CAPÍTULO VIII

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*PRINCESA ANGEL NARRANDO:

Sou arrastada por dois homens pelo salão em direção à porta. Todos me olham curiosos. Vejo vários guardas do palácio chegando para ver o corpo do homem que era o tal "comandante".

- Concerteza o destino dessa rameira será a forca..- ouço uma mulher dizer.

- Bem feito! Que os deuses á faça pagar por seus pecados! - a outra responde com o mesmo olhar.

Sinto o ar faltar em meu corpo.. é como se tivesse em um delírio ou em um sonho muito ruim.. horrível..fecho meu olhos e abro na tentativa de me negar a ver a situação em que estou.

- O que diabos essa mulher fez? - um homem me olha sem entender.

- Não..- tento falar mais não consigo.

- Praticamente desfolou o homem em pedaços! Onde está o coração? - ele pergunta e me puxa pelos cabelos me fazendo gritar de dor.

- Eu..não..- tento falar mais grito alto com o soco que ele me dá no rosto.

- FALA SUA RAMEIRA DESGRAÇADA!!! - ele grita e cospe no meu rosto me jogando no chão.

Passo a mão no meu rosto e as lágrimas correm como águas correntes me meu rosto. Nunca me senti assim, humilhada e destruída!

- Verás que daqui uns minutos falará tudo! E logo..estará na forca! - ele diz e me chuta.

- Deixa ela aí..o Rei virá aqui, já que se trata do Comandante do exército, ele irá acabar com ela com as próprias mãos.

* REI LUTHER NARRANDO:

- Já está chegando a hora do casamento da minha menina! - ela diz com um sorriso falso no rosto já cheio de rugas ridículo.

- Sim..estou tão nervosa! Estará aqui comigo não é meu irmão? - ela diz pegando em minha mão.

- Sabes que sim! Nunca deixaria de estar com você em um momento importante. - respondo tomando um gole de vinho.

Thalia és minha irmã mais nova e irá se casar em poucos dias.

Lívio és meu meio irmão, digamos que sempre foi uma coisa indesejável em minha vida. O meu pai fez ele com uma prostituta e logo os trouxe pra casa, após a minha mãe ter ido embora.

Hera, és a mãe de Lívio. Ela "cuidou" de nós três. Quando eu comecei a ganhar terrenos e me tornei Rei ela vem com essa de "mamãe" mas não é! Nunca chegará perto de uma mãe para mim.

Meu pai morreu em uma batalha ao meu lado, já a minha mãe..morreu, pelo menos pra mim, sim!

O meu pai sempre me disse que ela foi embora e se casou com outro homem. Mais algo me diz que é além disso, não tenho raiva dela. Ela pode ter seus motivos, não preciso dela, então não me fez falta nenhuma!

O meu pai era um homem bastante ruim, poderia dizer que até pior que eu. Então..a minha mãe teve motivos pra ir, só deixou a gente pra trás pra sofrer nas mãos dele.

Mas isso tudo só me ajudou a chegar onde estou!

- Senhor? - vejo soldados me olhando com uma cara nada boa.

- Não vê que estou ocupado? - respondo ingnorando.

- É que..

- Fale logo seus inúteis!! - digo sem paciência.

- O Comandante..mataram ele.

- Mataram?

- Sim, no prostíbulo!

- Algum inimigo terreno?

- Não..uma.. prostituta! - ele responde com medo.

- Uma prostituta matou o Comandante? Como? - Hera indaga.

- Não sei senhora..só..foi um crime horripilante!

- O que eu tenho a ver com isso? - pergunto.

- Como eu disse..o senhor tem que ver isso! - ele responde.

Me levanto e vou em direção ao prostíbulo.

- Quer que eu pegue seu cavalo?

- Não..irei andando mesmo. - digo em passos rápidos até o a portão.

**

Chego e vejo pessoas curiosas por fora. Passo e todas abram espaço para mim e fazem reverência.

Abro a porta e vou em direção aos quartos.

- Madalline! - cumprimento.

- Senhor..- ela se curva.

- Eu não..- ela tenta falar.

- Não..não quero saber de nada! Apenas do culpado. - falo.

- Sim..uma moça de Romanov! Ela foi se deitar com ele ontem e quando eu cheguei de manhã ele estava daquele..jeito..- ela diz e coloca a mão na boca evitando o vômito.

- Qual é o quarto? - pergunto.

- Aquele. - ela aponta. Sigo em direção ao quarto e abro a porta.

Vejo o cadáver na cama, giro o corpo do homem pra ver e me surpreendo com o que vejo.

- Que merda é essa? - praguejo.

O coração não está..coloco minha mão dentro do buraco em seu peito.

- Está..sem os órgãos! - falo olhando e tirando minha mão que agora está encharcada de sangue.

Isso..só pode ser ela! Mais ela não saiu hoje! Eu acho...Não é lua cheia, apesar que nem precisa..- penso atordoado.

Saio do quarto.

- Cadê a mulher? - pergunto.

- Está aqui senhor! - um homem vem com uma mulher de cabelos pretos com um vestido branco todo ensanguentado.

Ele levanta sua cabeça..ela?

Olho sem entender como..ela? Isso não tem sentido algum.

Chego perto dela que está com o rosto banhado em lágrimas de dor e sofrimento.

- O que fez..? - pergunto.

- Eu não..- ela tenta falar com um medo estampado em seu lindo rostinho.

- Leve-a para a masmorra! Daqui uns dias vamos julgar cada preso de lá..e como já é previsível..irá ser enforcada gracinha! - falo pegando em seu cabelo.

- Se arrependa há tempo..a morte bate em sua porta! - falo rindo.

Saio dali o mais rápido possível, tenho mais o que fazer. Se foi ela mesmo que matou o homem que pague pelo que fez.

Mais..eu já vi cenas assim, é meio difícil uma mulher como ela fazer "aquilo".

Chego no castelo e vejo meu "querido" irmão sentado em meu trono.

- Isso tudo é vontade de ocupar meu lugar?! - falo alto o assustando.

Ele se levanta como um raio.

- Tenho notícias de Romanov! - diz nervoso.

- Pelo menos pra isso serve, anda fala!

- Sabia que a outra princesa foi vista aqui em seu reino?

- Outra?

- Sim..outra! A rainha está escondida em Burgus..!

- Já foi pegá-la? Quero sacrifica-la em público..! - falo com um sorriso.

- Tu não és humano irmão!!

- Humano sou.. só não tenho a tão chamada "misericórdia"..


Oii pessoas!!! eu sumi de novo! Mais agora eu troquei de celular. Então não irei mais sumir








O FIM DE UM REINADOWhere stories live. Discover now