Pais

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Tori:

Me sinto como uma garotinha, levando bronca dos pais.

- Uma prostituta, minha bebê adotou uma prostituta.

- Não foi bem uma adoção...

- Então admite que tem uma prostituta nessa casa.

- Não, ela não está aqui.

- Então tem mesmo essa garota?.

Papai perguntou.

- Tem.

- Céus, que vergonha, eu não me importo com fato que seja lésbica, mais precisar pagar para dormir com uma mulher, querida isso já é demais.

Mamãe falou.

- Eu gosto tá.

- É vergonhoso.

- Não, não é.

- Se nosso amigos descobrirem?.

- Eu levei ela em uma festa, e todo mundo gostou muito dela.

- Obviamente estavam imaginando o preço que você pagou.

- Claro que nã...

- Não vamos aceitar isso.

Papai falou me interrompendo

- Não precisam aceitar nada, sou maior de idade, uma mulher feita, a opinião de vocês é irrelevante.

- Ah, é mesmo?.

- Mesmo.

- Então esqueceu que tudo isso ainda é nosso, se continuar com isso, vamos tirar seu cargo na empresa.

Meu pai falou sério.

- Isso é injusto, eu não vou sair do meu cargo, sou uma ótima CEO, não podem misturar as coisas.

- Ah meu bem, podemos e vamos.

- Mãe...

- Suma com a garota.

- Eu gosto dela.

- De uma prostituta?.

- É, e acho que a amo.

- Quanto desgosto, meu Deus.

Mamãe falou fazendo drama.

- Ah, para.

Continuamos conversando, ou melhor, discutindo.

Jade:

Eu estava terminando de arrumar algumas coisas, quando vi o celular da Tori no sofá.

Como ela é uma pessoa super ocupada, deduzi que iria precisar então fui até a casa dela para entregar.

(...)

- Oi, você esqueceu lá no apartamento.

Falei entregando o aparelho.

- Essa é a dita-cuja?.

Uma senhora perguntou me olhando com desdém.

- Perdão, dita o quê?.

Perguntei.

- Ainda por cima é ignorante.

- Quem é essa velha?.

- Olha o respeito menina.

- Se não me respeita, por quê eu iria te respeitar?.

- É esse tipinho que te atrai?.

- Jade, péssima hora.

Tori falou sem graça.

- Tô percebendo, quem é essa velha em?.

Perguntei sussurrando.

- É minha mãe.

Sussurrou de volta.

- Ok, péssima hora, entendi.

- Desculpa por ela.

- As duas vão ficar de fuxico, ou você vai nos apresentar a... Moça.

Falou me olhando de cima a baixo.

- Tá, Mãe, Pai, essa é a Jade, e esses são meus pais, Victor e Mônica.

Falou sem graça.

- Oi.

Falei, a mãe dela apenas levantou uma sombrancelha, e o pai virou a cara.

-  Pelo visto eu não sou bem vinda aqui, licença.

Falei.

- Fique.

Victor falou com seu tom grave.

Tivemos um jantar muito desconfortável, e depois o pai dela me pedi pra conversar a sós comigo, então fomos para o escritório da casa.

- Então, sobre o que quer falar?.

Perguntei.

- Me diga seu preço.

- Transo com a sua filha, quer mesmo fazer isso?.

- Não seja vulgar.

- Então o que?.

- Me diga seu preço, pago o que for para se afastar da Victoria.

- Tá brincando né?.

- Nunca brinco.

- O senhor está me oferecendo.

- Você é uma prostituta, nada pode lhe ofender.

- Você é um babaca, sabia?.

- Sua opinião sobre mim não significa nada.

- Eu não vou ficar aqui ouvindo isso.

Falei me virando para sair.

Mas ele me segurou pelo braço.

- Vou ser direto, ou aceita minha proposta, pega o dinheiro e some, ou vai sumir de todo jeito.

- Tá me ameaçando?

- Apenas avisando.

- Qual o seu problema comigo?.

- Minha filha merece muito mais do que uma putinha qualquer.

- Sem querer me gabar, mais sou prostituta de luxo.

- Não está se gabando, está sendo ridícula.

- Vai se ferrar.

- Não, você vai, deixe Victoria em paz.

- Não.

- Não?.

- Pois é, gosto da Tori, e vou ficar com ela.

- Foi você que escolheu assim.

Falou e saiu esbarrando em mim.

Velho maluco.

Voltei a sala, Tori me pediu para ir embora, e eu fui, não quero que brigue com a família por minha culpa.

Ela me mandou uma mensagem pedindo desculpas.

Não sei o que tá acontecendo com ela, anda tão mudada, me trata bem, isso é estranho, de uma jeito bom, mais ainda assim, estranho.

The Lady and The Slut (Jori)Where stories live. Discover now