2 - Um fantasma de carne e osso

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Para ele ficar só era como uma aventura, ele até gostava da sensação de estar só mas era difícil estar só quando ao redor dele existia várias outras pessoas, era como se ele fosse um fantasma, pessoas passavam por ele e o ignoravam.
Mesmo que ele gritasse, conversasse com alguém, fizesse alguma palhaçada como costumava fazer, ele era apenas mais um que ignoravam e bom, eles eram bons em ignorar pessoas. Ele não os culpava, ele gostava de ficar ali, sentado sozinho apenas observando como as pessoas se comportavam.
Algumas pessoas estavam acompanhadas, outras fingiam estar acompanhadas presas em seu celular, apenas esperando o tempo passar. Ele se perguntava o que ele estava fazendo ali mas ainda era muito cedo para ir embora, chegou uma pessoa para conversar com ele mas ele apenas parecia uma pessoa antissocial e pessimista com algumas coisas, seu jeito de ser e a pessoa não entendeu e foi embora.
Ele permaneceu ali sozinho, ouvindo uma pessoa dizer que tinha inimigos a outras pessoas na mesa, todos ali sabiam que ela não tinha inimigos, os inimigos estavam na cabeça dela e ele apenas ficava ali, ouvindo tudo aquilo.
Chegou o momento da sua saída, ele se preparou para ir embora, chamou o uber e enquanto ele o esperava, ele notava o quão as pessoas são fúteis, apenas fingem estar bem com alguma coisa ou apenas fingem estar se divertindo mas ele estava agradecendo por ir embora, naquele lugar estava tocando uma música que ele não gostava e tinha pessoas que ele também não gostava.
E enquanto ele estava voltando para casa, ele prometeu que jamais voltaria naquele lugar, onde pessoas vão apenas para fingirem estar bem. Na verdade, ele sabia que ele saia para fingir que estava bem porém existe um limite entre o fingimento e a futilidade.

Uma porta de bar, mil histórias para contar (Part. 1)Kde žijí příběhy. Začni objevovat