Mas não consegui escrever um "a". Minha mente ficava vagando para aquele incêndio. Nada me tirava da cabeça que tinha sido a Nova Corps. Em um pequeno rompante, levantei da cadeira e caminhei até o quarto, mexendo entre os livros. Eu ainda tinha o livro que fez eu descobrir a existência deles. 

Talvez, não houvesse absolutamente nada nele que eu já não tivesse lido, mas isso me dava uma sensação falsa de "ação", o que melhorava o meu humor. Afinal, eu acabar enlouquecendo se ficasse pensando, apenas, sobre isso. 

Folheei as páginas, a esmo, mesmo sabendo que já tinha decorado até as vírgulas. Definitivamente, eu tinha inveja da Morgan: Ia herdar um legado que começou com o avô, na minha época de jovem. 

Do meu avô, talvez, eu herdasse apenas loucura e trauma. 

Foi quando eu desisti de examinar o livro e o guardei, sentando na cama e me jogando no colchão, que ouvi Maya dar pequenos gritinhos, Ameixa miar igual a uma desesperada e Rebecca e Bucky começarem a conversar. 

Ergui meu olhar e encarei o relógio na parede. Já eram cerca de onze da noite e eu não tinha percebido. Voltei a deitar na cama, encarando o teto. Eu tinha ficado tanto tempo enfurnada naquele laptop que tinha esquecido de fazer a janta e, como muito provavelmente, Rebecca não quis atrapalhar, ela não lembrou. 

Fechei meus olhos e acho que cochilei, porque quando abri os olhos, eu estava em outra posição e a casa estava silenciosa. Levantei, tonta, e me arrastei até a porta do quarto de Maya, vendo ela e Ameixa no bercinho. 

Depois, caminhei até a sala, onde Bucky estava sentado no sofá, teclando alguma coisa no laptop. Fiquei observando ele por algum tempo. 

Bucky estava só de calça de moletom e com os cabelos úmidos. O braço dele brilhava na claridade da janela e as sombrancelhas unidas davam sexy nele. Lambi os lábios e estiquei minha mão, formando um chicote de fogo. 

Ele não percebeu até o chicote estar no pescoço dele, o que fez Bucky pular de susto e rir quando me viu. 

-Minha Nossa, mulher! Quer me infartar? 

-Não no sentido literal! - Sorri e desfiz o chicote, sentando em cima das pernas dele. - Você já comeu? 

-Já. - Bucky continuou digitando, apoiando as mãos em cima das minhas pernas. - Comprei pizza! Tem na geladeira ainda se você quiser! 

Dei de ombros. 

-Amor? 

Bucky tirou o olhar do laptop e o colocou de lado, me puxando contra ele, enquanto me dava um beijo na bochecha. 

-Fala, Bonequinha! 

-Você me acha chata? 

Bucky respirou fundo e negou. 

-De vez em quando, dependendo do assunto. 

-Hmm… - Fiz uma pausa. - E você ainda me ama, né? 

-É claro que sim, mulher! Que pergunta! 

-É, mas não é mais apaixonado por mim, é? 

Bucky me encarou, esfregando o rosto, entendiado. Eu sabia que estava sendo chata e tendo uma crise existencial e talvez, fosse tpm, mas naquele dia, eu precisava conversar. Eu estava nervosa e quando ficava nervosa falava demais. 

-Por que você acha que eu não sou apaixonado? 

-Porque eu li na internet que a paixão só dura até três anos. Depois disso, é impossível para o cérebro continuar apaixonado! 

-Então, partindo desse princípio, é impossivel que você esteja apaixonada por mim também, não é? 

Abri a boca, mas não consegui arranjar algum tipo de argumento, já que eu era, sim, apaixonada por ele. Bucky riu, beijando a pontinha do meu nariz. 

Adore You.Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ