capítulo cinco - um de julho (parte 2)

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Sábado, ainda um de julho.
14:30 da tarde.

Pov.Millie

Eu estava agitada. Meu coração batia tão forte de uma maneira que acho que nunca havia o sentido desse jeito outra vez.

Eu ouvia sua voz e de vez em quando eu olhava para seu rosto. Minha cabeça estava "a milhão", todas as memórias, todos os momentos passavam muito rápido pela minha cabeça, estava pior de quando eu avistei Vancouver do avião.

E o mais ruim disso tudo, é que eu não conseguia pensar em "ele te fez mal de alguma maneira". Eu só conseguia lembrar das memórias boas. Das risadas, das viagens, dos lugares que frequentávamos e até quando eu pensei que havia ficado grávida.

Eu pensava no início de tudo, quando eu ainda o odiava e a forma que ele aos poucos foi me conquistando, mesmo sem querer. No começo eu odiava gostar de Finn, mas depois eu fui me apegando a ele.

Quando eu fui embora de Vancouver, eu prometi para mim mesma que depois que eu estivesse superado tudo aquilo, eu nunca mais iria pensar neles novamente, falar e muito menos vê-los.

A maioria das promessas que eu fiz para mim mesma haviam se quebrado. Eu nunca havia achado alguém bom para mim em New York, e para falar a verdade, nesses últimos tempos eu não estava a procura de um homem.

Eu nem se quer pensava em Finn nesses últimos sete anos, e quando eu me atrevia em pensar, logo já tentava pensar em outra coisa. Foi uma coisa do passado, que havia ficado para trás.

Eu apenas não estava entendendo porquê é que meu coração batia tão forte. As lembranças vinham forte demais, talvez por que finn foi um dos primeiros garotos que na época eu pude dizer "eu estou apaixonada", totalmente bobagem, coisa de adolescente. Hoje eu realmente digo que adolescentes se apaixonam rápido, e por pessoas erradas.

Eu ouvia sua voz no palco enquanto agradecia e até fazia algumas brincadeiras com a plateia, e aquilo estava realmente me enlouquecendo, eu nem se quer prestava atenção no que ele dizia naquele momento, eu apenas estava querendo sair dali, e me livrar de todos esses flashbacks que vinham em minha cabeça rápido demais.

Sua voz fazia um eco em minha cabeça, e nada fazia sentido. Eu ouvia sua voz dizendo coisas em minha cabeça, e nada mais fazia sentido.

Quando ele finalmente parou de falar, começou a passar a curta metragem no grande telão que havia no palco, então eu tentei ficar ali por pelo menos 10 minutos que deduzi que seria o tempo de sua curta metragem.

Eu continuava ali com os olhos fechados e uma das minhas mãos por cima dos meus olhos, "segurando minha cabeça", era como se eu estivesse passando mal.

-- Millie você está bem? — sinto uma mão em meu ombro, me viro e vejo o rosto de Noah. Sua feição era de preocupado, e ele estava esperando por uma resposta.

-- Não. Me tira daqui, por favor. — peço mas em seguida ouço a voz de Sadie se intrometendo.

-- Millie, espera, você sabe que não estamos muito longe do palco, qualquer movimentaçãozinha vai chamar atenção. Assim que o vídeo acabar eu te ajudo com isso. — Sadie afirma.

E eu esperei, esperei os dez minutos passar, até escutar palmas e sua voz entrar ao palco novamente. Eu nem se quer escutei ou vi seu filme, eu apenas pensava "ir embora, ir embora, ir embora. New York, New York e New York. Casa. Tudo que eu preciso agora."

Foi quando ele começou a falar novamente, e aquilo havia me dado um "pequeno gatilho". Decidi ir embora com ou sem eles, ou melhor, Lilia.

-- onde você vai??? — Sadie cochichou.

The Bitch 2 - fillieحيث تعيش القصص. اكتشف الآن