— Não seja bobo. Eu adorei os seus irmãos; na verdade, adorei toda a sua família inteira. 

— Ótimo — fico mais aliviado. — Mas temos o dia todo livre e você tem uma lista longa. Então, o que quer fazer? 

— Museu Britânico! — grita. 

— Museu Britânico então. Mas você vai ter que falar um pouquinho mais baixo lá; é uma regra. 

Em resposta, recebo um pedaço de bacon pela cara. 

— Ei! — reclamo, e depois enfio o bacon dentro da boca. 

— Para sua informação, eu sei muito bem me comportar — alega ela, toda cheia de si.

Abro um sorrisinho malicioso. 

— Exceto na cama. 

Agora recebo um chute na canela por debaixo da mesa. 

— Aaaau! — massageio o local da pancada. — Dá pra parar com isso? 

— Depois os seus irmãos que são inconvenientes, não é? — arqueia a sobrancelha. 

— Eu disse alguma mentira? — retruco.

— Claro que disse! Eu não fiz… essas coisas. 

— Você quer dizer "sexo sacana"? — franzo o cenho.

Ela fica boquiaberta, mas não consegue esconder o sorriso por muito tempo.

— Quer saber? — arrasta a cadeira para longe da mesa. — Eu vou lavar a louça suja ao invés de ficar ouvindo você. 

Ergo-me depressa quando ela passa por mim, agarrando-a pela cintura e arrancando-lhe um gritinho. 

— Tyler! Me solta! — ela se esforça para parecer brava, mas acaba rindo. 

Carrego-a até a ilha da cozinha e a coloco sentada sobre a mesma. Com uma expressão toda contente, Teri me puxa com as pernas para ficar entre elas. Então ela começa a me beijar enquanto puxa a minha camisa. 

Afasto-me um pouco para olhar para ela.

— Mas e o Museu Britânico? — questiono.

— O Museu Britânico pode esperar — revida.

Sorrio e, sem mais delongas, grudo os nossos lábios novamente, desta vez deixando que ela puxe a minha camisa pela cabeça. 

***

Eu nunca vi algo tão magnífico quanto a London Eye à noite. A roda-gigante está piscando em várias cores diferentes, misturando-se com as luzes da cidade ao seu redor e criando reflexos no Rio Tamisa mergulhado na escuridão da noite. Teri está tão encantada que não consigo parar de olhá-la nem por um só segundo enquanto faço questão de capturar fotos suas em seus momentos mais distraídos — ela ainda não consegue acreditar que fui mesmo capaz de postar uma foto com a mesma abocanhando um cachorro-quente nos storys do Instagram. 

— Quer dar uma volta? — pergunto, tirando-a do transe.

— Podemos? — exclama.

— Claro que sim. 

Teri hesita

— Não vamos esperar os seus irmãos? 

— Mudanças de planos. Eles estão nos esperando no pub — digo. 

— Então não deveríamos ir pra lá? — questiona.

— Não precisamos ter pressa. Eles com certeza já estão se divertindo sem a gente, enchendo a cara. 

Amor à segunda vista • COMPLETOWhere stories live. Discover now