Se bem que eu acho que ele vai dar um leve surto por eu ter ido especificamente onde vou, e ser ter avisado a ele. Já que se trata de uma situação um pouco diferente, envolvendo meu ex babaca.
Vou na cozinha pegar um lanchinho antes de sair.
Abro a forma que deixei o bolo, e ao encontra-la completamente vazia, arregalo os olhos.
Eu: PUTA QUE PARIU! VOCÊS TÃO PASSANDO FOME É? NÃO DEIXARAM NENHUM PEDACINHO PRA MIM! – Exclamo, e mesmo daqui de baixo consigo ouvir a gargalhada do Bruno no andar de cima. – DESGRAÇADO!
Com raiva, pego um salgadinho. Vou comendo no caminho mesmo!
Vou a pé pra o apartamento, que não é tão longe assim.
Alguns minutos depois chego rapidamente em frente ao prédio.
Jogo o pacote vazio em uma lixeira próxima e bato as mãos uma na outra pra tirar os resíduos que ficaram.
Vou até a entrada, passo pelo hall e pego um dos elevadores, parando no 4º andar. Ando pelo corredor até a porta de número 17. Toco a campainha e aguardo impaciente.
Quero acabar logo com isso.
Poucos segundos depois ele abre a porta e seus olhos brilham ao constatar que eu estou aqui mesmo. Estranho.
Jack: Você veio mesmo! – contempla, e eu assinto. Então ele dá espaço pra eu entrar. – Pode entrar.
Nego com a cabeça.
Eu: Não vou entrar aí. Ainda mais sozinha contigo. – Ele franze o cenho.
Claro que eu não iria fazer isso. Não sou tão burra assim, e não tenho um pingo de confiança nele.
Jack: Não confia em mim?
Eu: Nem um pouco! – Digo asperamente.
Ele parece pensar um pouco.
E suspira.
Jack: Tudo bem então. Vamos pro playground do prédio, Lá é bem movimentado nesse horário. Já que você não confia em mim, e espera que eu vá tentar alguma coisa. – Diz, e fecha a porta atrás de si.
Ele sai andando na frente. E eu mantenho uma certa distância.
Eu: Esperava o que meu filho? Que eu ainda fosse a mesma trouxa de anos atrás? – pergunto, e vou seguindo-o de braços cruzados. – Você perdeu a minha confiança. E agora eu não duvido nada de você.
Ouço respirar fundo.
Jack: Não esperava menos. É o seu direito. – Suspira.
Vamos andando o caminho até o terceiro andar em silêncio. Lembro que quando eu vinha aqui, amava passar por esse lugar. É tão bonito e cheio de vida. E parece que mesmo com o tempo ele não mudou.
Tem alguns jovens na piscina e algumas crianças brincando no parquinho acompanhadas por seus pais, um típico domingo à tarde.
Ele aponta pra alguns bancos que tem em uma extremidade mais afastada, pra que não sejamos interrompidos pelo barulho das crianças.
Eu me sento de frente pra ele e pego meu celular, colocando novamente um alarme.
Eu: Seus trinta minutos começam agora. – Digo, e coloco o celular de volta na bolsa. Ele me olha um pouco descrente, como se eu não estivesse falando sério e fosse louca. Com raiva, pego o celular e diminuo 10 da contagem. – Agora são 20. Quer que virem 15?
Ele me olha novamente estupefato.
Jack: Não sabia que você tinha se tornado tão autoritária. – Comenta, e se ajeita melhor no assento.
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O Garoto do Café
Teen FictionDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...
Capítulo 81
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