Blowjob - Niragi & Chishiya

○Shit!○

Sempre que eu vejo a foto da mídia fico toda tchubiraudaudau.

"Sim, o que quer Chisya?" Eu vou me arrepender disso.

"Tem alguém na sua casa agora?"

"Nop."

"Posso ir aí?"

"Pra quê?"

"Eu ganhei a aposta."

"Você não pode provar."

"E você não pode me negar." Arisu fica em silêncio e ouço ele suspirar.

"Certo. Vem."

Desligo o celular, limpo minhas lágrimas de culpa e troco de roupa. Coloco um jeans apertado,
uma blusa regata preta consideravelmente maior que eu e meu vans.

Pego um táxi até a casa do Arisu e chegando lá bato na porta três vezes.

Estou aqui cara, abre Sx

Dois minutos depois de mandar a mensagem ele apareceu na porta.

"O que te traz aqui?"

Sem respondê-lo, entrei na casa. Ele fechou a porta e então ataquei seus lábios. Arisu a princípio estranhou e quis recuar, mas logo devolveu o beijo.

Eu segurava os cabelos da sua nuca com força e o beijo ficava cada vez mais feroz. Ele colocou as mãos na minha bunda e apertou com força. Eu dei um impulso e entrelacei minhas pernas na sua cintura. Arisu me levou até seu quarto sem desgrudar do beijo.

Arisu me tacou na cama e paramos para respirar. Ele sorriu malicioso.

"Jamais imaginei que você beijasse bem, mesmo que pegue todos." Eu rio.

"Bom te surpreender." Sorri.

Começou a chupar meu pescoço e eu gemi baixo. Levou suas mãos até a barra da minha blusa e a tirou. Logo sentou no meu colo e tirou sua blusa também.

Levantou, tirou suas calças e as minhas, ficamos apenas de boxers.

Adeus subiu em mim e começou a chupar meu mamilo. Eu agarrei seu cabelo e o puxava enquanto gemia.

E enquanto estou de olhos fechados aproveitando Arisu, Niragi vem à minha cabeça. Seus olhos castanhos que me hipnotizam, sua boca avermelhada que eu adoraria beijar até perder o ar. Seu corpo esculpido pelos deuses, seu maxilar bem feito. Niragi é perfeito e não está aqui. Tento imagina-lo chupando e mordendo meu corpo agora, mas não dá, essa boca não é macia como a do moreno.

"Arisu..." Ele aperta meu pau já ereto quando dá uma mordida na minha coxa.

"Sim?" Olha para mim.

"Levanta." Digo sério.

"O quê?" Ele franze o cenho.

"Saia! Eu vou embora." O empurro pro lado, levanto e começo a colocar minhas roupas.

"Como assim? Pensei que fôssemos transar!" Ele bate o pé.

"Eu sei, eu também. Mas... Não dá, desculpa bro, finge que não aconteceu." Arrumo o cabelo e vou até a porta do quarto, mas Arisu me puxa e me joga de novo na cama.

"É o que você quer! Você tem tudo que quer, então cala boca e deixa eu te foder!" Ele tenta tirar minha blusa e eu bato na sua mão.

"Arisu, não! Ok? NÃO!" Empurro ele pra longe e quase cai.

"Me fale o motivo, Chiya. Agora." Ele parece sério e muito bravo. Arisu é mais forte que eu, não posso abusar da sua paciência.

"Eu estou apaixonado. E eu não consigo fazer isso com você porque fico o imaginando aqui e é errado."

"Foda-se que está apaixonado, e você gosta do errado! Você gosta das coisas fora das regras. O que aconteceu com meu melhor amigo? Você está virando um bosta."

"Não. Eu estou virando gente." Saio do seu quarto e desço as escadas, Arisu  vem atrás.

Me joga na parede e me prende nela.

"Por quem?" Ele diz bravo.

"Não vou fala-"

"Fala logo, merda! Quem?" Akira disse que não seria bom eu contar, mas ou eu abro a boca, ou não vou sair daqui.

Merda!

"Niragi." Sussurro.

"Quem?" Ele diz incrédulo.

"Niragi." Falo olhando nos seus olhos.

"O QUÊ?" Ele grita e se afasta. "Aquele bosta? Chishiya, seu filho da puta! Traidor!"

"Eu prefiro ele a você ultimamente. Você esqueceu como faz para ser um bom amigo e ele... Foi um bom amigo."

"Aposto que ele só te mandava à merda! Aquele louco desgraçado e dedo duro! Você vai se arrepender disso. Vai arrepender-se de escolhê-lo ao invés de me escolher, Chishiya." Ele diz sério.

"Eu não tenho medo de você. Niragi já me odeia o suficiente, não há nada que você possa fazer." Digo autoritário e Arisu sorri.

"Nunca subestime uma cobra, Chishiya. Elas esperam, e depois atacam. E você sabe muito bem que eu sou uma, pois você costumava ser assim." Ele diz com um sorriso diabólico no rosto.

"Vá se foder." Saio daquela casa e vou pro parque.

Já são 16h e tem poucas pessoas aqui. A maioria são famílias fazendo piquenique, sentadas em um lençol quadriculado, clichê.

Sento na grama e encosto numa árvore, estico uma perna e a outra eu deixo dobrada.

Deito a testa no joelho e suspiro. Começo a pensar no quanto mudei desde Niragi.

Antes eu só ligava para machucar as pessoas, vê-las sofrendo por mim, correndo atrás de alguém que jamais iriam ter. As meninas nunca aceitaram que sou gay, colocaram em suas cabeças que sou hetero e só falo isso como desculpa para não beija-las, o que é ridículo.

Não me apaixonava, não me apegava, transava com qualquer um numa festa. Fodia, era fodido.

Se semanas atrás eu e Arisu estivéssemos na mesma cama nos agarrando, com certeza foderiamos, mas não, agora está tudo diferente.

Depois que eu comecei a querer me aproximar do Niragi, mesmo que por prazer próprio no começo, eu mudei. Qual é? Eu beijava todos os dias qualquer um por estar a fim, agora Arisu foi a primeira pessoa que beijei depois de ter ficado com o Niragi.

Eu simplesmente não consigo me sentir atraído o suficiente por mais nenhuma pessoa, e já que isso nunca aconteceu, eu concluí que sim, eu estou apaixonado pelo garoto de moreno que usa um piercing na sobrancelha.

E não é mútuo. Eu o machuquei, agora ele está com alguém, me odeia e eu não consigo seguir em frente com outras pessoas.

Que maldita merda é estar apaixonado.

Levanto o rosto e abro os olhos, reparo que estou chorando.

Eu estou chorando esses dias mais do que já chorei em toda minha vida, e tudo, claro, depois de Niragi.

"Que merda você está fazendo comigo, Sweetie?" Sussurro aos ventos e fecho os olhos de novo, encostando a cabeça no tronco da árvore.

"Chishiya?" Abro os olhos e fito a figura na minha frente.

Contínua...