Capítulo 1.

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07 de maio de 2020

- Força mãezinha, tá quase! - a médica incentivou Bianca.

Sem dizer um piu e já não aguentando mais de dor, a carioca agarrou a lateral da cama hospitalar e fez força mais uma vez como pedido.

Um chora agudo foi ouvido. Bianca fechou os olhos e respirou, escapando lágrimas dos olhos e um sorriso plantado no rosto. Ela apagou.

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- Rafaella estamos quase finalizando, se sente bem? - o médico tentava manter a comunicação com uma Rafaella já cansada. A morena apenas assentiu.

Depois de horas em trabalho de parto normal e sem evolução, a mineira foi encaminhada ao centro cirúrgico para ser feito uma cesariana de emergência.

- Estou vendo uma pequena hemorragia, quando o bebê sair levem que eu resolvo aqui. - o homem se aproximou da mulher - Rafaella querida, vamos ter que lhe anestesiar por completo. Seu bebê está bem, é apenas pra cuidarmos de você, fique tranquila que nada grave acontecerá.

- Ok! - foi apenas o que a mineira disse.

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Horas depois...

Bianca abriu os olhos, cansaço, era isso que lhe definia. Depois de longas dezesseis horas em trabalho de parto, sua filha veio ao mundo. Olhou ao redor do grande quarto de hospital e estava sozinha, não tardou para logo avistar sua mãe cruzando a porta e vindo ao seu encontro.

- Oi, minha filha. - depositou um beijo em sua testa - Acordou finalmente!

- Eu apaguei? Eu não vi minha filha, cadê ela? Tá tudo bem? - a carioca lembrou do desmaio pós parto e logo veio o leve desespero.

- Ei, calma! Tá tudo bem, e eu já tava vindo te acordar mesmo. Você tá bem, só por conta do cansaço e por ter perdido sangue acabou apagando logo após o parto. - sorriu doce pra filha - Mas vocês duas estão bem, e a enfermeira já está trazendo minha netinha.

Bianca sorriu vendo a enfermeira entrar empurrando um mini berço.

- Olhe quem tá vindo aí! - Monica falou indo de encontro a enfermeira - Eu posso levar pra ela?

- Claro, ela é toda de vocês. - A mais velha assentiu e levou a bebê de encontro da filha.

- Olha só mamãe, quem tá aqui.

- Oh meu amor! - recebeu o pequeno embrulho em seus braços, com um macacão em tricô e uma toca na cabeça - Como você é linda minha filha. - Arrumou a bebê em seus braços e com uma das mãos fazia carinho com o dedo nas pequenas bochechas rosadas:

- Ela é tão linda, mamãe - os olhos da carioca marejaram - Minha Catarina. Você é tão perfeita filha. - olhou para a mãe que também estava emocionada com o o primeiro contato de ambas.

E assim ficaram, na bolha delas.

_______

- Ela tá acordando bebê. - Genilda colocou a bebê no pequeno berço ao lado da cama hospitalar e esperou a filha despertar - Oi meu bem, tudo bem?

Rafaella ainda meio anestesiada assentiu e fez sinal pra mãe ajustar a cama. Olhou pro lado e avistou a filha, sorriu.

- Posso pegar ela agora?

- Claro, vou pegar pra você. - e assim fez, tirou a neta do berço e entregou a filha.

- Oi minha vidinha, oi Isabella. - sorriu emocianada - Eu sou sua mamãe, meu amor! - acariciou a pequena mão e depositou um beijo ali. - Ela é perfeita.

De um para dois - Rabia Onde as histórias ganham vida. Descobre agora