmando a suposição alheia.

– Você é que nem criança, junkyu-ah! – fez um carinho nos fios negros do gripadinho, verificando se estava com febre – Fica aí quietinho que eu vou comprar remédio.

– Não! – o Kim se sentou na mesma hora, alarmado – Não quero ficar sozinho. Jihoon já comprou, também.

– Oh. – coçando a nuca, Haruto sorriu. Sempre quando estava com o namorado se comportava assim, bobinho e sorridente, porque Junkyu era fofo demais para que não o fizesse. – Então me deixa só tomar banho. Já venho ficar com você.

Antes que o Watanabe pudesse entrar no banheiro, com sua toalha apoiada em um dos ombros, Junkyu soltou um beijinho no ar para que ele pegasse, voltando a esconder-se nos lençóis mais uma vez. Era outro bobinho, mas um bobinho envergonhado.

– Ruto, a gente pode assistir Horimiya?

– De novo? – ele respondeu de dentro do box, alto o suficiente para que o outro ouvisse.

– Eu tô doente!

– Vamos ver Horimiya. – o mais baixo sorriu com a resposta – De novo.

E ao sair do banho, Haruto encontrou seu menino embolado em edredons, como sempre, cobrindo o rosto até os olhos enquanto acompanhava a animação sozinho. Logo estavam, os dois, juntos.

– Você deveria dormir, Kyu. – disse alisando os cabelos do Kim, sem ver seu rosto.

Sem respostas, o menino riu soprado. Junkyu já havia adormecido em seu colo.

– Boa noite, meu bem. – Haruto desligou a TV e voltou a abraçar o namorado, não demorando muito para, também, pegar no sono.

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harukyu stans sofredores sem nada pra curar o coração fanfiqueiro mt obg por lerem 🤲 em breve meu perfil vira mundinho harukyu br

e pra quem usa mais o Spirit, minha conta lá tmbm é mwdblood, podem procurar ;)

he's a god 𖥻 harukyuWhere stories live. Discover now