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"- eu não mudei por você, mudei pela minha família, pelo meu morro!."

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Larissa pov-

Sai de lá depois que eu vi que ele tava em um sono bem pesado.

Acabei vendo um dos amigos dele na sala que me olhou torto, mas não disse nada.

Cheguei na casa da Pam e acabei dormindo durante a falação dela.

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Fui pra casa e Lelê ja veio enchendo o saco.

Lelê- chegou pra mim que tu tava lá no Sul, o que a gente combinou caralho?

Eu- mais eu não fui!

Lelê- para de mentir pra mim porra!

Eu- para Lelê!

Lelê- não conta comigo pra nenhum rolê beleza?

Saiu nervosinho.

Fui na lage com meu pai, minha mãe disse que ele queria falar comigo.

Eu- fala ai!

O sol tava indo embora e meu pai atirando numas latinhas junto com PH2.

Pai- cansei de falar que as porra tudo chega pra mim não é?

Ele jogou a arma no chão e chutou com tudo.

É, ele ta bravo.

Até sentei, é hoje.

Meu pai ta aqui me xingando pra caralho.

Eu to só escutando, porque nosso gênero forte não bate, da ultima vez ele apontou a arma na minha cara e eu pedi pra atirar se fosse homem.

Eu acho que ele ia atirar, se minha mãe não tivesse chegado e dado uma lição de moral na gente.

Pai- não entra na porra da tua cabeça que aqueles filha da puta me odeiam caralho?! Que fariam o pior pra você? Pra quem tu puxou tão idiota?!

Eu- eu puxei pra você, você sabe disso.

Ele veio me abraçar e bagunçou todo meu cabelo.

Pai- eu só quero te proteger.

Eu- eu sei, mais eu não vou deixar de me divertir só porque tu tem muito inimigos aqui.

Ele abaixou e ficou na minha altura.

Pai- faz teu rolê aqui, no sul tem muita gente que me odeia.

Eu- eu gosto de ir pra lugares diferentes.

Pai- mas pelo seu bem, você não vai, eu não quero chegar em um ponto onde tenho que colocar alguém na tua cola.

Revirei os olhos.

Eu- não pai!

Pai- sem essa Lala.

Não gosto que me chamem de Lala, apelido de criança. É por isso que ele me chama.

Pai- é bom que não te mando pra casa da tua vó, aquela velha desgraçada.

Eu- para!

Pai- o velha faladeira, odeio quando ela vem aqui, fala mal de tudo, como se nunca tivesse morado no morro.

Peguei a arma no chão e carreguei.

Vi PH2 atirando um uma latinha.

PH2- a ultima é sua pequena.

Miro e atiro.

PH2- boa!

Pai- minha mãe vai vim aqui, Rafa quer que tu viage com ela.

Deixo a arma no chão.

Eu- ela vai me trazer maconha?

Levei um tapa na cabeça e ri pra caralho.

Tenho que parar de provocar ele.

Pai- conversa certinho com ela, se tu quiser ir, me fala.

Eu- ta certo, pra onde vai me levar agora? Só falta me colocar numa casa fora do morro.

Lelê chega.

Pai- se for pra te proteger.

Eu- me ensinar a me proteger! Seria bem mais fácil.

Meu pai da um toque na mão de Lelê.

Pai- tem umas coisas ai pra gente resolver, a gente vai fazer uma reunião com os aliados, avisa lá.

Peguei uma cerveja pra mim beber.

Depois ficou sussurrando algo, como se eu não pudesse ouvir.

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Um mês depois

Larissa pov-

Acabei de chegar em casa e desmaiei de sono.

Dormi o dia todo até meu pai vim falar que nois ia pro bailão.

Saudade de curtir com ele.

Eu me arrumei.

Vi minha mãe e tentei arrastar ela com a gente, até passo vergonha de dançar perto dela, minha mãe dança pra caralho, eu pareço mais um homem no meio da galera.

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A gente mal chegou e ja tava bebendo pra caralho.

Meu pai nem parece meu pai.

Fui pegar a bebida dele e ele não deixou.

Eu- qual é?

Pai- essa daqui não.

Me deu outra bebida.

Oque ele colocou na bebida dele?

Pai- hoje eu vou ficar bem louco, você que vai cuidar de mim!

Ele riu.

Eu- vou nada!

Comecei a rebolar e ele me fez parar.

Pai- menos Lala, bem menos!

Eu- vai ficar me brecando?

Meu pai nao tinha parado com isso?!

Pai- varios otário te olhando!

Eu- não tem ninguém não pai!

Os amigos do meu pai chegou pra curtir junto.

Ele esqueceu um pouco de mim.

Vi Pam chegando, puxo ela.

Hora de sumir por ai.

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A Princesa da FavelaWhere stories live. Discover now