Capítulo 33: Irlanda - Parte II

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Cait bufou quando o pai saiu da sala e me deu um olhar consternado.

- Você é um covarde.

- Ele tem uma arma. - Atalhei me levantando - E eu quero que ele goste de mim.

- E você acha que ele não sabe que fazemos s.e.x.o? - soletrou com deboche - Nós moramos dois anos juntos, Sammy.

- Os pais não precisam saber sobre isso, muito menos o seu pai. - Ela riu.

- Ao menos que ele seja cego... - ela me deu um tapinha de consolo no ombro - Ou ele viu muito bem o que eu pretendia fazer com você antes de sermos interrompidos.

- Caitríona! - repreendi, corando. Ela riu.

- Sam, você esqueceu o que viemos contar?

- É claro que não.

- Meus pais tem sete filhos. Você acha que eles não sabem o que é sexo? Ou como os bebês são feitos? Ou que eu faço sexo?

- Os pais tem direito de fingir que os filhos não fazem isso! E ervilhinha nunca fará a palavra com s. - Cait caiu na gargalhada de novo enquanto dobrava uma das cobertas e eu dobrava outra.

- Se ervilhinha puxar qualquer um de nós dois, você pode ter certeza que vai. - Joguei o travesseiro nela. - Ei! - fez uma careta. - Papai é ciumento, não é ervilhinha? - Disse acariciando a própria barriga.

- Eu vou pegar a arma emprestada com o Jim.

- Você não vai não. - Negou se aproximando de mim, parando a centímetros de distância. - Você vai querer que o nosso bebê, seja ela ou ele, seja feliz! Se apaixone, ame e viva a vida da melhor maneira possível porque é isso que todos os pais desejam. - Assenti resignado. - Muito bem, Sammy. Eu quase acreditei em você se não fosse pela carranca, ainda bem que temos ao menos quatorze anos para te preparar para essa conversa.

- Tão cedo?! - exclamei, olhando-a alarmado.

- Não queremos que ervilhinha faça as coisas escondido, queremos? - neguei. - Então temos que conversar o mais cedo possível sobre sexo seguro.

- Quatorze é muito cedo.

- Sabe como são os hormônios nessa idade.

- Caitríon... - ela me interrompeu.

- Você está vermelho igual o meu pai, Sam. - Ela riu - Precisamos trabalhar muito isso em você até lá.

- Você está tentando me matar antes dos 40?

- Não. - Se aproximou, passando seus braços ao redor do meu pescoço. - Eu gosto muito de você vivo e pretendo mantê-lo assim até que esteja muito velhinho.

- É mesmo? - passei meus braços ao redor de sua cintura e sorri. - E como pretende fazer isso?

- Com muita massagem, comidas saudáveis e exercícios.

- Sabe que tudo o que você disse pode ser interpretado com segundas intenções, não sabe? - ela sorriu descarada. - Seu pai definitivamente não te conhece se acha que sou eu quem te leva para o mau caminho. - Ela me deu um beijo rápido e saiu dos meus braços.

- Está pronto para um café da manhã a full Balfe? - questionou pegando minha mão e me puxando em direção a sala de jantar.

- Se eu disser não, ainda tenho tempo de fugir? - ela me lançou um olhar por cima do ombro com um sorrisinho e entrou na sala de jantar.

- Receio que seja tarde demais, Heughan...

O cômodo estava lotado. De adultos, crianças e comida. Eu nunca tinha visto uma mesa tão cheia e diversa como era a dos Balfe com frutas, cereais, panquecas, pães, chás e sucos de todos os tipos e para todos os gostos.

One More NightWhere stories live. Discover now