Infiltração - Parte II

En başından başla
                                    

— Temos que sair daqui... — Clarys começou a falar mais foi interrompida por uma batida na porta. — Ah, merda!

——§——

Andei por entre as ruas e inevitavelmente encontrei a estalagem. Depois de mostrar o brasão de identificação do exercito, eu subi para o quinto andar pela escada. Depois de passar pelo corredor do quinto andar, parei em frente ao quarto 122. — Vamos lá...

Eu então ouvi vozes exaltadas, mas mesmo assim, ergui minha mão e bati na porta. Não há necessidade de ser agressivo ainda, só quero algumas respostas. Mas acho que devia ter trazido minha espada...

De repente vi a maçaneta se mexer, e então a porta de abriu. A maga de fogo estava do outro lado. Ela me encarava com um olhar curioso e tenso ao mesmo tempo.

— Desarmado? — ela perguntou com uma sobrancelha erguida.

— Não vim aqui para lutar — falei erguendo as mãos para cima. — Estou desarmado, como pode ver.

— Como posso confiar em você? O prédio já pode estar cercado — ela argumentou.

— Eu... — como posso explicar? E se ela não acreditar? — Eu ando tendo sonhos relacionados ao que ouve em Tamura cinco anos atrás. Tenho certeza que eu estava lá naquele dia, e que... você e eu estávamos do mesmo lado.

— Você se lembrou... — ela disse enquanto soltava a porta. — E-Entre.

— Clarys o que está fazendo?! — ouvi alguém dizer, mas ignorei.

Na sala do quarto, além da maga que aparentemente se chama Clarys, estava a Sniper que encontrei hoje mais cedo sentada num sofá. O lanceiro de pé em frente a uma poltrona ao lado do sofá, e ao lado do lanceiro, um homem que não conheço.

A Sniper se levantou do sofá e eu sentei onde ela estava, com a maga ao meu lado. Os outros se distribuíram pela sala prontos para atacar a qualquer sinal.

— Isso não é uma boa ideia! — o lanceiro falou enquanto me encarava.

— Cacio está certo. Não podemos confiar nele! Mesmo que ele tenha sido alguém diferente no passado-

— Como assim "no passado"? Então eu realmente estava em Tamura, não é? — questionei.

— Sim. Você estava lá comigo e mais cinco. Três daquela antiga equipe já morreram — disse Clarys. — Você disse que teve "sonhos"... o que quer dizer?

— Desde que eu acordei na ala medica do palácio de Murien três anos atrás, eu tenho sempre os mesmos sonhos. Mas antes eram apenas imagens desconexas. Mas isso mudou dois dias atrás. Sinto veementemente que tem algo errado comigo e... sempre que vejo a Lilith eu vejo alguns flashes dela decapitando alguém... e...

— Adam? — ela me chamou. Nós realmente éramos próximos então, já do lado inimigo, até agora apenas essa mulher me chamou pelo nome. — O nome Tordy lhe diz alguma coisa?

"Tordy"... eu já ouvi este nome. Senti em meu corpo um imenso pesar e uma dor avassaladora em meu peito que se misturava com agonia e arrependimento. Flashes de um homem loiro e olhos castanhos claros; mais alto que eu, e pele clara me vieram a mente. Estávamos em Tamura lutando contra Lilith. Eu acabei sendo atordoado e fiquei fora de combate. Lilith o decapitou em minha frente.

— Adam? — a voz da maga me trouxe de volta. Eu estava suando e meu coração batia rápido.

— Sim... eu... eu me lembro dele... — as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. — O que há de errado comigo?! Porque eu não consigo lembrar? Porque Lilith não me contou nada sobre o motivo de ter matado o Tordy?!

— Adam — Clarys falou enquanto segurava na minha mão. — Eu não lhe conhecia muito bem, mas posso dizer com toda a certeza que você sabe o que precisa ser feito. Não há tempo de lhe contar uma história tão grande quanto essa, mas precisamos que nos ajude. Nossa missão era lhe trazer para o nosso lado, mas acho que posso dizer que você já se decidiu, não é?

— Sim... — falei enquanto enxugava as lágrimas que haviam rolado pelo meu rosto. — Eu ajudarei vocês, mas peço que esperem. A cidade está lotada de civis, por favor esperam até o fim da festa e eu lhes ajudarei.

— Você não mudou nada... — Clarys suspirou enquanto sorria levemente. — Nós aceitamos — ela disse enquanto apontava sua mão para mim, que a apertei de volta.

— Como posso ajudar? — falei determinadamente.

——§——

Eu olhava atentamente para o celular enquanto aguardava que Adam retornasse minhas ligações. Ele vem agindo estranho desde que refiz o selo dele. A porta de repente se abriu, e eu me virei repleta de esperanças — Adam? Finalmen-... ah, é você. O que quer? — mas não era ele. Quem havia aberto a porta foi Melaphir. Um homem um pouco mais alto que Adam. Cabelos castanhos escuros penteados para trás, olhos estreitos e azuis, queixo levemente quadrado. Ele usava uma armadura roxa e sua espada pendia ao lado esquerdo de seu corpo.

— Apenas vim ver como está — ela disse enquanto entrava.

— Agora que viu, saia — ordenei friamente.

— Minha senhora, porque se prende a este humano instável? Ele não serve para alguém de seu porte-

— Melaphir! — urrei enquanto o encarava com um olhar impiedoso. — Saia antes que eu perca minha paciência. Não se meta em minha vida! Ponha-se em seu lugar! — o quarto tremeu quando terminei de falar. Melaphir me encarava com um certo terror no rosto. Antes que o clima ficasse pior. O celular em minha mão começou a tocar. Olhei para a tela e a raiva que eu sentia se esvaiu totalmente. — Saia — falei mais uma vez. Ele então curvou-se e saiu. Rapidamente eu atendi a ligação. — Adam! Onde você está?! Porque não retornou minhas ligações?

"Eu queria ficar um pouco sozinho. Decidi aproveitar a festa fora do castelo hoje" — ele disse de forma um pouco estranha. Ele parecia forçar seu jeito calmo e gentil de falar. — "Quando eu voltar, quero falar com você sobre uma coisa..."

— Oh, o que?

"Você saberá em breve. Agora vou desligar".

— Certo... Adam! — falei antes que ele desligasse.

"O que foi?"

— Eu te amo — falei gentilmente.

"...Eu... vejo você logo! Até mais" — ele então desligou. Encarei o celular por um tempo e depois meus olhos se voltaram para Murien.

— O que há com você? — murmurei para eu mesma.

——§——

— E então? — Clarys perguntou ao meu lado. Eu ainda estava no quarto junto de Clarys e sua equipe.

— Tudo certo. Vamos começar — respondi. Sim. Agora eu não voltarei atrás. Hoje eu cortarei os cordões que me prendem!

As Crônicas de Zesrhirya: GuerraHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin