Capítulo 2: Arthur.

198 8 7
                                    

CAPÍTULO DOIS: ARTHUR.

“Here we are as in olden days, happy golden days of yore. Faithful friends who are dear to us, gather near to us once more. Through the years, we all will be together, If the fates allow, hang a shining star upon the highest bough. And have yourself a merry little Christmas now. Through the years, we all will be together, If the fates allow, hang a shining star upon the highest bough and have yourself a merry little Christmas now.” Have yourself a merry little Christmas, Frank Sinatra.

A pizza estava muito gostosa.

No dia que achamos Inoportuna, já sabíamos que o verão seria insuportável. Mas, esse ano estava mil vezes pior. Agradecia muito a pessoa que inventou o ar condicionado. A casa de Sadie era toda equipada, ela ligou o ar central e era tão potente que esfriava até na cozinha.

Porém, estávamos comendo na sala. E estava maravilhoso, porque não sentíamos o calor. Estava tão frio no local que usávamos edredons para nos esquentar. As pizzas eram de dois sabores: pepperoni e quatro queijos.

Isabela comia sua salada feliz da vida, ela nem olhava para a pizza, nem sentia vontade de comer. Ficávamos provocando-a dizendo que ela não era feliz, nem que conseguia disfarçar sua vontade de comer a massa.

- Pessoas, entendam uma coisa, eu gosto de comer salada! – Bela reclamava e se defendia. Seus cabelos longos e loiros estavam presos em um rabo de cavalo mal feito – Principalmente à noite.

- Mas eu sei que você quer a pizza – Enfatizou Lucas. O nerd estava muito engraçado com um pijama com a estampa do Mário toda suja de molho – Eu tenho certeza.

- Se ela não quer – Sadie encarava Isabela de uma maneira que me arrepiava. Os olhos verdes da morena podiam ser bem diretos – Melhor! – Balançou os ombros – Sobra mais pra gente.

- Que horror, Sadie! – Lílian a repreendeu – Anda, Bela, come um pedaço...

- Por favor! – Pediu Lucas – Só um!

- Não. – Isabela respondeu cortante enquanto comia a última garfada – Não quero. Podem comer essa massa gordurosa e não saudável de vocês.

Deixamos Isabela de lado e continuamos a comer, falávamos sem parar e ríamos o tempo inteiro. O pai de Sadie chegou, nos cumprimentou e quando viu a bagunça que deixamos no escritório começou a rir de nossa cara.

Realmente, amanhã seria um grande dia.

Voltamos a ficar a sós, o pai de Sadie chegou tão cansado que foi direto para a cama.

- Como está sua família, Arthur?! – Perguntou Noah.

- Estão todos bem, obrigado! – Sorri e peguei mais um pedaço. A pizza de pepperoni já tinha acabado e faltava pouco para acabar a de quatro queijos. Eu ficava feliz quando me perguntavam sobre minha família, era um sinal de preocupação e eu fiquei tanto tempo carregando esse peso sozinho que era bom ter com quem dividir.

Mamãe de vez em quando ainda tinha alguns surtos, mas ela estava muito mais sociável, o que deixava a mim e a vovó tranquilos e felizes.

E, de repente, tudo ficou escuro. E, com a escuridão, veio o silêncio. Eu não conseguia ver um palmo a minha frente, na casa de Sadie tinha gerador, por isso, logo deduzi que não faltara luz.

Alguém tinha apagado de propósito.

- Gente – A voz de Sadie quebrou o silêncio – Só tem mais um pedaço de pizza.

- Oh... Não – Noah lamentou já entendendo o que a garota queria fazer. Acho que estávamos convivendo tanto que começávamos a pensar parecido e ler mentes. Porque não demorou muito para ouvir os tapas na mesinha.

Festas em Seis.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora