𝙻𝚘𝚌𝚔𝚎𝚍 𝚂𝚎𝚌𝚛𝚎𝚝𝚜 || 𝙰𝚒𝚍𝚊𝚗 𝙶𝚊𝚕𝚕𝚊𝚐𝚑𝚎𝚛

▫️Capitulo 02 ▫️

________________________________________________________
• 02/12/2020|Clima: Frio e nublado

Aqui estou eu. Mais um dia de pé. Havia terminado de fazer minhas higienes, e estava trocando a minha roupa. Escuto batidas na porta, provavelmente Lauren me chamando para o café da manhã.

- Oi querida, vamos descer pra tomar café? - Aidan me pergunta após eu ter aberto a porta

- Pode ir indo, tenho mais algumas coisas pra fazer aqui em cima. Muito obrigada. - falo fechando a porta na cara dele, porém ele coloca sua mão no meio, fazendo com que a porta não fechasse por completo

- Oque é de tão importante? Se quiser passar um tempo comigo, acho melhor vir logo. Daqui a pouco vou sair para trabalhar. - diz ele entrando no meu quarto, enquanto eu guardava meus livros

- E quem disse que eu quero passar um tempo com você? Ta alucinando neh? - falo sarcástica

- (s/n), (s/n), não se brinca com o fogo. - me ameça

- Isso é uma ameça Gallagher? Porque se for, eu to pouco me fudendo pra isso. Então acho melhor você largar do meu pé, e fechar o bico. - rebato séria, coisa que faz o garoto rir e se levantar saindo do quarto

- Te vejo mais tarde. - diz antes de fechar a porta novamente

Babaca. Era a única palavra que poderia descrever o Aidan naquele momento... Nada mais se passava pela a minha cabeça.

Vou para a cozinha, e pego uma xícara. Coloco café nela e me sento na poltrona da sala.

- Não vai comer nada? - Rob pergunta ao ver que estou apenas com uma xícara de café nas mãos

- Não sou de comer muito. Uma xícara de café ja ta bom para eu começar meu dia. - Respondo pegando meu celular

Rob da ombros e se retira da sala. Não tinha pra quem mandar mensagens, não tinha amigos. Me afastei de tudo e todos depois que... Vocês sabem oque fiz com minha familia. Desde então, quem pisava no meu caminho, pra me irritar era assassinado.

Passei por casas de adoção, abrigos, e casas de estranhos. Tive uma casa fixa aos meus 15 anos. Mas não durei um ano por lá, a mulher que morava junto comigo, era uma chata, que sabia apenas me fazer de empregada.

No organização que eu trabalhava, ganhava um certo dinheiro. Mas não o suficiente para alugar um apartamento, comprar comida e roupas. Pedi por aumentos varias vezes, mas nada adiantou.

— Estou indo mãe. Tchau, (s/n). — Aidan diz colocando a mão em meu ombro, fazendo eu me virar pra ele com uma cara de ódio

— Tchau Gallagher. Não volte nunca mais. — falo debochada

— O mesmo para você, querida. — me rebate rindo

Ótimo. Me livrei do Gallagher por algumas horas. Um bom tempo pra eu fazer algumas coisas, como compras, e me divertir. Talvez cometer algum assasinato? Quem sabe.

— S/n tenho alguns planos pra hoje. Quer me acompanhar? — Lauren pergunta gentilmente

— Não, obrigada Senhora Gallagher. — Nego tentando parecer gentil

A mulher que da ombros, sai de casa junto de seu marido. Escuto ela trancar a porta, e dar partida no carro. Momento perfeito para eu invadir o quarto do Gallagher.

Subo as escadas apressada, e esperando não ter câmeras no lugar. Ao chegar na porta do quarto do Gallagher me deparo com uma tranca de senha. Tinha que digitar alguma palavra para a porta ser aberta.

— Detetive. — tento abrir a porta, mas escuto o sinal de acesso negado — Investigações. — tento varias vezes

"Não é possível, qual é a merda da senha?" — penso comigo mesma

— Sweet Killer. — falo na minha ultima esperança. Logo uma luzinha verde acende e eu consigo entrar — que filho da puta.

Era um quarto normal. Tinha um banheiro, mas uma coisa me chamou atenção. Havia uma porta a mais ali. Sem demorar, abro a porta. Ao olhar, tinha quadros de investigações. O desenho da minha tatuagem, meu apelido. Varios dos meus assassinatos.

— Ele ta trabalhando pesado nisso... Coitado. — debocho do garoto

Olho cada pasta, cada informação que tinha ali. O pior, era que o desgraçado tava perto de achar meu rosto. Se eu pegasse as provas, e sumisse com elas, ele iria descobrir que passei por ali.

Minha unica solução, era ficar mais esperta. E tomar muito mais cuidado. Então, saio dali, fecho a porta, e fingo que nada aconteceu.